Tatuí ganha novo trevo de acesso rodoviário – parte 1

Coletiva: Governador José Serra Evento: Inauguração do Trevo de acesso a Tatuí Data: 22.02.08 Boa tarde a todos e a todas. Queria agradecer por essa recepção duplamente calorosa. Primeiro por […]

sex, 22/02/2008 - 12h22 | Do Portal do Governo

Coletiva: Governador José Serra

Evento: Inauguração do Trevo de acesso a Tatuí

Data: 22.02.08

Boa tarde a todos e a todas. Queria agradecer por essa recepção duplamente calorosa. Primeiro por causa do clima: está um forno aqui. Segundo, pelo carinho, pela acolhida.

Queria cumprimentar o Luiz Gonzaga, nosso prefeito, e a Maria José, sua esposa; o vereador Fábio José, que é presidente da Câmara; os deputados federais, grandes deputados federais, o Arnaldo Madeira e o Antonio Carlos Pannunzio; os deputados estaduais Maria Lucia, que é líder do PSDB na Assembléia, o Rogério Nogueira e o Edson Giriboni, que é uma bela figura e nos falou aqui.

Queria também aqui saudar os secretários Mauro Arce, dos Transportes, e o Sidney Beraldo, de Gestão. Queria cumprimentar os prefeitos todos presentes. Aqui estão os prefeitos de Pardinho, Porangaba, Capela do Alto, Itapeva, Iperó, Salto, Guareí, Alambari, Cerquilho, Campina do Monte Alegre, Itapetininga, Torre de Pedra, Boituva, Sorocaba. Não sei se ficou faltando algum, são muitos prefeitos. Queria agradecer a eles a vinda aqui hoje.

Queria cumprimentar também o nosso presidente da Sabesp, o Gesner Oliveira, e o presidente da SP Vias, Helvécio, que tem sido um parceiro bom do Estado, nas obras viárias em São Paulo. Saudar os secretários municipais, os familiares do Orlando Bolzan, que aqui estão presentes. A todos e a todas.

Bem, a respeito desta obra, acho que o Luiz Gonzaga já disse o essencial. Uma coisa antiga, o nome foi dado há dez anos, e que ficou encalacrada por causa do problema da concessão que foi feita no meio, das questões legais que aí vieram. Nós conseguimos equacionar e rapidamente a concessionária, com dinheiro público do pedágio, pôde fazer a obra, que custou R$ 5,7 milhões.

É uma obra que vai servir não apenas Tatuí, mas vai servir também Itapetininga, Quadra e Guareí pela facilidade que o trevo vai proporcionar. É uma obra claramente regional. Aqui, a região, diga-se de passagem, está muito bem atendida em matéria de estradas. No que se refere às vicinais, o programa que nós lançamos, o Pró-Vicinais, em São Paulo, é a segunda região do Estado em comprimento de estradas vicinais que vão ser totalmente refeitas. Entre elas, duas aqui de Tatuí, que servem diretamente ao município. São 495 km, praticamente 500 km; 36 municípios; R$ 137 milhões em vicinais, de Pró-Vicinais 1 e 2. Nós chegaremos ao 4, onde completaremos 12 mil km no Estado de São Paulo inteiro.

Bem, eu queria também, aqui, hoje, falar a respeito do significado desta renovação com a Sabesp. A Sabesp investiu, aqui em Tatuí, entre 97 e 2006, R$ 35 milhões. Com a prorrogação agora, em 30 anos, vai investir mais R$ 132 milhões. Não é pouco, é muito dinheiro. Hoje, os índices de atendimento da Sabesp são de 98% em água, 93% em coleta e 95% em tratamento. Nos próximos anos, isso tudo chegará a 100%, mas avançou do governo Covas para cá. A coleta de esgoto, que é 93%, era 83% em 95. E a água, que agora é 98%, era de 91% em 95.

E nós vamos pisar no acelerador nos próximos anos. É uma boa coisa essa renovação, realmente, uma boa parceria. Nós temos a Sabesp em São Paulo, uma empresa eficiente, uma empresa que trabalha direito. Estamos duplicando os investimentos da Sabesp nesses quatro anos. Cadê o Gesner? Quanto foi no quadriênio anterior? R$ 3 bilhões para R$ 6 bilhões de investimentos.

Isso também foi possível porque nós recebemos uma Sabesp arrumada. Senão, não daria para fazer esse salto agora. Isto se junta a programas do Estado feitos pela administração, direta ou indireta, mas sem ser através da Sabesp, para, realmente, levar o nosso Estado para frente em matéria de saneamento. Saneamento, todo mundo sabe, significa mais saúde, significa melhores condições ambientais.

Agora, aqui em Tatuí, eu sei que é uma reivindicação muito importante, até do prefeito, que realmente, dispensou aqui fazer reivindicações no discurso, embora ele tenha um montão delas. Eu, realmente, às vezes, fico preocupado, porque eu vou a uma cidade… Outro dia, eu fui anunciar uma Fatec em uma cidade do Interior, uma Fatec muito disputada e, finalmente, ficou em um município. Eu fui anunciar e o prefeito, antes de falar, veio com uma lista de reivindicações. Quando eu desci para falar com a imprensa, ninguém falou da Fatec. Só falaram do que nós não tínhamos feito. E, evidentemente, é sempre mais o que não fez do que aquilo que faz, porque as demandas são infinitas.

Mas eu quero dizer que eu autorizei, Luiz Gonzaga, o DER a fazer o projeto executivo, que é indispensável como etapa para a obra da duplicação dos 5,4 km da SP 141, aqui dentro de Tatuí. É na área urbana, do km 21,9 ao km 27,3. Com a construção de marginais e ponte sobre o rio Tatuí. Então, agora ficamos na fase de projeto.

Mas, falando da região, há outra coisa muito importante em relação à qual Tatuí está bem servida: aqui, nós temos Fatec, uma Faculdade de Tecnologia. Eu vinha dizendo a eles que se o investimento de vidro sair, é muito importante que a mão de obra aproveitada na empresa – seriam uns 300, 400 empregos diretos e mil indiretos – saia da cidade, que tem problema de emprego. Mas para isso precisa qualificar. Nós já temos aqui uma Fatec.

Fatec é um programa que deu certo em São Paulo.

O Covas acelerou, o Alckmin acelerou mais ainda e nós vamos duplicar, mais do que duplicar. Todas aquelas que encontramos, que foram feitas na história, nós vamos fazer o equivalente. Ou seja, estamos duplicando o número de Fatecs em São Paulo.

Das Etecs, Escolas Técnicas, mais do que duplicar. Vamos aumentar em 100 mil alunos. Hoje deve ter 60, 70 mil. Por quê? Porque São Paulo precisa se sintonizar com as necessidades do desenvolvimento. Hoje não é mais como antigamente. Trabalhador sem qualificação tem dificuldade para conseguir emprego. Há muita disputa pelos postos. A Etec treina garotada que ainda está no ensino médio e nós estamos dando também ensino médio. Vamos quintuplicar o número de alunos do ensino médio na Paula Souza, que é o melhor de São Paulo. Hoje tem 20 mil, nós vamos levar a 100 mil.

Nós temos duas novas Fatecs na região: em Itu e em Capão Bonito.

Vão ser 160 novas vagas. Vão começar por agora. Sem falar da Etec em Votorantim, que vai começar a funcionar no segundo semestre deste ano. Sem falar na expansão da Etec aqui de Tatuí, que é muito importante. Tatuí tem uma Fatec, mas a Etec, até para emprego nessa indústria, é mais importante, porque a faculdade forma profissionais universitários, que são importantes para a fábrica, mas são poucos. A Etec não. A Etec forma a mão de obra que é muito mais numerosa. Então, vocês têm que caprichar nessa direção.

Expandimos também as Fatecs de Sorocaba e de Itapetininga. Portanto, estamos trabalhando aqui não apenas com estradas, mas pelo desenvolvimento do conjunto desta região, que está indo muito para frente. É uma região que está decolando pouco a pouco. Basta ver o que está acontecendo com Sorocaba também, com Itapetininga. Enfim, é uma região que vai para frente, não é? E Tatuí, dentro dela, sem dúvida, tem um papel relevante.

Quero falar aqui com toda a franqueza o assunto da nova fábrica. O governo está empenhado na negociação. Toda vez que, de repente, se diz: “Está bem. Isso a gente pode fazer assim”, eles tiram uma carta que não tinha sido apresentada como novo pleito. Então, não é fácil a negociação, porque há uma guerra fiscal tremenda, e os outros Estados têm mais condição de dar subsídios. É disso que se trata, porque não tem uma indústria. Pegando um paralelo com a indústria automobilística, o Estado que não tenha pode chegar e falar: “Bom, eu não cobro isso, não cobro aquilo”.

Mas São Paulo não pode fazer, porque isso afetaria as que já estão, está certo? Então, sempre há um processo mais complexo, mais delicado. Nós estamos muito empenhados e confiantes de que a coisa poderá dar certo. Quero dizer também que, na área da saúde, nós temos aqui três ambulatórios médicos de especialidades previstos. Um em Itapeva, outro em Itapetininga e o terceiro em local ainda não definido. A localização não é política, a localização é geográfica.

O que é Ambulatório Médico de Especialidade? É uma unidade de saúde que vai ter 30 especialidades para consultas, porque esse é o grande estrangulamento da saúde. Aliás, é o que prejudica os hospitais, porque muita gente vai para o hospital porque não tem onde fazer consulta – e essa não é a tarefa do hospital. Tarefa de hospital são os casos de maior complexidade, ou então para fazer um exame.

Eu ouvi da imprensa reclamações com relação à entrega de remédios no Hospital das Cínicas. Eu, quando era prefeito de São Paulo – e o Kassab continuou – nós arrumamos a distribuição. 176 medicamentos da Prefeitura de São Paulo. Nunca mais teve reclamação, mas há os remédios de média e alta complexidade. Eles não deviam estar no HC, mas estão.

E mesmo quando tem em outro lugar, o pessoal prefere o HC, porque acha que é mais garantido, está mais acostumado e tudo mais. Aí o hospital não dá conta, embora tenha remédio em outros lugares.

A gente precisa também ir trabalhando na mudança da estrutura da saúde, e às vezes… os AMEs vão ser uma peça fundamental. Eu convido, quem quiser ver, que vá a Votuporanga para ver o que é um AME funcionando. É uma maravilha e feito em parceria. A localização também tem importância, ter parceiros no local. No caso de Votuporanga, tem a Santa Casa, que é muito boa. Tem Santas Casas boas e Santas Casas ruins no Estado. As boas são parceiras ideais para esses AMEs, porque elas é que fazem. O atendimento é universal e é gratuito, mas são elas que fazem, que sabem fazer funcionar muito bem.

Eu quero dizer que, para nós, público não é obrigatoriamente governamental. Público é quando o atendimento é gratuito e é para todo mundo. Se for um parceiro privado, está ótimo. Quero dizer, não tem problema nenhum. Pelo contrário, em certas circunstâncias pode ser mais eficiente. Eu acho que o parceiro privado, por exemplo, é melhor para a manutenção de estradas do que o governo porque governo é mais complicado para comprar um negócio, para ver um buraco. Até chegar, até olhar até fazer, etc. complica.

O presidente da concessionária (inaudível) estava me dizendo da queda da mortalidade – cadê ele? Quanto caiu? Caiu 70% de 98 para hoje nas estradas. Nós estamos salvando vidas humanas. Por quê? Porque tem um trabalho mais de perto. Tem um acompanhamento mais de perto, tem controle. Se não trabalhar direito, pode perder a concessão e tudo o mais. O que interessa para a agente é ter boas estradas e estradas mais seguras. Essa é a finalidade. A finalidade não é que ela seja administrada pelo Estado ou por um concessionário privado. O importante é que o serviço seja bom.

Quero dizer, também – estou aproveitando aqui para fazer um balanço – que o problema carcerário aqui na região é sério. Nós temos engatilhada uma penitenciária feminina em Votorantim, que vai ter muitas vagas. São mais de 700, e vai representar um desafogo muito grande aqui para a região. Eis uma notícia muito boa, saiu na imprensa, não foi bem valorizada: é o protocolo para despoluição de 170 km do rio Tietê. Entre Cabreúva e Botucatu. Também com participação… não é uma coisa só do governo, não. É do Comitê da Bacia, do qual participam os municípios.

Portanto, é um protocolo muito importante. Eu não vou dizer, como fez um ex-governador. Um governador, aliás, muito no passado, foi um bom governador, mas ele disse “No final, eu vou tomar banho no Tietê”. E aí, evidentemente, não conseguiu. Então, eu não vou dizer que vou tomar banho aqui no Tietê, mas ele vai ficar bastante mais limpo. Eu não tenho dúvida.

Outra questão importante é a APL que nós temos aqui. Nós temos uma em Tatuí para cerâmica vermelha, arranjo produtivo local. (inaudível)… O arranjo produtivo local não é de propriedade do Governo do Estado. O Governo do Estado é parceiro e faz três ou quatro semanas, eu estive no BID – Banco Interamericano. Nós já acertamos e já assinamos dinheiro para as APLs. O Estado de São Paulo, o governo vai botar US$ 10 milhões nas APLs do Estado inteiro, o equivalente a US$ 10 milhões. São mais de R$ 17 milhões para recuperar, para dinamizar esses APLs. E Tatuí vai ser beneficiada.

O prefeito falou aqui de 300 casas novas, imediatamente. Ou melhor, mencionando as que vêm em seguida. Na área da educação, nós estamos investindo, aqui na região, não apenas em Tatuí, R$ 64 milhões em prédios escolares, reformas ou prédios novos. Nós temos, entre as dez metas da educação, uma delas que é física. Nós vamos gastar R$ 1,7 bilhão da educação para o equipamento escolar em todo o Estado. Paralelamente ao esforço que nós estamos fazendo na melhora da qualidade.

Podem ver um editorial hoje do Estado de S. Paulo, que faz uma apreciação muito importante desse esforço que nós estamos fazendo no sistema educacional tradicional. Sem falar do não-tradicional, que é ligado à Paula Souza, ao ensino técnico.

E, também, quero dizer que nós estamos dispostos a fazer um Fórum aqui em Tatuí. Vai depender da prioridade que o Tribunal de Justiça dê, porque nós jogamos junto com o Tribunal de Justiça. Mas nós estamos fazendo mais fóruns do que jamais se fez por unidades estanques.  Portanto, depende também das prioridades do Judiciário.

E as emendas. Nós temos, realmente, feito uma parceria muito importante com a Assembléia Legislativa, que tem aprovado projetos do Estado fundamentais. A Nota Fiscal Paulista, a criação da Agência de Saneamento, que, aliás, o PT entrou no STF agora há pouco. Agência de Saneamento, vocês sabiam? Está entrando agora contra, só para ser do contra, porque é uma agência que vai, representa um salto qualitativo. É a primeira do Brasil. Isso está previsto em legislação federal. São Paulo se adiantou a isso e a Assembléia tem sido uma grande parceira. E nós temos feito parceria no orçamento. A gente está fazendo parceria com os deputados alocando, destinando, canalizando recursos para as comunidades locais e para as prefeituras.

No caso aqui da região, são 414 emendas – não é brincadeira – e R$ 50 milhões. São em geral obras e iniciativas pequenas, mas aquilo que é pequeno é muito importante, dependendo do que seja para o bairro, para a rua, para o município e para a região. Portanto, temos feito essa parceria como nunca. Ela tem funcionado e eu quero agradecer aos três deputados estaduais aqui presentes, que são de partidos diferentes, um do PSDB, o outro do PV e o outro do PDT. Estão somados no trabalho por São Paulo. E é para isso que nós estamos trabalhando, pelo nosso Estado, por São Paulo.

Quero, portanto, pedir para vocês que venham conosco, ajudem. Nós contamos com vocês daqui da região, com os prefeitos, todo mundo para esse trabalho por São Paulo.

Quero dizer que vocês podem contar conosco pelo meu Estado, pelo Estado de vocês, pelo nosso Estado, pelo desenvolvimento e pela justiça social em São Paulo.

Muito obrigado.