MIS reabre após obras de modernização

Governador: Queria dar o meu bom dia ou boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar, aqui, o João Sayad, que vem comandando um grande trabalho na Secretaria de Cultura […]

sáb, 09/08/2008 - 16h13 | Do Portal do Governo

Governador: Queria dar o meu bom dia ou boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar, aqui, o João Sayad, que vem comandando um grande trabalho na Secretaria de Cultura do Estado. O José Henrique Reis Lobo, que é secretário nosso de Relações Institucionais.

Queria cumprimentar, aqui, a Daniela e, por intermédio dela, toda a sua equipe. A nova diretora. Queria, também, cumprimentar a Priscila Arantes. Eu bem que, quando cheguei, vi que ela parecia com alguém. Na verdade, sempre fui muito amigo de seus pais e aqui está o Aldo Arantes, o pai dela. O Aldo foi meu companheiro de agitação no movimento estudantil. Meu e do Jabor. Eu acho que o Aldo foi, sem dúvida – eu fui presidente da UNE, ele foi duas gestões antes de mim; portanto, ele é mais velho, como vocês vêem – mas ele foi, sem dúvida, o mais importante presidente da UNE, eu acho. Pelo menos da minha geração e do que veio depois. Queria manifestar a minha satisfação de tê-lo aqui.

O Ronaldo Bianchi, secretário-adjunto da Cultura. A Edy Ferdon, que é presidente da OS Cultura Paço das Artes, que é quem, de fato, vai tomar conta do museu. A Milu Vilela, que é presidente do MAM, nossa parceira em tantas coisas, do Itaú Cultural. Renée Schart, que é diretora do Museu Guggenheim de Nova York. Onde é que está? Ela não vai entender, de toda maneira, o que está se falando aqui. A Bia Amaral, diretora do Teatro Municipal de São Paulo.

Queria, também, cumprimentar meu ex-secretário na Prefeitura e ainda secretário, o Kalil, Carlos Augusto Kalil, que também tem feito um trabalho muito importante na cidade de São Paulo à frente da Cultura. A Vilma Mota, que é vice-presidente do Instituto Sérgio Mota, que trabalha um pouco na linha da algumas atividades que acontecerão aqui. Diretores de museus, curadores, críticos de arte, artistas.

Enfim, queria dizer da minha alegria de vir aqui hoje participar desta inauguração. A gente, no Governo do Estado, faz coisas muito diferentes. Eu, hoje de manhã, estive abrindo uma campanha de vacinação contra a pólio e a rubéola. Neste ano, os homens também devem tomar a vacina da rubéola, de 20 a 39 anos, para evitar que as mulheres peguem. Para a mulher é muito importante, por causa dos problemas que pode trazer na gravidez.

Depois, fui a uma Virada Social em São Mateus.

Virada Social é um trabalho que soma a Polícia Militar, a Secretaria de Assistência Social, a Secretaria da Saúde e a Secretaria da Educação. É um trabalho destinado a coibir a violência e fazer a promoção social em áreas críticas da cidade.

Agora venho aqui ao MIS, olhando para a frente. Não é apenas recuperando ou consertando situações existentes, mas é inaugurando uma nova etapa em relação à qual todos nós temos muitas esperanças. Sobre esse museu, como disse o Sayad, é querido aqui pela cidade e no meio cultural paulista e brasileiro. É uma nova fase. Uma nova fase bem calçada economicamente, porque o orçamento, com relação ao que nós encontramos quando assumimos o governo, e o orçamento deste ano e para o ano que vem, está quase quadriplicando.

Em 2006, se eu não me engano, teve menos de dois milhões de orçamento. Agora vai chegar perto dos oito, no ano que vem. Portanto, vocês têm também uma responsabilidade grande no sentido da produtividade do recurso. Além do mais, será melhorada a própria qualidade desse espaço em um belo edifício, numa bela construção, também, investimentos que aconteceram e ainda vão acontecer na própria estrutura do prédio.

Nós estamos, na área cultural, sob comando do João Sayad, tomando muitas iniciativas na cidade. Entre elas, criamos a companhia… Está a Dodora aí, a mãe de Priscila. Nós fundamos uma Companhia de Dança em São Paulo que estreou ontem em Caraguatatuba. Vai fazer algumas apresentações fora, e depois fará a sua apresentação primeira aqui na cidade de São Paulo.

Junto com a criação dessa companhia, nós estamos em plena ação para criar um teatro da dança em São Paulo, que deverá ser, se tudo der certo, no local onde hoje é a rodoviária, ou melhor, a antiga rodoviária. Em frente da Sala São Paulo, o que implicará, também, reformulação de toda aquela praça entre a Sala São Paulo e a rodoviária.

Eu disse deverá, porque nós temos que enfrentar o problema das desapropriações, que custam um tempo enorme. Custam mais tempo do que dinheiro. É muito difícil, em São Paulo, tomar uma iniciativa. Aqui não é a China – está certo? – onde com muita facilidade essas coisas são feitas. Aqui tem um problema sério de tempo para desapropriar, pendências na Justiça e tudo mais. Mas, se der certo, nós vamos ter um extraordinário teatro.

E não vai ser só de dança clássica, de balé clássico. Vai ser de diversas modalidades, até porque vai ter muitas salas. Vai ser escola, vai ser lugar de seminários, museu da dança. Enfim, tudo num complexo da dança em São Paulo.

Isso já está em plena atividade. Claro que vocês todos entenderão que eu tenho muita pressa, porque eu quero que esteja pronto antes de deixar o governo. Em política sempre tem o timing das coisas, principalmente num País em que há eleição a cada quatro anos.

Estamos, também, trabalhando ativamente na criação do Museu da História de São Paulo, que não existe. Aliás, eu me dei conta de que nós não temos nem sequer livros, material didático sobre a história do Estado.  Os alunos do ensino fundamental e médio não têm nenhum material a respeito do Estado em que eles vivem, nasceram ou a que chegaram com seus pais. Nós estamos, a propósito, desenvolvendo essa parte, digamos, de natureza didática, de natureza docente em relação ao Estado, e vamos fazer este museu, que será representativo da história do Estado de São Paulo.

A sede, para vocês verem como é complicada a coisa de desapropriações. Havíamos escolhido uma fábrica na Mooca, eu mesmo havia tido a idéia. Na esquina da Rua da Mooca com a Barão de Jaguara. Estava sendo negociado por dez milhões, 12. Estava tudo certo já. Aí entrou a Justiça e um perito avaliou em 30 milhões, acima do que o dono tinha sonhado em pedir e do que nós podíamos pagar. Resultado: agora não vai poder pegar a fábrica. Então, nós mudamos para a Casa das Retortas. A idéia vai ser, agora, fazer na Casa das Retortas, que a Prefeitura de São Paulo irá ceder.

A Casa das Retortas é exatamente em frente a outro museu. O nome apropriado, não seria museu. Será o Catavento, cujo dirigente principal está aqui, o Sérgio de Freitas. Eu o encontrei aqui. O Catavento reproduz a experiência de Museu da Criança que temos em dezenas de países e que, no Brasil, ainda não tem uma dimensão mínima crítica necessária. Estamos fazendo no antigo Palácio das Indústrias, que depois foi sede, chegou a ser Polícia e Detran, se eu não me engano, e passou a ser, depois, sede da Prefeitura.  

Isso está em pleno andamento e eu acredito – não é, Sérgio? – que até o fim do ano abrirá. Será um museu espetacular para crianças de dois anos em diante e, também para adolescentes, com o que de melhor nós temos nas nossas universidades e institutos científicos. Realmente, não fica nada a dever. O material, praticamente, será todo feito no Brasil. Será, realmente, algo espetacular nessa área.

Outra área importante é a da Pinacoteca. Nós temos engatilhada a construção do novo prédio da Pinacoteca, anexo, continuação do atual prédio, que deve duplicar a área, se não me equivoco. Ou até mais, em relação às atuais instalações, que têm um problema: o acervo fica, em grande medida, oculto pela falta de espaço para exposições.

Portanto, teremos uma Pinacoteca em dobro. Isto sem falar da extensão da Virada Cultural que nós começamos – o Kalil e eu – na Prefeitura, deu tanto certo aqui em São Paulo e estamos, agora, fazendo no Estado. A Secretaria da Cultura, junto com as Prefeituras. Começamos com dez. Este ano foram 20, e vamos expandir para que pegue, para que ganhe força própria. São aquelas 24 horas de atividades culturais da dança, da música, do teatro, do cinema. Enfim, um conjunto de ações gostosas para a população que são de 24 horas.

O Bianchi me lembra aqui. Eu ia falar, mas foi bom ter enfatizado a nossa outra iniciativa, que é a de devolver o prédio do Detran para a área cultural. O prédio do Detran é um prédio para museu que foi usado como Departamento de Trânsito. É uma coisa original. Da mesma maneira que o prédio da antiga Prodam, da Empresa de Processamento de Dados do Município, que também era um prédio para museu, era usado para processamento de dados. Quando eu assumi a Prefeitura e convidei o secretário da Administração e o presidente da Prodam, disse: a condição é que tire a Prodam de lá, porque senão, depois, não muda. Todos os prefeitos quiseram tirar e ninguém conseguiu. Aí nós conseguimos, abrindo mais um espaço importante no Ibirapuera, no antigo prédio da Prodam.

Agora isso será feito com o DETRAN. Quando nós admitimos o novo diretor do DETRAN, foi com a condição de que ele mudasse. Lá vai ser feito o museu que trará o MAC, da USP, para o local. Ou seja, tornando muito mais acessível, uma administração mais típica de museus. O MAC da USP, se não me engano, nem abre aos domingos, além de ficar num lugar isolado. Não é um centro de freqüência cultural.

O Niemeyer refez o envoltório do prédio. Vai ficar uma beleza, e nós vamos ter um novo espaço muito importante na cidade para deleite dos olhos, no que se refere à escultura do prédio – o Niemeyer é um grande escultor – e ao conteúdo de obras até agora pouco acessíveis, na prática, para a nossa população.

Por último, a Fábrica de Cultura, projeto antigo que nunca tinha caminhado e que o João Sayad conseguiu destravar. É um projeto financiado pelo BID que tem sedes nos lugares mais afastados da cidade, produzindo cultura, produzindo atividades. Isso está em pleno andamento. Produzindo seja espetáculos, como a própria criação de atividades culturais.

Estas são algumas coisas que a gente vem focando na área cultural. Eu fico confortado, porque ainda falta. Nós estamos, digamos, há pouco mais de um ano e meio, de quatro anos de governo. Então, muitas dessas coisas estarão plenamente materializadas, ainda na nossa gestão. O João ainda poderia, provavelmente, acrescentar mais coisas, mas a idéia não é fazer um relatório, é só fazer um comercial sintético do que nós estamos fazendo, estamos promovendo nessa área.

Queria agradecer a presença de todos. Especialmente pelo fato, também, de que os presentes, em geral, são ativistas da área cultural. Eu, particularmente, defendo um Estado ativo. Ativismo estatal. Não um Estado da pasmaceira que iria suceder ao Estado brasileiro tão intervencionista, tão onipresente, etc. Mas o oposto disso: o que se deve fazer não é o Estado da pasmaceira, de se cruzar os braços e deixar as coisas andarem ou não andarem. É ter um Estado ativo e ter políticas ativas. É isso que nós estamos fazendo na área da cultura.

Muito obrigado.