Para celebrar os 10 anos de arcebispado do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, o Museu de Arte Sacra de São Paulo exibe a mostra “Doutores e Doutoras da Igreja: A Beleza do Testemunho, da Vida e da Palavra”, composta por 45 obras – entre esculturas, pinturas, objetos religiosos e outras peças – que revelam a trajetória dos mestres cristãos, homens e mulheres que definiram questões importantes para a cristandade.
A divulgação da tradição cristã foi realizada pelos doutores da Igreja, que contribuíram para a compreensão da fé e para o entendimento da própria instituição religiosa. Sofreram perseguição e, juntamente com os papas, elaboraram regras e fundamentaram profunda e filosoficamente as diretrizes instituídas, esclarecendo a razão de ser da espiritualidade dos indivíduos.
Os doutores originais da Igreja foram os santos teólogos da Igreja ocidental, como Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São Jerônimo, São Tomás de Aquino e o Papa São Gregório I.
As mulheres doutoras são Santa Catarina de Siena e Santa Teresa d’Ávila, ambas nomeadas apenas em 1970. “A alemã Santa Hildegarda de Bingen e a francesa Santa Teresinha do Menino Jesus chegariam aos altares brasileiros com a romanização da Igreja a partir do século XIX”, explica o curador Marcos Horácio Gomes Dias.