A ciência, o turismo e os negócios

Correio Popular - Campinas - Quinta-feira, 7 de abril de 2005

qui, 07/04/2005 - 9h01 | Do Portal do Governo

EDITORIAL

É bem mais do que uma simples aposta, essa do turismo regional de caráter científico e cultural. Trata-se de projeto que tem uma perspectiva definida, conforme o diagnóstico feito pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, para todo o território paulista.

Estamos falando do projeto de expansão do turismo interno com perfil de atração tecnológica abrangendo múltiplos setores da pesquisa, no Estado de São Paulo.

Dentro desse objetivo, acaba de ser criado oficialmente o Consórcio Intermunicipal do Pólo Turístico do Circuito de Ciência e Tecnologia da Região de Campinas.

Isso significa que nas 11 cidades que o compõem (como abaixo relacionamos) o empenho dos órgãos de pesquisa dessas cidades será dar plena visibilidade aos aspectos significativos da sempre atraente atividade de cada unidade.

Cada homem de negócios, cada executivo, cada empresário que chega a uma das cidades do pólo científico e tecnológico, depois de resolver as questões específicas de sua atividade, terá oportunidade de ampliar seus conhecimentos e ao mesmo tempo contatar atrações tecnológicas que institutos e centros de pesquisa oferecem, em variados campos.

É como acentuou Antônio Dias, proprietário do The Royal Palm Plaza Hotel e também presidente do Convention & Visitors Bureau: o objetivo é fazer com que o turismo de negócios se amplie por pelo menos mais um dia, desdobrando-se em turismo científico-cultural (atualmente se estende por dois ou três dias). Esse dia acrescentado pode representar até 10% a mais, só no quesito hotel, para a dinâmica econômica estadual. O Consórcio foi um dos principais temas desenvolvidos pela Fundação Fórum Campinas, que reúne as instituições de ensino e 120 empresários.

Roteiros turísticos elaborados em cada centro de pesquisa da região deverão valorizar as próprias atrações. O público está sempre interessado em conhecer aspectos inovadores da produção tecnológica, em relação aos quais os institutos de pesquisa de Campinas e região têm pontificado. Daí a pertinência e a oportunidade da idéia de fazer com que esses órgãos qualifiquem o que devem mostrar, por meio de roteiros.

O que ocorre é que o turista que vem para eventos de negócios (atualmente a maioria) terá prospectos e informações, nos hotéis, a respeito da oportunidade de conhecer vários centros de pesquisa, tanto oficiais como da iniciativa privada, como Lucent, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), cujo presidente, Cláudio Aparecido Violato enfatizou a criação de uma marca, para Campinas: capital da ciência e tecnologia, além do Ital, IAC, Centro de Zootecnia de Nova Odessa, e assim por diante.

O Consórcio do Pólo Científico e Tecnológico da Região envolve as cidades seguintes: Campinas, Americana, Indaiatuba, Jaguariúna, Limeira, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Piracicaba, Sumaré e Santa Bárbara.

Embora naturalmente Campinas centralize a maioria dos órgãos de pesquisa estaduais, todos os municípios aglutinados no consórcio têm opções científico-tecnológiocas a oferecer ao turista. Tais atrações complementam a motivação inicial, que tem sido o turismo de negócios.

A criação do Consórcio é passo importante para o aproveitamento da grande potencialidade turística da região, nessa área ainda no início de sua expansão.