S. Vicente ganha Etec no segundo semestre

Discurso: Governador José Serra Evento: Inauguração da Etec de São Vicente Data: 21.02.08 Olha, eu achei que eu vinha só ver um prédio. Não achei que ia encontrar tanta gente. […]

qui, 21/02/2008 - 17h16 | Do Portal do Governo

Discurso: Governador José Serra

Evento: Inauguração da Etec de São Vicente

Data: 21.02.08

Olha, eu achei que eu vinha só ver um prédio. Não achei que ia encontrar tanta gente. De maneira que quando me disseram que era bom falar, eu concordei imediatamente, porque havia muitas pessoas e não deu para trocar palavras com a grande maioria.

Mas eu fico muito feliz. E estou falando principalmente para os jovens do Gepon e da GIP, porque esta escola, este grupão, agora reativado, vai voltar a servir diretamente a nossa juventude. Já é uma instituição da educação, da DIR (Direção Regional da Educação), que é muito competente. Mas vai voltar a ser o que era originalmente: uma escola para a formação, uma escola para o futuro.

Aqui nós vamos ter mais de mil alunos, quando estiver funcionando plenamente. Mais de mil alunos. Na Escola Técnica, que vai começar com informática e edificação; e no Ensino Médio, porque o ideal é que a garotada que faz a escola técnica, faça junto o Ensino Médio. Ou seja, fica tempo integral. E mesmo para aqueles que tiverem dificuldade econômica, eu pedi para o secretário de Desenvolvimento Social e para o secretário do Trabalho, incluírem no programa Ação Jovem, que é para poder dar bolsa para o pessoal poder ter os estudos em tempo integral.

Na Baixada, estava me dizendo a Laura, que está aqui, que é a presidente da Fundação Paula Souza, que toca todo o nosso programa de ensina técnico e tecnológico, que funciona lá no Bom Retiro, em São Paulo, nos prédios da Politécnica – antiga Politécnica – onde eu estudei. São 3.700 novas vagas na Baixada Santista no ensino técnico e tecnológico. O Clermont, prefeito de Cubatão que está aqui, já me dizia que está pronto lá em Cubatão. Tem outra em Santos, tem essa aqui, que são novas escolas técnicas, sem contar tudo aquilo que já existe: já tínhamos seis Etecs e duas Fatecs aqui.

Portanto, nós estamos avançando numa questão com a qual eu sempre tive um grande compromisso, que é a formação para o trabalho. Muitas vezes a gente vê famílias humildes gastando um dinheirão para que um dos seus filhos estude, faça um curso de Direito, e depois não passa na OAB porque o curso não é grande coisa. Tem advogados demais formados, o mercado de trabalho não absorve. Ao mesmo tempo, a gente vê empresas se instalando e não tem gente para contratar, porque não tem gente qualificada: muitas vezes, é trazida de outros lugares.

É isso que nós não queremos. Nós queremos combater o desemprego também a partir da formação. E formação adaptada às regiões. Aqui vai ter informática e edificação, e depois vai ter formação adaptada à questão do gás, do petróleo, que está no futuro de toda esta região. Há muitas jazidas descobertas que vão estar em plena exploração em meados da década que vem. Portanto, essa escola aqui vai ser uma produtora de empregos. Eu vi a foto agora de 1900, quer dizer, ela é do século XIX, quando foi feito este prédio. E agora vai formar gerações do século XXI.

Nós estamos trabalhando em parceria. Aqui a prefeitura do Tércio vai adaptar o prédio para os cursos funcionarem aqui. Mas o prédio está em bom estado. Vai ser muita pouca coisa. E vai bancar a nova sede da DIR. Eu estava dizendo para a diretora: aqui trabalham 90 funcionários, a maioria mulheres. O novo prédio da DIR vai depender delas. Elas é que têm que achar, não somos nós do Governo de São Paulo que vamos descobrir um bom lugar aqui. O prefeito estava dizendo a elas que não quer impor um lugar. Então elas têm que descobrir aqui em São Vicente um lugar adequado, não só para a direção, que eu imagino que tenha automóveis, mas para o conjunto de pessoas, de funcionários, que precisam ter acesso com relativa facilidade ao trabalho.

Nós estamos aqui, fazendo muitas coisas na região. O programa Água Limpa, que vai limpar todas as praias, levar a coleta de esgoto a quase 100%. Nós estamos, aqui em São Vicente, fazendo parcerias até para ter um teatro municipal, que não tem. O Governo do Estado está destinando R$ 4,8 milhões para isso, para a prefeitura fazer o teatro. O Luciano Batista fez emendas aqui para pavimentar 70 mil m² de rua. Uma emenda que o Governo do Estado vai atender, nós vamos dar o dinheiro. Ele estava me dizendo, é a primeira vez na história, São Vicente tem quanto? 476 anos. Já é um pouco velhinha. 476 anos e nunca houve verba direta de emendas do Estado. E nós estamos fazendo isso.

Nós trabalhamos em parceria com a Assembléia Legislativa. Deputado, no meu governo, não nomeia diretores de empresa e nem nomeia secretários. Isso não tem. São todos da responsabilidade da administração, ninguém sai nomeando. Mas, em compensação, participa do orçamento. Faz emendas e aquelas que são boas nós aprovamos. Nós governamos juntos. Por isso, a Assembléia Legislativa tem aprovado tanto projeto importante para São Paulo.

Está aqui também o deputado Paulo Barbosa, que é do meu partido; o Luciano é do PSB, não é do meu partido. Eles podem dar o testemunho dessa ação. E o Beto Mansur é deputado federal e pode dar testemunho sobre a forma como nós trabalhamos na administração pública. Não é seguindo política eleitoral partidária. Não que não seja legitima essa política eleitoral, só que ela não é para ser praticada no governo. No governo, a gente tem que trabalhar para todo mundo, não pode trabalhar para um partido ou para um grupo. Nós trabalhamos pela população e, como se mostra aqui, pela nossa juventude. Isso é o mais importante de tudo.

Tem outro projeto só que eu queria mencionar aqui, que é o VLT. Veículo Leve de Transporte. Que eu já fui ver como que é, no exterior. São bondes novos onde cabem 200 pessoas. Um negócio, assim, muito bom, muito confortável. Nós vamos fazer entre Santos e São Vicente, e vai chegar até a Praia Grande por outro sistema. Vai ser uma coisa… Mas aí nós vamos precisar das prefeituras. Vamos precisar do Papa, da prefeitura de Santos; do Tércio e do Mourão, prefeito da Praia Grande, que, eu estava dizendo aqui, deve ser a prefeitura mais rica do Brasil. Outro dia eu fui de helicóptero para Peruíbe e eu percorri todo o litoral da Praia Grande. É prédio que não acaba mais. Eu olhava aqueles prédios e via IPTU saindo, assim, mas… daqui a pouco ele pode financiar todo o VLT lá.

Bem, mas é isso. Muito obrigado a vocês todos. Hein? Tem também os jovens do Campis lá no fundo. Bem, muito obrigado, um grande abraço. Quero dizer o seguinte: vamos trabalhar pela Baixada, que para mim é uma região muito querida. Vocês sabem que até 17 anos de idade, eu nunca tinha saído da cidade de São Paulo, exceto para vir para a Baixada, que era o lugar que eu conhecia.

Quando falava “fora da Capital”, para mim era Santos, era São Vicente, era Praia Grande, era o Guarujá, que eu não preciso dizer que eram lugares – Praia Grande e Guarujá – ainda totalmente desabitados. A Praia Grande ainda pertencia a São Vicente. Vocês imaginem quanto tempo faz isso. Mas é um lugar muito querido, tem um potencial muito grande de desenvolvimento. Tem uma tradição importante para a história de São Paulo e do Brasil.

Todo o Estado de São Paulo pode contar com a gente, mas a Baixada, especialmente, pode contar comigo, com o governo. Da mesma maneira que a gente conta com vocês.

Muito obrigado.