SP investe R$ 3 milhões na 1ª Escola Saúde da Família do país

Governador: Eu queria dar o meu boa tarde a todos e a todas, cumprimentar o nosso secretário Barradas. O adjunto Benílson. O secretário dos Transportes, Mauro Arce, que também está […]

ter, 22/07/2008 - 12h19 | Do Portal do Governo

Governador: Eu queria dar o meu boa tarde a todos e a todas, cumprimentar o nosso secretário Barradas. O adjunto Benílson. O secretário dos Transportes, Mauro Arce, que também está conosco. O Guilherme, que nos falou agora, deputado federal. O Davi Zaia, nosso deputado estadual, também aqui da região.

O coordenador geral da Unicamp, Fernando Ferreira Costa. O José Antonio Gontijo, que é diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Queria também cumprimentar o superintendente do HC da Unicamp, Luís Carlos Zeferino. Os pró–reitores, professores e funcionários da Unicamp. A todos e a todas.

Eu vim hoje aqui com muita satisfação, porque é uma iniciativa que parece pequena, mas é enorme porque é a primeira escola do Brasil relacionada com o Programa de Saúde da Família, para o pessoal de nível universitário.

Não havia isso até agora. Em geral, o treinamento que se dá está relacionado com os agentes de saúde basicamente e com auxiliares de enfermagem. Mas para enfermeiras, médicos ou odontólogos, não. Portanto, é uma iniciativa pioneira. Aqui vão se beneficiar cerca de quatrocentos profissionais de nível superior que trabalham no PSF da região.

Se der certo – como a gente espera que aconteça – nós vamos fazer outro centro em Ribeirão Preto.

Enfim, vamos disseminar esses centros pelo Estado afora. São cursos que as pessoas vão fazer sexta, sábado, domingo. Uma coisa que dá para encaixar bem o horário.

São Paulo já tem – eu acredito – perto de três mil equipes de Saúde da Família. Para que vocês tenham uma idéia, quando eu assumi o Ministério da Saúde, em 98, no Brasil inteiro tinha mais ou menos mil e quinhentas equipes. Ou seja, São Paulo tem o dobro do que tinha o Brasil há dez anos. Puxa, dez anos, tinha perdido de vista que fazia tanto tempo já. E quando nós saímos do Ministério, deixamos umas dezessete mil equipes. Aumentamos muito o total de equipes, entre oito e nove vezes, no Brasil.

Eu tenho tido uma preocupação desde que eu assumi a Prefeitura de São Paulo, e ainda agora, no Governo do Estado, com a qualidade do trabalho do PSF. O PSF é uma coisa importante se bem feito. Mas, ao longo dos anos, eu acredito que começaram a aparecer problemas de funcionamento, ou até algumas questões de organização do próprio sistema de saúde.

Em alguns lugares, pelo menos na Capital, o trabalho começou a ficar redundante. Dificuldades para organizar, para controlar, para dar um rumo, desburocratizar e até para segurar certa – chamemos assim – fisiologia de empreguismo, isso e aquilo, que nós herdamos da administração do PT na cidade, anterior à nossa.

Portanto, esta iniciativa agora do treinamento para esses profissionais vai no sentido de a gente fortalecer os programas existentes, que não prescindem, além do mais, de outros tipos de intervenção. Mostra também a prioridade que nós damos a isso. Vocês vejam: três mil equipes – dois e oitocentos ou dois e novecentos, uma coisa assim – implicam trabalho para três mil médicos, três mil enfermeiras, seis mil auxiliares de enfermagem e quinze mil agentes de saúde.

Não é pouca coisa. É um verdadeiro exército no Estado de São Paulo. Então agora, a gente tem que investir na qualidade, lutar contra a deterioração, procurar formas ágeis e preparar as pessoas. Medicina é uma atividade relacionada essencialmente com recursos humanos. Claro que é bom ter equipamento, isso e aquilo, mas o básico é a qualidade do prestador de serviço.

Não há nenhuma outra profissão, assim entre as mais comuns e amplas, que demande tanto da qualidade do individuo, do interesse que possa ter pelos outros, porque está cuidando da saúde, a coisa mais importante na vida de qualquer pessoa. Saúde de outras pessoas. Precisa ter um tipo de dedicação muito especial para isso, para funcionar direito. Portanto, essa escola vai nessa direção.

Eu acho que a questão de saúde não depende tanto dos investimentos, mas depende do funcionamento. Investir na saúde é relativamente barato. Caro é manter. A gente constrói um hospital, equipa e verifica que, entre um e dois anos, só o custeio já consome todo o investimento. Fazer não é difícil, o difícil é fazer funcionar bem.

Aqui a Unicamp tem um bom hospital. Aliás, eu conferi agora com o diretor da faculdade. A Secretaria deu o dinheiro da saúde para comprar cerca de vinte novos equipamentos de hemodiálise, não é isso? O que vai transformar aqui em um dos principais centros do Estado nessa matéria. Mas a hemodiálise, comprar equipamento não é o grande problema. O problema é o custo de operação mensal disso. Então a gente sabe sempre o que está implicando.

Vim aqui também anunciar o Centro de Reabilitação. Nós vamos fazer uma rede, no Estado de São Paulo, de Centros de Reabilitação que vão ter o nome da Lucy Montoro. A dona Lucy, que era mulher do Franco Montoro. Nós começamos aqui em Campinas, vai funcionar ao lado do Boldrini. Vamos gastar uns R$ 7 milhões – acho – para construir, mas por ano duvido que custe muito menos que isso, ou a cada dois anos. E nós escolhemos Campinas porque é um centro importante.

Vai ser feito aqui, depois em São Paulo, porque aqui – se não me engano – as obras já começaram a partir daquela data.

Em São Paulo, ainda vai demorar algum tempo. O que a gente tem que fazer são redes no Interior, em diversos aspectos, do recebimento da hemodiálise, até centros de reabilitação. Ter tudo descentralizado, para que as pessoas não tenham que se deslocar muito. E Campinas é o segundo centro médico do Estado. Eu acho que disputa com Ribeirão, mas é maior aqui. Nesse sentido, também é um centro de irradiação de políticas, de influência, de padrões de boa qualidade. Por isso, estamos fazendo mais uma parceria com a cidade e com a universidade à qual eu pertenço: a Universidade de Campinas.

Hoje até, eu estava vendo: entre as coisas que nós vamos fazer, ou estamos fazendo aqui na região, tem a iluminação. Não é, Mauro? Cadê o Mauro? A iluminação daquela rodovia que leva até Barão Geraldo. Como é mesmo o nome? Tapetão. Convenhamos que é um nome tão exótico que eu nunca me lembro deste nome.

Aliás, estamos fazendo aqui outra parceria com a Prefeitura. Vamos pagar metade da duplicação da Rodovia dos Amarais, que é uma obra municipal. Antes, o Governo Federal ia dar um terço, o Estado um terço e a Prefeitura um terço. O Governo Federal pulou fora, nós passamos à metade e a Prefeitura, à metade. Essa é uma obra municipal, mas a gente está fazendo parceria com a Prefeitura repassando os recursos. Demorou muito para acertar a questão de documentação. Agora está tudo resolvido e deve ficar logo pronto, se a Prefeitura conseguir trabalhar depressa. Mas eu não vou falar dos outros assuntos porque a imprensa está aí para isso.

Eu queria agradecer a presença de todos e de todas e dizer que podem continuar contando conosco, como a gente conta com vocês para mais esse empreendimento dar certo.

Muito obrigado.