Discurso: Governador José Serra
Evento: Instituto do Câncer de São Paulo
Data: 04.03.08
Na verdade, a Mesa não tem muito que fazer porque o professor Giovanni Cerri já apresentou as condições fundamentais do hospital. Serão 478 leitos, até 20 mil cirurgias por ano, 33 mil sessões de quimioterapia por mês, algo próximo a 400 mil por ano. Acima de tudo, será um hospital de excelência, voltado também à pesquisa em geral e à pesquisa especifica sobre fármacos, sobre os remédios para o câncer.
Se nós fizermos um índice, os preços que mais sobem, entre todos os medicamentos, são os do tratamento do câncer. Portanto, o hospital vai se dedicar também a isso: a novos processos de tratamento, com vistas à redução desses custos. Isso não tem, até hoje, no Brasil. Nós vamos investir nessa área. O Giovanni também não apresentou o nome do pessoal que vai dirigir o hospital.
Giovanni: Então, o Instituto do Câncer de São Paulo será dirigido numa associação entre a Secretaria de Saúde, a Faculdade de Medicina e nós, em conjunto com o Dr. Paulo Hoff, que vai cuidar da parte clínica e também um grupo importante de cirurgiões.
Aqui está representado o professor Ivan Ceconello, o professor Baracá, o professor Miguel Srougi. Vamos ter um grupo de cirurgiões de grande destaque e, então, nós estamos, realmente, trazendo para esse hospital os médicos, profissionais, que no País têm mais vivência, mais experiência no tratamento do câncer.
Estamos trazendo também pesquisadores que atuam nessa área e, por isso, nós temos certeza do sucesso que será esse instituto. Ele vai poder cumprir a sua missão de atender bem a população e também ser um modelo que possa preparar o País para esse aumento da incidência do câncer. E que realize protocolos de atendimento que possam ser utilizados não só em outras cidades do Estado, mas em todo o País.
Realmente, o que nós buscamos é um modelo de assistência na área do câncer. E essa missão nos foi entregue pelo governador José Serra. Estamos prontos para executá-la com o melhor dos recursos humanos que nós temos não só na área médica, mas na área de todos os profissionais de saúde que nós estamos mobilizando para cá.
Governador: Eu queria agradecer a Faculdade de Medicina pela cooperação com este propósito de termos um Instituto do Câncer bastante completo, bastante amplo, que vai triplicar, como foi dito, a capacidade de atendimento, no Estado de São Paulo e para o Brasil, uma vez que São Paulo atende o Brasil.
O nosso Hospital das Clínicas trabalha para o País. Eu lembro que o Instituto Pio XII, o Hospital Pio XII de Barretos… Na verdade, nós temos dois hospitais no Interior: a Fundação Amaral Carvalho, em Jaú, e o Hospital Pio XII, em Barretos. O Hospital Pio XII atende uns 40% da sua clientela de outros Estados. É um hospital integralmente SUS.
Portanto, é de se imaginar, também, que aqui boa parte do atendimento vai ser feito a pacientes de outros Estados. Nós assumimos esse encargo com muita satisfação, porque assim estaremos ajudando não apenas o nosso Estado, mas também o País.
Eu fico tranqüilo a respeito do que vai ser a qualidade deste instituto, porque está entregue ao que se tem de melhor na Medicina do País. Quero dizer também que eu insisti – não que houvesse resistência – mas insisti bastante na idéia de que nós tenhamos um atendimento bem humanizado.
Eu acho que esse é um problema. Quando a gente faz pesquisa sobre atendimento hospitalar no Brasil, a questão número um que aparece – adiante da falta de médicos e de filas, etc. – é o cuidado no atendimento, é o conforto na hora do atendimento. As pessoas, quando procuram o serviço de saúde, estão fragilizadas. Imaginem ainda com câncer, com a perspectiva de câncer.
Portanto, nós temos que caprichar e inovar nessa área. Essa foi, talvez, a principal demanda que eu fiz recentemente à equipe que conduzirá o hospital. Uma equipe de grande qualidade.
É isto.
Muito obrigado.
