SP lança plano estadual para atacar a dengue no inverno

Governador: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar o nosso secretário da Saúde, o Barradas. O secretário de Emprego e Relações de Trabalho, o Afif […]

qua, 02/07/2008 - 15h48 | Do Portal do Governo

Governador: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar o nosso secretário da Saúde, o Barradas. O secretário de Emprego e Relações de Trabalho, o Afif Domingos. A Dilma Pena, secretária de Energia e Saneamento.   A Ana Maria Matoso, prefeita de Fernandópolis.

Michel Duarte Filho. É Daude, aqui escreveram Duarte. Daude Filho, diretor da área de Saúde e Qualidade de Vida da Vivo. Afonso Olivianni, superintendente da Susen. Diretores dos órgãos de saúde, agentes de combate a epidemias. A todos e a todas.

Bem, como o Barradas disse muito bem, a dengue, agora, saiu do noticiário. Portanto, parece que sai da moda. Este é um ciclo permanente no País. Na época em que ela aparece menos, diminui a movimentação.

Mas as epidemias de dengue são gestadas, precisamente, no período de refluxo do mosquito, que é o período do inverno. A produtividade do trabalho, nesse período, é muito grande, porque é mais fácil fazer. As larvas, do que eu aprendi, ficam o ano inteiro lá. Elas estão nos locais. Elas vão eclodir, vão virar mosquito no verão, mas vindo de antes.

Portanto, faz todo sentido esse trabalho de prevenção agora. E para isso, nós precisamos, aliás, da cooperação da mídia, porque 80% dos focos da dengue são em residências. É preciso continuar trabalhando com a população ou trabalhando a população, exatamente agora, neste período. A água parada, os focos, etc., estão todos lá.

Em termos de probabilidade, alguns poderão desaparecer naturalmente, mas muitos serão mantidos. Ou são caldos de cultura potencial para receber depósito de larvas, de ovos, que viram larvas em seguida.

Assim, é fundamental a utilização. Tanto que nós vamos gastar, no segundo semestre, mais ou menos, metade do orçamento do ano. É exatamente quando não há proliferação de casos.

Em São Paulo, a dengue caiu muito, no que vai do ano, mais de 90%. No Brasil também caiu, em média. Baixou nove vezes menos, mas decresceu.

Em compensação, em algumas regiões ela explodiu. A dengue se processa, sempre, desigualmente pelo Brasil. E não dá para cantar vitória. São Paulo não está livre do problema pelo fato de que caiu muito neste ano. Pode voltar, a dengue vai por ciclos. Nós temos que atuar anticiclicamente, aí no caso.

Há o dinheiro, há a parceria com a Vivo. Eu não entendo por que as concorrentes também não… Eu, se fosse concorrente, entraria rapidamente nesse projeto. Não, eu sei. Vocês são magnânimas – evidente – mas é um ovo de Colombo. Quer dizer, poder usar os torpedos para isto, uma fala boa, um texto bom, clarinho. Vamos fazer panfletos e a inovação, que é a frente de trabalho atuar, no caso da dengue, com agentes de combate à dengue do Programa Estadual das Frentes de Trabalho.

Serão mais de mil pessoas que serão qualificadas e trabalharão nesse sentido. Ao lado de terem, também, uma renda modesta, mas importante para cada uma das famílias.

Portanto, é uma ofensiva boa, ampla, agora. Vamos concentrar essas mil pessoas, em média, trinta em cada município, num conjunto de 33, que são os mais problemáticos – pela incidência e pela população que têm.

Vamos focalizar, também, o trabalho, porque é necessária – como método eficiente de luta – a focalização. Eu tenho certeza de que a gente vai poder fazer um bom trabalho. E a esperança de que, no ano que vem, não tenhamos nenhuma inversão do ciclo de queda havido neste ano. Para isso, exatamente, é que nós estamos mobilizados.

É preciso – eu quero insistir – chegar às famílias. Chegar às famílias por quê? Saiu da televisão. De repente, desaparece como problema. Mas, renitentemente, a dengue volta. Está há décadas acontecendo isso. Mas a cada ano, na média, a tendência é piorar, ao longo dos anos. Pode não ser de um ano para o outro, mas, na média, no Brasil, vai piorando.

Esse é um problema de saúde difícil de ser enfrentado, porque envolve ações bem pulverizadas, e requer, também, comportamentos familiares. São duas coisas complicadas no nosso País e em qualquer outro lugar.

A população é muito descentralizada. O trabalho é diferente de uma vacinação, que convoca, define os dias, dá a mensagem. A pessoa vai e resolve. É diferente e, por outro lado, implica as famílias, também, terem essa consciência mais permanente a respeito do problema.

Na Capital, não terá agente da frente de trabalho, porque a Capital já tem uma frente de trabalho voltada para isso. Além do clima que, evidentemente, ajuda bastante. Na área da Grande São Paulo, o clima não coopera com o mosquito da dengue, na mesma proporção que o faz o Interior do Estado.

E estamos aproveitando também – não é bem aproveitando – mas enfatizando a necessidade da ação dos municípios que ainda têm tido casos de dengue. É um processo residual em São Paulo. Quantos são, Manoel? Trinta também, que têm tido dengue agora, apesar das condições climáticas. São municípios, também, do Interior.

Queria cumprimentar, portanto, os nossos secretários e a Vivo por essa parceria entre Secretarias com empresa privada, e mobilizar todos os que estão aqui que são, de uma ou de outra maneira, ligados a esses setores, pela ação que vão fazer. Tenho certeza de que vai nos ajudar muito.

Muito obrigado.