SP ganha novo hospital em Américo Brasiliense – parte 2

Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar a prefeita Neusa, o seu marido Otávio, que era prefeito aqui em Araraquara na época do governo de… […]

sex, 18/04/2008 - 12h57 | Do Portal do Governo

Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas.

Cumprimentar a prefeita Neusa, o seu marido Otávio, que era prefeito aqui em Araraquara na época do governo de… Américo Brasiliense na época do governo Montoro, quando eu era secretário, aí eu conheci o Otávio e Américo Brasiliense; queria cumprimentar o presidente da Câmara Municipal, o vereador Augusto; o vice-prefeito Anésio; o deputado federal Lobbe Neto; o deputado federal e atualmente secretário do município de São Paulo Dimas Ramalho; deputado estadual Roberto Massafera; o secretário Barradas; professor Macari, reitor da UNESP; os prefeitos de Motuca, Tabatinga, Trabiju, Rincão, Santa Rita do Passa Quatro, Boa Esperança do Sul, Ribeirão Bonito, Descalvado, Nova Europa, Araraquara, Santa Ernestina e Taquaritinga.

Queria também cumprimentar a vice-diretora da Faculdade de Medicina de Botucatu, que vai administrar este hospital, a Silvana Schellini, e os diretores de departamentos aqui do município; professores da UNESP; deputado federal Duarte Nogueira, que acabou de chegar; a todos e a todas.

Bem, realmente, esta é uma obra que valeu a pena. Custou o que provavelmente custaria fazer um hospital novo. Mas o fato da reforma tem um grande significado, porque este prédio era um verdadeiro patrimônio na área da saúde, e tem 50 anos.

Nesse aniversário de 50 anos, nós estamos inaugurando agora um hospital novo, dedicado à clínica médica e a doenças infecciosas. Ele não vai fazer só isso não, vai fazer muitas outras coisas, mas vai ser um hospital que será referência nessas áreas. Ou seja, será um hospital de qualidade nessas áreas e servirá para orientar outras instituições de saúde no atendimento de clínica médica, e principalmente de moléstias infecciosas.

Como já foi dito, esta obra custou R$ 44 milhões. São 130 leitos, sendo que dez de UTI. A UTI, portanto, vai servir para complementar a oferta de leitos de terapia intensiva na região. Esse não é um hospital de Américo Brasiliense. É um hospital regional situado em Américo Brasiliense, para atender os municípios aqui da região, centrado aqui em Américo Brasiliense.

Outra coisa boa que nós vamos fazer aqui é, junto com esse hospital, vamos fazer um AME – Ambulatório Médico de Especialidades – para consultas e exames médicos, que vai estar ligado ao hospital. Isso também desafoga o hospital, porque de outra maneira as pessoas vão direto para o hospital para tratar de coisas que poderiam resolver numa consulta fora do hospital.

Hospital é caro, para tratamentos mais complexos, e em geral acaba servindo como substituto à atenção quase primária da saúde.

Por isso nós vamos fazer um AME, cujo volume de consultas é da ordem de 15 mil por mês; e de exames, da ordem de 5 mil. Assim está funcionando um AME lá em Votuporanga e é, provavelmente, o que será o caso mais comum no Estado, em matéria de volume de serviços.

Também se trata, evidentemente, de uma instituição regional. O AME não é local. Américo Brasiliense tem uns 30 mil habitantes? 35 mil, quero dizer, é impossível que os 35 mil ocupem 15 mil consultas por mês. Essa é uma obra, na verdade, para atender toda a região.

Paralelamente, nós estamos aqui também já programados para refazer o Hospital de Tuberculose. Ou seja, não haverá carência desses serviços que hoje são prestados. Basicamente para tuberculose e AIDS, os casos mais complexos, mais prolongados, não é isso, Barradas? Isso já está projetado e deverá começar quando? Agora em maio começa. Ou seja, nós não estamos substituindo, nós estamos acrescentando.

Bem, ainda na área da saúde, eu acho que é interessante falarmos também das Santas Casas. Quatro Santas Casas daqui da região vão receber do Pró Santas Casas II, um programa a do Governo do Estado, dois nessa sua segunda fase, cerca de R$ 500 mil por mês, divididos entre as quatro principais Santas Casas. Elas estão, também, se beneficiando, como é o caso da Santa Casa de Araraquara, de emendas de parlamentares. No caso de Araraquara, emendas do Dimas e do Massafera vão proporcionar R$ 1,25 milhão para a Santa Casa de Araraquara.

São recursos do Governo do Estado, e a gente atende os parlamentares. Essa é a nossa política. No meu governo, nenhum deputado nomeou diretor de empresa, de autarquia, nem secretários adjuntos, nem secretários, nada. Não há esse tipo de nomeação no Governo do Estado, mas os deputados participam da maneira mais sadia, que é pelas emendas parlamentares. Atendendo os interesses das suas comunidades, dos seus municípios, das suas áreas de atuação.

Essa parceria tem dado certo, aqui em São Paulo. Nós temos tido, principalmente no caso aqui do Estado, em que é mais crucial a atuação dos estaduais, uma parceria estreita com a Assembléia Legislativa, na direção de múltiplos projetos, em todas as áreas. Temos conseguido fazer o processo caminhar em São Paulo, como talvez não tenha acontecido nos últimos anos, já de há muito tempo, o número de projetos aprovados, o debate, a conclusão positiva do ponto de vista do Estado, inclusive com participação da Assembléia Legislativa.

Ontem mesmo… A Assembléia já votou a questão da Nota Fiscal Paulista? Ou vai votar ainda? Já votou e aprovou. Nós criamos a Nota Fiscal Paulista, que permite devolver 30% do imposto pago pelo varejo ao consumidor. Ou seja, compra uma coisa, dá o CPF e se credita de 30% de ICMS pago pelo varejo. Não é muito por compra, mas o acumulado pode ser significativo. O que nós aprovamos agora na Assembléia é a possibilidade de ultrapassar esses 30%. De que maneira? Um determinado estabelecimento emite as notas fiscais que as pessoas pedem, registra lá o CPF e etc. Muita gente não está pedindo, então é incentivo que não está sendo usado. Daqui em diante, depois de um mês, se a pessoa não se creditou, aquele crédito, aquele dinheiro que tem vai para o bolo daqueles que se creditaram e que, portanto, podem receber mais, está claro?

Ou seja, a devolução acontecerá de qualquer maneira. Nós não queremos economizar a devolução e conseguimos aprovar esse projeto que, como muitos outros, é muito importante para a administração estadual.

Mas eu quero aproveitar também para falar de outras coisas. Algumas aqui já foram mencionadas. Nós já estamos com mãos à obra na recuperação da SP-255. São cerca de R$ 45 milhões, são 39 quilômetros e nós vamos entregar essa estrada, se tudo der certo do ponto de vista climático, em novembro deste ano. A estrada duplicada. Também, na mesma rodovia, aqui em Américo Brasiliense, nós já temos o projeto para obras que se referem ao acesso da estrada para Américo Brasiliense com trevos. Enfim, todas essas obras complementares para facilitar o acesso e o trânsito, que vão custar R$ 6 milhões.

Há outra questão posta que é de São Carlos-Dourado, em processo de licitação. É o recapeamento, com trevo também em Ribeirão Bonito. Bem , na área de estradas eu não posso deixar de mencionar a questão das vicinais. O Pró-Vicinal 1 e o Pró-Vicinal 2, juntos, implicam recuperação, modernização – não é tapar buraco, é fazer de novo – de 317 quilômetros de estradas aqui na região. 317 quilômetros. São R$ 57 milhões beneficiando 25 municípios. Mesmo Américo Brasiliense tem duas, se não me engano. Não são duas aqui? Quais são?

Bom, a pior coisa de vicinais é saber o nome. Bem, este é um problema vasto e a região está sendo muito bem atendida.

Nós também estamos criando agora uma ETEC – Escola Técnica – em Ibaté, que fica exatamente na metade entre São Carlos e Araraquara. Por isso, é bem-vinda por todo mundo.

Nós estamos aumentando, aqui na região, mais de 900 vagas nos cursos já existentes da Fundação Paula Souza, que são as Etecs, Fatecs e ensino médio dentro das escolas técnicas. Estamos aumentando as vagas em 17 por cento. Isso já está em pleno andamento. Para que? Para sintonizar as necessidades do desenvolvimento da região, do Estado e do Brasil aos requisitos de mão de obra das empresas que se instalam. E esta é uma região especialmente necessitada.

Muitos investimentos têm sido atraídos para cá, até no campo aeronáutico, para não falar nos pólos de desenvolvimento científico. Enfim, muita coisa.

Eu não vou ensinar aqui o Padre Nosso ao vigário. Vocês sabem tudo o que tem aqui e o progresso que tem marcado o desenvolvimento dessa região.

Mas a função do Governo do Estado é precisamente dar esse apoio. O Interior caminha sozinho, caminha pelas próprias pernas. A área problemática do desenvolvimento de São Paulo é a região da Grande São Paulo, não é o Interior. O Interior caminha com estradas, ensino técnico; com atendimento à saúde, com investimentos na educação. Aliás, só em Araraquara tem três escolas às quais o Estado vai dar recursos para a Prefeitura fazer. Às vezes, nós damos para a Prefeitura fazer porque sai mais rápido. Nós temos 5.500 escolas.

Não falta dinheiro, no nosso orçamento, para reformá-las, construir novas, etc. Mas é que é muita coisa. E às vezes, não se consegue gastar o dinheiro. Então, nós vamos recorrer a parcerias com as Prefeituras, para que façam. Elas vão fazer mais depressa e porque têm importância grande no local. Portanto, estamos investindo também nessas áreas.

Agora, mais uma outra realização importante, que é a do Poupatempo. Nós vamos fazer um Poupatempo em Araraquara e um Poupatempo em São Carlos.

É muito urgente definir logo o local aqui em Araraquara para nós fazermos. Não sei se ainda há tempo para ficar pronto neste ano. Mas nós estamos fazendo o Poupatempo que economiza – eu nunca vi um nome mais apropriado do que Poupatempo, porque poupa de verdade, aí não é conversa – isto economiza muito. E também é um serviço de natureza regional, e a região vai ficar super bem atendida. Porque, de fato, bastaria um, para funcionar para todo mundo. Mas como São Carlos e Araraquara não dá para fazer um e fazer no outro, nós resolvemos fazer os dois. E, de fato – podia ter feito em Ibaté, é verdade – mas é que não houve essa idéia. De toda maneira, são questões muito importantes.

E como foi sublinhado aqui pelo Dimas muito apropriadamente, a gente, quando está no governo, tem que governar para todos. Independentemente de coloração partidária. Eu acho que nós temos dado prova disso. Independentemente de qualquer conotação partidária, como nós trabalhamos com a Assembléia Legislativa também, todos os deputados – inclusive os da oposição – têm direito às emendas.

Não há nada que viole a autonomia e o respeito que o Poder Legislativo, que os prefeitos e as prefeitas de São Paulo merecem. Não há má vontade causada nada. Nós estamos sempre prontos para trabalhar a serviço da nossa população.

Agora mesmo, nós temos um conhecido conflito com o prefeito de Araraquara. Não é com Araraquara, com o prefeito de Araraquara, que resolve utilizar eleitoralmente, para eleição, para ganhar voto, de maneira demagógica, a questão da Fundação Casa. Perdão, Araraquara tem a Fundação Casa. Não, Araraquara tem. Eu falei Araraquara? Desculpe. É o contrário, o prefeito aqui é extremamente cooperativo. Bom, agora ganhou elogio.

O que acontece? Nós temos que ter as crianças nos lugares em elas moram. A garotada que está detida na Febem tem que ficar no lugar em que mora, porque aí fica perto da família. Em todo o Estado de São Paulo está se fazendo isso. De repente, vem um prefeito e resolve dizer que, no lugar dele, não. E vem com um tro-lo-ló, essa coisa de que lá tem …(inaudível), isso, aquilo, etc. Não tem nada. Não tem nada. Tem meninos que ficam em outros municípios.

Quer dizer, é a lei do esperto, de levar vantagem? Um município tem, o outro não tem? Além de que não tem trazido…aqui traz perturbação a Fundação Casa? Nenhuma. São unidades novas, com pouco mais de 50 garotos. Essas unidades estão diminuindo muito a reincidência porque permitem o atendimento melhor com a família perto. A família é essencial, ainda na era da adolescência.

Mas eu estou querendo porque lá criou o maior caso eleitoral, mas mesmo assim nós vamos fazer o Poupatempo. A gente continua tratando São Carlos, porque eu não vou fazer represália a um prefeito e prejudicar a comunidade.

O… , prefeito de Taquaritinga, estava lá pulando. Por falar em Taquaritinga, eu quero dizer que nós fazer dois AMEs na região, e o outro vai ser em Taquaritinga. Este é um anúncio. Ou você já sabia? Você não sabia. Tá. Então, quero ver, pelo menos, se eu consigo uma vez dar uma nova. Porque, em geral, os deputados dão, os outros dão, tal. Vamos fazer um outro AME lá. Essa vai ser uma boa. Se você não estivesse aqui, eu não ia falar. Eu ia deixar para falar quando estivesse ou quando fosse lá. Em junho, eu estou lá.

De maneira que a região vai ficar muito bem atendida. Um potencial de 30 mil consultas por mês. Isto – eu quero insistir num ponto – desafoga muito os hospitais. Muito. Porque hospital, no Brasil, virou atenção primária ou quase primária, como são consultas, para fazer exames e tudo o mais. E a gente tem trabalhado muito. Hoje, lá na Capital de São Paulo, o Kassab inaugurou a centésima AMA. AMA é diferente de AME, porque AMA são só pediatria, clínica médica e ginecologia. Estão atendendo lá aproximadamente 800 mil pessoas por mês, vocês imaginem.

Agora, o AME é diferente, tem 30 especialidades. Tem de tudo. Em Votuporanga, eu vi até acupuntura. Eu não sei se em todos vai haver acupuntura. Mas em Votuporanga vai ter acupuntura. Eu digo porque eu faço muita acupuntura também. Eu acho importante acupuntura. Vai ter até no serviço público, eu acho uma coisa até sofisticada. Vamos ter 30 especialidades. De maneira que vamos tirar os atrasos. Quando eu fico vendo consulta de ortopedia, é uma dificuldade enorme de se conseguir. Para falar de outras especialidades. Aliás, a saúde tem sempre esse problema.

Nós inauguramos, na semana passada, o Hospital do Homem em São Paulo. É uma experiência. Qual é a doença principal do homem, que as mulheres não têm? É o câncer de próstata, que é a segunda causa de mortes por câncer no Brasil. É incrível isso, o câncer de próstata.

Eu até disse, nessa inauguração, que tomara que esse hospital logo esteja com fila. Por que? Porque significa que ele já está funcionando, agora tem, é um ganho. Se ele tiver fila, significa que ele está cumprindo, está operando a pleno vapor. Pois bem, isso foi terça-feira, não é isso? Hoje é sexta-feira. Já tem matéria no jornal reclamando de fila. Estamos levando cacete no jornal porque tem fila no hospital. Só que antes não tinha nada. Para ter fila, é preciso ter um serviço. Senão, não tem nem fila. As pessoas nem saem de casa. Isso é até um incentivo, porque nós vamos fazer mais. Vamos ampliar esse hospital, inclusive em outros hospitais, tendo esse como referência. Reservar um andar para doença dos homens.

As mulheres têm doenças específicas mais diversificadas. Por isso, já têm tido um desenvolvimento razoável os problemas de saúde da mulher. Eu mesmo fiz isso no Ministério da Saúde. Lembram aquele mutirão de exames de câncer do colo do útero, que acabou resultando não só na descoberta de casos na época, mas também em maior conscientização das mulheres a respeito do Papa Nicolau? Por isso, tem caído a incidência desse câncer nas mulheres porque melhorou a prevenção.

É o que a gente tem que fazer também com a próstata, de maneira organizada. É uma iniciativa pioneira no Brasil. Pensamos, depois que já tiver desenvolvido bem esse hospital, que ela possa ser uma referência. Que a gente tenha uma tecnologia já de atendimento em série. Aliás, vamos fazer também no Interior, para poder multiplicar a possibilidade de atendimento dos homens.

Enfim, eram essas as notícias que eu queria dar aqui. Queria agradecer a presença de todos e de todas. E, como estou numa região que tinha muita colônia italiana, aliás, quero dizer o seguinte: tem um dado biográfico na minha família interessante sobre Araraquara. O meu avô e minha avó, que eram calabreses, vieram da Itália para Araraquara. Ficaram aqui e depois voltaram para a Itália.

Meu pai nasceu na Itália, podia ter nascido aqui em Araraquara, na região. Aqui é uma região de colonização italiana, então eu imagino que deva ter muito palmeirense aqui, presumo. Tem alguém aqui, não? Hein? Então, vamos torcer no domingo, lembrando sempre que futebol é diferente de handebol. E eu acho que o adversário esqueceu isso.

Muito obrigado.