Ribeirão Preto ganha nova escola e ampliação do aeroporto – parte 1

Discurso: José Serra Evento: Inauguração de escola para 1,2 mil alunos em Ribeirão Preto Data: 15/02/08 Quando o Duarte Nogueira falou do Palmeiras, eu só ouvi vaia. Não tem nenhum […]

sex, 15/02/2008 - 12h27 | Do Portal do Governo

Discurso: José Serra

Evento: Inauguração de escola para 1,2 mil alunos

em Ribeirão Preto

Data: 15/02/08

Quando o Duarte Nogueira falou do Palmeiras, eu só ouvi vaia. Não tem nenhum palmeirense aqui? Tem pelo menos uma meia dúzia. O Corinthians eu… eu torci para o Corinthians não ir para a série B do Campeonato Brasileiro. Estamos torcendo para voltar. Para ter graça. Eu me lembro da partida pela final do Paulista aqui, em 95. O Corinthians ganhou o campeonato aqui, porque o Roberto Carlos perdeu um pênalti. Lembram disso?   

Bem, eu queria cumprimentar, dar o meu boa tarde a todos e a todas.

Cumprimentar o prefeito Welson Gasparini; o Leopoldo Paulino, presidente da Câmara; o Paulo Henrique Pastori, vice-presidente de Ribeirão; o deputado federal, Duarte Nogueira; os deputados estaduais Rafael Silva; Dárcy Vera ; o deputado Baleia Rossi; a secretária Maria Helena Guimarães de Castro, da Educação; os prefeitos de Batatais; Guará; Buritizal; Américo Brasiliense; Luis Antônio, Sertãozinho; Santa Cruz da Esperança; Brodósqui; Jaborandi e Cajuru.

Queria cumprimentar também… de Américo Brasiliense? O prefeito também está presente. Queria cumprimentar aqui os dirigentes da área de ensino presentes; inclusive a diretora da escola, a Sandra; os dirigentes de partidos aqui presentes; os secretários municipais; todos os vereadores e vereadoras aqui presentes de Ribeirão Preto e de outras cidades; e os moradores do Jardim Diva Tarlá de Carvalho – que na verdade, são os que hoje, neste ato, tem mais a comemorar.

Esta é uma boa escola para 1.200 alunos. E custou três milhões de reais para o Estado. É para alunos da 5ª à 8ª série e alunos do ensino médio. O trabalho nosso… Não entendi. Desculpa. É. Enfim, a gente vai correndo atrás da demanda. Mas estamos fazendo. Sem essa escola, haveria muito menos vagas para o ensino, de toda maneira. Agora, eu não quero por a peteca na mão do Gasparini, mas de 1ª a 4ª série tem do Estado e tem do Município, principalmente.

Quero também saudar aqui o nosso secretário Mauro Arce, dos Transportes, que veio comigo para a gente anunciar as coisas boas aqui para o local.

Mas, em relação à educação, eu quero fazer uma referência muito rápida. Para nós, é uma prioridade. E nós fixamos dez metas para a Secretaria da Educação. Eu digo Secretaria, porque não é a única área do Estado que tem educação, mas é a principal.

Primeiro, de que todos os alunos de oito anos sejam plenamente alfabetizados. Isto é importante. Eu não sei se vocês sabem, mas eu vou dar aula nas escolas – principalmente na capital, porque é perto do Palácio do Governo. Eu dou aula para 4ª série em geral em escolas diferentes. Eu ensino coisas e ao mesmo tempo, avalio o que os alunos sabem. E por incrível que pareça, tem gente na 4ª série que não sabe ler direito ainda.

Então, a nossa meta – através de uma série de ações – é ter todo mundo alfabetizado até a 2ª série, até a idade de oito anos. A redução de 50% das taxas de reprovação na 8ª série – que hoje são altíssimas. A redução de 50% das taxas de reprovação no ensino médio. A implantação de recuperação e aprendizagem nos finais dos ciclos – ou seja, na 4ª, na 8ª e na terceira do ensino médio. O aumento de 10% nos índices de desempenho do ensino fundamental de São Paulo e do ensino médio nas avaliações nacionais. O atendimento de 100% da demanda de jovens e adultos no ensino médio com currículo profissionalizante. A implantação do ensino fundamental de nove anos, ao invés de oito; com prioridade a municipalização das séries iniciais – da 1ª a 4ª série. Programa de formação continuada e capacitação de equipe. E a descentralização e a municipalização do Programa da Merenda nos 30 municípios ainda centralizados no estado. E por último, o investimento em obras e infra-estrutura da educação em 1,7 bilhão de reais até o final do mandato.

No ano passado, nós já gastamos 500 na linha de que o Governo tem que começara funcionar desde o primeiro dia.

O Rafael dizia uma coisa na vinda para cá. Modéstia parte, ele tinha razão. A maioria dos governos, quando começa, se trancam no primeiro ano. As coisas não vão para frente. Nós fizemos o contrário, o Governo já começou a funcionar desde o primeiro dia. Isso é muito importante, porque a população não pode ficar aguardando o ciclo político. Primeiro ano sem nada, último ano com coisa demais. Nós vamos fazer e estamos fazendo uma gestão equilibrada. No primeiro ano, muito. No segundo ano, muito. No terceiro, muito. No quarto, muito. Isso é o que São Paulo precisa.

Só para se ter uma idéia, aqui, nesta região, nós temos 13 escolas que estão tendo as quadras cobertas e as obras estão em execução. Estamos gastando 20 milhões na área de construção e de reformas. E tem mais 13 escolas sendo construídas na região. Duas novas e outras reformadas. Portanto, essas são as metas do geral na educação.

Mas, nós estamos também enfatizando muito em São Paulo a Paula Souza. O ensino médio, dentro da Paula Souza, o ensino técnico e o tecnológico. Aqui em Ribeirão Preto, nós estamos aumentando três cursos na escola técnica com mais 120 alunos. Por que hoje, o que acontece? Falta emprego. Quando tem emprego, muitas vezes, não tem mão-de-obra qualificada. E nós vamos aumentar em São Paulo a totalidade de alunos da Paula Souza de uns 110 mil para 300 mil até o final do governo. Quem termina Escola Técnica, 70%, 80% já têm emprego na hora. E a Escola Técnica é para quem nem tem o ensino médio feito. É de nível médio. Faz o médio e faz a Escola Técnica.

Mas, o prefeito fez referência a várias outras coisas que eu anunciei ou confirmei hoje aqui.

Uma, é o aeroporto. Nós estamos com esse dinheiro… o Gasparini esteve na minha sala há quase um ano. E eu disse: tenho dinheiro para o Terminal, para ampliar o terminal. E não conseguimos, por causa do Ministério Público e da Justiça. Tivemos que negociar neste ano todo a autorização para fazer. Finalmente conseguimos. E o Terminal vai ser ampliado.

O aeroporto recebe perto de 600 mil passageiros por ano. O Terminal é para 150 mil. Não tem cabimento, está certo? Então, nós vamos fazer um belo Terminal. Já não há nenhuma dificuldade mais pela frente. E isto vai ser impulso. Não é tudo. Mas vai ser um grande impulso no Aeroporto de Ribeirão Preto. Um fator de desenvolvimento aqui para a região, que é a mais desenvolvida do Estado de São Paulo.

Outra questão importante, a área da saúde. O conjunto de iniciativas que estamos tendo, vai aumentar 320 leitos em Ribeirão. Trezentos e vinte leitos. Então, atualmente, tem 461 – me diz a Dárcy – nós vamos levar isto mais 320. Quase duplicar. O Hospital da Criança que é meados do ano que vem. O Hospital Secundário que começa agora. O Hospital da Mulher, Regional da Mulher, nós estadualizamos uma clínica que era privada, particular, a Mater – que era basicamente de partos. E nós vamos transformar em um hospital regional.

E estamos fazendo… vamos ter um hospital regional em Serrana, o que vai significar aliviar os hospitais de Ribeirão Preto. Portanto, essas são iniciativas na saúde pra gente correr atrás da demanda que é muito forte na área da saúde.

Outra questão fundamental. Eu vi agora, vindo no caminho para cá. Estávamos no carro com a Dárcy, o Rafael, o prefeito, a Silvana Rezende, um conjunto de parlamentares e de gente de Ribeirão Preto. Passamos e vimos o engarrafamento – apesar de que não é hora de engarrafamento – lá na Castelo Branco com duas outras avenidas: a Kennedy e a Leão XIII. Esta é uma obra dentro do município. Então, por isso, nós decidimos: vamos entregar para a Prefeitura 25 milhões de reais para que ela faça esses dois viadutos. Isso vai eliminar uma amolação tremenda para Ribeirão Preto e também para quem mora aqui. Por que eu estava vindo para cá de carro da Televisão Clube para cá e passamos por estes dois pontos.

Tem uma outra que é muito importante que é na Anhanguera, já fora – digamos – da órbita estrita do município. Henry Nestlé com Guadalajara. Nós estamos negociando – porque aí é a área da concessionária – com a concessionária da estrada para que ela faça. E eu espero que possamos chegar logo a um bom termo nessa questão.

Estas são coisas importantes que eu queria ou anunciar ou confirmar aqui em Ribeirão Preto.

Eu quero dizer que… é… o Gasparini fez referência à outra coisa importante. Mas ainda quero falar da área de estradas.

Só na região de Ribeirão Preto – só na de Ribeirão Preto – nós temos em andamento a remodelação – que é fazer de novo – 400 quilômetros de estradas vicinais. Só nesta região. Os prefeitos sabem disso. E estamos fazendo a duplicação da estrada Ribeirão Preto – Serrana. Como é que é mesmo o nome? Abrão Assed. Estamos fazendo essa duplicação.

Quando a gente faz estrada, reforma estrada, etc., nós estamos impulsionando o que? O emprego. A mobilidade das pessoas e o emprego. Por que atividade produtiva depende da infra-estrutura e nós estamos dando essa infra-estrutura. Essa é uma obrigação do Estado. Não é um favor.

Agora, Ribeirão Preto tem uma particularidade. Eu estou aqui em um palanque que ninguém é de partido diferente. São todos aqui do partido de Ribeirão Preto. Isso é o fundamental. Está certo? Por que do ângulo do Governo, eu não trabalho partidariamente. Eu sou do PSDB. Eleição, disputa, etc. Temos aliados, temos adversários. Mas no Governo, nós não temos adversários.

No Governo, nós trabalhamos pela população, pelo povo, que não suporta a idéia de que vem governo e faz coisa porque é de um partido, deixa de fazer, prejudica uma região. Isso não tem cabimento. Os deputados estaduais aqui presentes são nossas testemunhas disso. A Dárcy é do DEM, o Baleia é do PMDB, o Rafael é do PDT. São partidos diferentes. O Duarte Nogueira é do PSDB. Os deputados são de partidos diferentes. Mas, o importante para nós… o Paulino é de que partido? O Paulino é do PMDB, a Silvana é do PSDB. Enfim, temos gente de todos os partidos trabalhando por Ribeirão Preto. Isto é importante. O Governo do Estado encara assim. Nós não favorecemos ninguém particularmente, nenhuma força política em especial. Nós favorecemos Ribeirão. Favorecemos os municípios da região. Favorecemos o povo de São Paulo. Isto é muito importante. Queria deixar isto bem claro aqui. Todos aqui têm dado uma contribuição muito importante.

O prefeito me dizia no carro – não sei se foi ele ou mais alguém – não, aqui tem muita disputa sobre quem influenciou em tal obra. Foi fulano, foi sicrano, tal. Eu vou dizer uma coisa: eu acho isso ótimo. Para quem chega de fora, está ótimo. Por quê? Por que tem obra para discutir quem patrocinou. Imagina se não tivesse? Aí entrava naquele ditado mineiro: casa que falta pão, todo mundo grita e ninguém tem razão. Está certo? Aqui não tem motivo para gritar, e, portanto, todo mundo tem razão. Nós estamos fazendo esse trabalho e vamos continuar. Vamos continuar. E para isso, nós precisamos da cooperação, da colaboração de todos e de todas.

Nós estamos trabalhando pelo meu estado, pelo estado de vocês, pelo nosso estado – que é São Paulo. E ao trabalhar por São Paulo, nós trabalhamos pelo Brasil.

Quero dizer a Ribeirão Preto e a toda a região, a todos os prefeitos amigos que aqui estão: contem comigo, contem com o Governo do Estado. E nós contamos com vocês pelas nossas causas pelo desenvolvimento de São Paulo.

Muito obrigado.