Ribeirão Preto ganha novo hospital

Meu boa tarde a todos e a todas. Obrigado pelo calor da acolhida, que se soma ao calor da cidade. Queria cumprimentar o prefeito Gasparini, cujas palavras agradeço. Eu disse […]

qua, 26/03/2008 - 11h47 | Do Portal do Governo

Meu boa tarde a todos e a todas. Obrigado pelo calor da acolhida, que se soma ao calor da cidade. Queria cumprimentar o prefeito Gasparini, cujas palavras agradeço. Eu disse a ele que vou mandar guardar a fita do discurso; o Paulo Henrique, vice-prefeito; os deputados estaduais Baleia Rossi e Rafael Silva, cujas palavras agradeço.

Queria também registrar que não pôde estar aqui a Darcy, porque originalmente eu vinha na sexta, nós antecipamos para hoje. E também o Duarte Nogueira. Todos esses deputados batalham muito por Ribeirão Preto. Muito. Independentemente, são pessoas todas de partidos diferentes. Mas todas são, ao mesmo tempo, de um partido: o partido de Ribeirão. Isso é muito importante, quando se trata do Governo do Estado e do Governo Federal.

Queria cumprimentar os nossos secretários, Dr. Barradas; o Mauro Arce, dos Transportes. Tem muito prefeito. Queria cumprimentá-los todos. São Simão, Rincão, Motuca, Ituverava, Miguelópolis, Brodósqui, Dumont, Cravinhos, São Joaquim da Barra, Sertãozinho, Itirapuã, Patrocínio Paulista, Jardinópolis, Santa Rosa do Viterbo, Luís Antônio, Serra Azul e Jaborandi. Ficou faltando algum? Estão todos.

Queria cumprimentar o Flávio Fava de Moraes, diretor-geral da Fundação da Faculdade de Medicina da USP; é ex-reitor: ele vai ser um dos responsáveis, a Fundação vai tocar, pelo Instituto do Câncer que nós estamos criando na Capital de São Paulo. Vai ser o maior hospital de câncer do Brasil e da América Latina. E o maior centro de pesquisa, também, nessa área.

Queria cumprimentar o diretor da Faculdade de Medicina, Marcos Felipe; eu só estranhei quando ele falou do Palmeiras e houve manifestações de desagrado. É verdade? Porque, pelo que eu vi outro dia pela televisão, no 4 a 1, havia muito palmeirense aqui. Mas eu não sou contra o São Paulo. Aliás, eu não sou contra nenhum time. Só sou palmeirense.

Queria cumprimentar o Milton Laprevia, superintendente do HC da Faculdade; o Zé Paulo, diretor do Hospital Estadual de Ribeirão Preto, que inauguramos hoje. Vai se chamar Hospital Estadual.

Queria cumprimentar também os vereadores e vereadoras aqui presentes, por intermédio do Trigo, que é vereador de Sertãozinho, nosso companheiro de tantos anos, e a Silvana. Cadê a Silvana? Queria cumprimentar, através dela, as vereadoras mulheres aqui presentes; os secretários municipais; o corpo clínico; professores e alunos da Faculdade.   

Bem, esta inauguração é um passo a mais num processo que vai levar a aumentar em mais ou menos 330 leitos a disponibilidade hospitalar aqui na região. Porque tem o Hospital Secundário, que eu acho ótimo mudar para Hospital Estadual, porque secundário dá idéia de que não é importante; o Hospital da Mulher, a partir de julho, que vai ser pela incorporação do Mater; o Hospital Regional de Serrana, que é aqui pertinho, e agora está tendo a duplicação da estrada; é um hospital regional; esse, já no segundo semestre; e, no ano que vem, o Hospital da Criança, em meados do ano que vem.

Isso tudo vai aumentar em 330 leitos. Na verdade, não são leitos para Ribeirão Preto. São leitos para a região. Tudo o que se está fazendo aqui é regional. Não é do município, é do município e é para adiante. Ribeirão tem um equipamento de saúde que só atendesse à cidade de Ribeirão Preto, seria um luxo. Mas, na verdade, atende a toda a região. E tudo centrado numa Faculdade que é de excelência.

A Faculdade de Medicina de Ribeirão é muito boa. Eu me lembro, não vou dizer quando, mas faz muitos anos. Quando eu era presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo, a gente fazia muita agitação política também aqui em Ribeirão. E a Faculdade já era uma Faculdade notável, numa época em que tinha muito poucas faculdades no Interior. No entanto, eu fiquei espantado porque havia na época uma Faculdade de Medicina em Ribeirão Preto que competia em qualidade com a Faculdade de Pinheiros, da Universidade de São Paulo.

E ela continuou mantendo esse padrão de excelência. Que não é pouco, porque um problema que a Medicina está tendo em São Paulo é a proliferação de faculdades, que nem sequer têm hospital-escola do lado. Estão formando profissionais que não são bem preparados. Esse é um assunto que sempre preocupa muito. Pois, aqui, a demonstração do oposto: da qualidade que a gente é capaz de dar para o ensino médico no Estado.

Esse hospital – para funcionar – vai precisar muito da colaboração dos prefeitos. Eu estou muito contente porque tem muito prefeito aqui. Esse hospital só vai dar certo se os prefeitos trabalharem direito. O que é prefeito trabalhar direito? Se alguém vai operar de hérnia, tem que chegar aqui com diagnóstico feito. Tem que chegar e operar. Não dá para fazer como se faz com o Hospital das Clínicas. Manda a pessoa e aí ela tem que ser diagnosticada, volta, faz os exames, aí marca o dia da cirurgia. Isso não vai funcionar. Esse hospital entra em colapso rapidamente se for assim.

Portanto, os prefeitos têm que cooperar: quando vem alguém, eles são responsáveis por toda a consulta prévia, pelo diagnóstico, pelo encaminhamento. E também por transportar o paciente de volta. Senão, vai ter que ficar aqui horas. Não dá para o hospital organizar esse serviço de distribuição na região. É preciso que os prefeitos façam isso. E aí, para o prefeito, é um lucro tremendo esse hospital, porque não vai pagar nada, encaminha as pessoas, até fatura politicamente, se fizer o trabalho direito. Ou seja, não dá para despejar as pessoas aqui, como acontece muitas vezes, e isso tumultua o funcionamento do hospital. Estou certo ou estou errado? Esse é um negócio muito importante.

Bem, eu não posso deixar de aproveitar a oportunidade, apesar de que vamos ainda a outra inauguração, de mencionar algumas coisas sobre outras áreas. Eu vim aqui com o Mauro Arce. Ele me disse, como já registrou o Gasparini, que amanhã sai no Diário Oficial o edital do novo terminal do Aeroporto. Eu estou muito ligado na questão desse aeroporto porque estou convencido de que, se  fizer uma boa exploração, ele pode ser rentável. Até pela capacidade que terá, não tanto de passageiros, que não vai mudar muito, tem bastante passageiro, mas não é esse o ponto central. O ponto central é da carga, que pode ser um centro grande de redistribuição para o Interior de São Paulo e até para Minas Gerais.

Outro aspecto é o do viaduto da Castelo Branco. Os dois viadutos. Nós tínhamos oferecido para a Prefeitura nós passarmos o dinheiro. Mas o Gasparini me dizia que chegou à conclusão de que com o DER fica mais rápido. E como o nosso critério é a rapidez, além da boa qualidade da obra, então o próprio DER vai fazer isso. E aí vocês têm que ccbrar o Mauro Arce e o …(inaudível). Se atrasar, já sabemos quem serão os culpados. Porque esses viadutos resolvem o problema de estrangulamento de trânsito. Da outra vez eu passei por lá: muito chato. Realmente muito chato, e a gente tem que atuar rápido em matéria de trânsito, porque senão se criam situações como as da cidade de São Paulo. Claro é que lá é muito mais complicado, mas é porque trânsito não dá para ficar correndo atrás do prejuízo sempre. É preciso resolver logo as questões mais importantes.

Por outro lado, eu quero aproveitar para um esclarecimento. A Secretaria da Saúde tomou uma providência para ajudar o combate à dengue, aqui em Ribeirão Preto, que é contratar exames, terceirizando os exames da dengue. Houve uma interpretação, num dos jornais hoje, que é oposta: isso iria atrasar. Não, não vai atrasar. Porque agora os exames, para ver se a pessoa tem dengue ou não, poderão estar disponíveis em 72 horas. No atual esquema, às vezes demora muito mais. Então, o problema não é quem faz o exame; é ter o exame rápido. O critério é esse. Ou seja, o que se fez foi uma solução, e não um agravamento do problema.

Em Ribeirão, a questão da dengue é séria, porque aqui é um fato climático. Por que não tem dengue na cidade de São Paulo, no município? Porque faz frio. O tempo maluco que tem em São Paulo, em janeiro tem noite fria. Em fevereiro, tem noite fria. Isso é o pior para o mosquito. O mosquito detesta o frio, mas adora o calor. E aqui faz muito calor. Então é uma região propensa para isso. Por isso é que a gente tem que apurar todos os mecanismos de controle e de prevenção.

A dengue é muito difícil prevenir porque implica mudança de comportamento das famílias com a questão da água parada; superfície limpa, pequena; por exemplo, no litoral, para vocês terem uma idéia, qual é o problema da dengue? É que muita gente que tem casa lá que mora em São Paulo.

Vocês vêem, lá  pela Praia Grande, Santos, muito apartamento. Esses apartamentos ou casas ficam fechados. No vaso sanitário, aquela aguinha que tem embaixo é o ambiente ideal para o mosquito, para as larvas. Então, ali é um foco. Vocês percebem o grau de complexidade que tem o assunto. Agora, a detecção é muito importante, os exames.

Na verdade, o que nós fizemos é para apressar os resultados para saber, porque as pessoas também têm que ficar isoladas. Porque se elas forem picadas por um mosquito, aí é que o mosquito transmite. O mosquito é um ônibus. Ele hospeda o vírus, está certo, Barradas? Eu sou meio inseguro nessa matéria. Quando eu assumi o Ministério da Saúde, o Barradas era secretário adjunto em São Paulo veio comigo três vezes para me ensinar as coisas. Ele fez a grande explicação de qual é a diferença entre vírus, bactéria, verme, micróbio, etc. Quero dizer que eu já esqueci isso. Para mim, é tudo parecido. São todos do mal. Bem, mas esse é um esclarecimento que me pareceu importante de ser dado.

Outra questão relevante é a do Pró-Vicinais. Nós estamos fazendo, aqui na região, entre o Pró-Vicinais 1, que já está adiantado, e o Pró-Vicinais 2, que está em andamento, cerca de 400 quilômetros que serão refeitas. Aliás, vão ser inaugurados agora, por exemplo, dez quilômetros de São Simão até a Anhangüera. Isso já começa a acontecer. É a região que tem mais refazimento – digamos assim – de estradas vicinais. E há várias outras obras viárias que eu vou economizar de citar aqui, até porque nós vamos a outro lugar fazer uma inauguração.

Queria agradecer toda essa atenção, e dizer que Ribeirão Preto e a região podem continuar conosco, com o Governo do Estado. Podem contar comigo, da mesma maneira que a gente conta com vocês. Com os prefeitos, com a comunidade, com os deputados que são tão ativos e patriotas, do ponto de vista dessa região. E todos nós, pelo nosso Estado de São Paulo, e com o peso e a importância que ele tem para o Brasil.

Desenvolver São Paulo é desenvolver o Brasil. E desenvolver Ribeirão Preto e a sua região é desenvolver São Paulo. Porque é a região mais desenvolvida do Estado de São Paulo. Se o Brasil repetisse Ribeirão Preto, nós estaríamos no G-8, em matéria de países desenvolvidos. O que a gente tem que fazer é nivelar por cima. Não deixar que as coisas vão para trás. Pelo contrário. Nivelar por cima e usar esta região como exemplo, aliás, para o resto do Estado e do Brasil.

Muito obrigado.