Museu da Diversidade tem exposição inspirada em obra de João Silvério Trevisan

Mostra em estação de Metrô, na capital, fica em cartaz até 23 de setembro com entrada gratuita

ter, 30/07/2019 - 10h27 | Do Portal do Governo

Quem passar na estação República do Metrô poderá conferir até o dia 23 de setembro a mostra “Devassos no Paraíso: o Brasil mostra sua cara” conta a trajetória da construção das sexualidades e expressões de gênero no Brasil desde o período colonial. A exposição inspirada no livro “Devassos no Paraíso”, de João Silvério Trevisan, publicado originalmente em 1986 está em cartaz no Museu da Diversidade com entrada gratuita.

No ano de 2019, a Revolta de Stonewall, que deu início às lutas pelos direitos civis da população LGBTI nos Estados Unidos, completa 50 anos. A partir deste marco, o Museu da Diversidade Sexual lança luz à história da comunidade no Brasil, desde o olhar de estranhamento do colonizador português aos costumes dos nativos no século 16 até fatos mais recentes, como a eleição de parlamentares declaradamente LGBTI.

“Devassos no Paraíso: o Brasil mostra sua cara” é um mergulho na obra e pesquisa de João Silvério Trevisan, contando com suportes visuais, como documentos, matérias de imprensa, depoimentos em vídeo e ilustrações de Laerte e Paulo Von Poser.

A exposição, como o livro de João Silvério, vai percorrendo o caminho da construção da sexualidade e das expressões de gênero no Brasil, passando pelos povos originários, pelos colonizadores, pelos povos escravizados e pelos imigrantes, por figuras icônicas como Carmen Miranda, Madame Satã e Daniela Mercury, pelas travestis brasileiras fazendo a vida em solo europeu e pela perseguição e violência sofridas pelas travestis em solo brasileiro.

“A observação e reflexão de nossa própria história é o principal instrumento para que tenhamos compreensão e orgulho daquilo que somos e também para que não incorramos nos mesmos erros”, analisa Danielle Nigromonte, diretora executiva da APAA (Associação Paulista dos Amigos da Arte) – organização social de cultura que administra o museu. “É esse o caminho que devemos seguir para que tenhamos uma sociedade mais justa para todos”, finaliza.