Piracicaba terá Parque Tecnológico de biocombustíveis

Alberto Goldman: Bom dia a todos. Ao prefeito Barjas Negri, nosso companheiro, amigo. Vereador João Manoel, presidente da Câmara. O vice-prefeito Sérgio Pacheco. Nosso amigo, amigo pessoal, companheiro de tantos […]

sex, 13/06/2008 - 17h29 | Do Portal do Governo

Alberto Goldman: Bom dia a todos. Ao prefeito Barjas Negri, nosso companheiro, amigo. Vereador João Manoel, presidente da Câmara. O vice-prefeito Sérgio Pacheco.

Nosso amigo, amigo pessoal, companheiro de tantos anos, no Congresso, na vida política, o Mendes Thame, a quem cumprimento pelo seu aniversário hoje. Ele diz que faz 50 anos hoje, mas ele diz que faz 50 anos faz muito tempo. Então ele parou nos 50 anos, não faz mais depois de 50 anos.

Eu disse para ele que a minha técnica é diferente. Quando eu fiz 50 anos, a partir daí, eu comecei a fazer contagem regressiva. Então, já estou com 30 anos hoje.

O Roberto Moraes, nosso companheiro da Assembléia, que nos ajuda muito na Assembléia. O Luciano Almeida, nosso secretário-adjunto, que nós levamos em comodato. Ou foi empréstimo? Em comodato, lá para a nossa Secretaria. Laura Laganá, nossa superintendente do Paula Souza, que é quem toca operacionalmente, tem a obrigação de levar adiante uma instituição da dimensão e da qualidade do Paula Souza. O Garabed Kenchian, nosso diretor-geral do Centro Federal de Educação Tecnológica.

Os companheiros que aqui estão presentes também. O Cau Machado, ex-deputado. O José Francisco Kalil, secretário do Desenvolvimento. O João Fernando Oliveira, nosso diretor presidente do IPT, que também está por aí. Vai ter trabalho aqui, vai ter que instalar laboratórios do IPT aqui. Carlos Borsari, prefeito de Capivari. Estou vendo o Barran Agopian, que é nosso coordenador da área de ciência de tecnologia, que é quem vai assinar alguns contratos aqui, depois, com o Barjas, dando dinheiro.

Eu estou com todo o prazer, hoje, representando o governador José Serra. Ele gostaria, certamente, de estar presente aqui. Ele está em Washington, assinando vários contratos do BID, porque a gente combinou o seguinte: Você vai lá, caça o dinheiro e eu venho aqui para gastar o dinheiro. Enquanto você está pegando lá, eu estou gastando aqui. Então é um acordo bem feito. O resultado sempre é zero. Você leva, a gente gasta.

Ele assina vários financiamentos do metrô, trens metropolitanos, arranjos produtivos locais, aqui na região nós vamos ter, também, arranjos produtivos.

Para mim é um prazer vir aqui, não só em razão aqui da Fatec, que nós até já anunciamos na última vez em que estivemos aqui. O Centro Federal de Educação, ampliando ainda mais aquilo que já é característica aqui de Piracicaba e região, que é o grande centro de tecnologia, de ciência e tecnologia que nós temos no Estado de São Paulo. Particularmente também dirigido a alguns setores, centralmente na área de açúcar e álcool.

Mas o motivo pelo qual nós estamos aqui, o que nós estamos centrando nesse momento aqui, basicamente, é o início desse parque tecnológico. Esse parque tecnológico aqui tem tudo para dar certo no Estado de São Paulo e no Brasil.

Nós estamos ainda nos primórdios da instalação de parques tecnológicos, que em muitos países da Europa foram o ponto de lançamento, de criação, de desenvolvimento de um volume grande de indústrias inovadoras.

Indústrias que foram buscar no desenvolvimento científico e tecnológico as condições para competição, principalmente. Até competição no mercado internacional.

Nós assistimos uma delegação, nós fomos com uma delegação no ano passado. Vimos isso em Portugal, vimos isso na Espanha, vimos isso em vários países da Europa. Isso existe hoje em vários países da Ásia. Muitos desses países da Ásia têm o seu desenvolvimento possibilitado, exatamente, pela capacidade que os governos lá tiveram de pensar em educação, em ensino de primeiro grau, de segundo grau, ensino médio, ensino tecnológico, universidades. Os governos pensavam 10, 15, 20, 30 anos adiante.

Nós, talvez, não tenhamos tido esta felicidade. Estamos, hoje, fazendo esse esforço, porque muitas das coisas que nós estamos fazendo hoje vão ter resultados daqui a 10, 15, 20, 30 anos. Muitos de nós não estaremos mais aqui, mas isso é fundamental. É uma visão que o governador Serra tem. Não só do presente, do dia-a-dia, daquilo que nós temos que resolver no dia-a-dia, mas uma visão para o futuro.

Esses parques tecnológicos visam, exatamente, a fazer o processo de integração entre as universidades, os centros de pesquisa, as faculdades de tecnologia. Essa preparação toda de ciência e tecnologia que nós fazemos nesta região e em todo o Estado de São Paulo, ligando isso com a indústria, fazendo exatamente a interlocução com a indústria. Esse parque tecnológico é exatamente isso.

Ele não é uma atividade somente estatal. É claro que vamos ter aqui um órgão de gestão. A Prefeitura é o elemento articulador mais importante disso. Quando a Prefeitura não se movimenta, a Prefeitura é omissa, não sai, não acontece. Nós temos vários casos no Estado de São Paulo. Estamos fazendo um esforço grande em algumas regiões que a gente acha que têm condições para ter o parque tecnológico. Nem sempre anda bem.

Aqui, o Barjas correu mais do que os outros e é um dos primeiros, agora, a se instalar de fato, efetivamente. Aliás, com recursos – nós vamos assinar um convênio este mês – transferindo para cá mais de R$ 3 milhões do Governo do Estado. O Barjas vai colocar mais outros R$ 3 milhões. Ele sabe, para que a gente possa, com isso, começar, de fato, a levar o parque adiante. Com a construção de várias incubadoras, transferência de laboratório. Nós vamos começar com incubadoras de empresas que são a base inicial para que esse parque tecnológico funcione.

Nós vamos dar todo o apoio do Estado para isso, com os laboratórios necessários, com a presença do IPT aqui. Isso vai ser possível. A partir daí, é que o setor privado vai entrar nessa área do parque que hoje é de 50 mil metros quadrados. Ainda é pequena, mas vai ser acrescentada em pelo menos mais 100 mil metros quadrados, e nós vamos lutar para que seja até um pouco mais do que isso.

Para que empresas de inovação tecnológica, empresas que não são grandes, as grandes empresas que a gente conhece, mas são fundamentais para o desenvolvimento do Estado. São aquelas que dão a característica para esta região. Uma característica especial.

Aqui – especialmente aqui – vai ser um local de integração desses vários centros de desenvolvimento na área de açúcar e álcool. Nós temos, exatamente aqui nesta região, o centro fundamental, o centro básico, o centro nuclear do açúcar e álcool. Nós queremos avançar para a pesquisa do que nós chamamos de a segunda geração.

A segunda geração significa você começar, não apenas aperfeiçoar a cana-de-açúcar, a produção de cana-de-açúcar e a produção do álcool tradicional. Mas a gente evoluir para uma segunda geração na qual a produtividade vai aumentar.

Vai se produzir mais álcool para que a gente possa competir no mercado internacional, porque nesse mercado, hoje nós somos praticamente líderes.

O Brasil, junto com os Estados Unidos, são os maiores produtores de etanol do mundo. Mas, dentro do Brasil, São Paulo é 2/3 da produção brasileira. Se nós não tivermos pesquisa e desenvolvimento nessa área, certamente os americanos – com os grandes investimentos que vão fazer, principalmente na extração do etanol da celulose – podem nos ultrapassar. E nós, assim, ficaríamos para trás nessa produção que queremos continuar liderando.  

Piracicaba vai ser um elemento, talvez a região mais importante, para ser a liderança nesse processo. E o Parque Tecnológico tem esse papel também, junto com todos os institutos, todas as universidades que nós temos aqui.

Então, o que eu quero ressaltar neste ato – em que se colocam várias questões, neste ato em que se fala da Fatec, se assina o contato da Fatec, se fala do Centro Federal de Desenvolvimento, Cefet – é ressaltar o Parque Tecnológico que começa a ser criado.

É o início de um grande salto que nós vamos dar aqui na região, na cidade de Piracicaba, para o desenvolvimento socioeconômico do nosso Estado e do nosso País.

Então eu quero agradecer a todos vocês. Muito obrigado, prefeito Barjas Negri, forças políticas e sociais aqui da cidade e a todos vocês. Continuem nesse trabalho, continuem nessa aliança que vocês fazem. Sociedade, empresários, universidades, centros de estudos, centros de pesquisa, porque, sem dúvida, Piracicaba vai continuar sendo – cada vez mais – um dos grandes centros de desenvolvimento do nosso Estado.

Muito obrigado.