Governo investe R$ 400 milhões em duplicação de rodovias no interior – parte 1

Discurso: Governador José Serra Evento: Contorno Bebedouro Data: 29.02.2008 Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Agradecer essa acolhida duplamente calorosa: pelas pessoas e pela tarde […]

sex, 29/02/2008 - 15h32 | Do Portal do Governo

Discurso: Governador José Serra

Evento: Contorno Bebedouro

Data: 29.02.2008

Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Agradecer essa acolhida duplamente calorosa: pelas pessoas e pela tarde ensolarada. Queria cumprimentar o Hélio, o nosso prefeito, que foi… É a quarta vez, não é, Hélio? Terceira ou quarta? Terceira vez, desde 1976 é prefeito aqui, foi a primeira vez em que foi eleito. O vereador Edson Antônio Pereira, presidente da Câmara. O deputado federal que nos falou, aqui da região, Duarte Nogueira. O deputado estadual que também nos falou e que nos tem apoiado muito na Assembléia Legislativa, Uebe Rezeck. O Mauro Arce, secretário estadual dos Transportes. O Dória, presidente da Agência de Transporte do Estado de São Paulo. Os prefeitos de Taquaral, Taiúva, Pitangueiras, Ipuã, Miguelópolis, Marapoama, Ribeirão Preto, Monte Azul, Cravinhos, Sertãozinho, Luís Antônio, Pindorama, Embaúba, Severínia, Viradouro, Itirapuã, Colina, Jaboticabal, Tabapuã, Nova Aliança.

Queria também cumprimentar aqui o presidente da concessionária, José Renato Ricciardi. O Linomar, que é diretor-presidente da outra concessionária. A todos e a todas.

Bem, nós viemos hoje aqui para uma inauguração muito importante. É a duplicação desse entrocamento da rodovia 351, Comendador Pedro Monteleone; a SP-326, Brigadeiro Faria Lima; e a SP-322, Armando Sales de Oliveira. É uma obra feita com recursos públicos pela concessionária. São R$ 14 milhões para ela ser feita. Uma obra, como mostrava o prefeito, muito bem feita. Muito importante, muito estratégica para toda a região. Implantamos quatro quilômetros de pistas, duas faixas de rolamento, novo traçado rodoviário otimizando, melhorando a ligação entre os bairros de Bebedouro. Construção de um desnível com viaduto de acesso a Bebedouro, o Souza Lima. Construção de outro dispositivo pela Rua Barretos.

Enfim, várias melhoras, uma obra de boa qualidade. Não é apenas o asfaltamento. Vim aqui hoje com muita satisfação para essa inauguração.

Nós temos várias coisas já concluídas no meu mandato, aqui em Bebedouro. Foi realizada a duplicação da SP-351 pela concessionária. Gastaram-se aqui R$ 6 milhões. Foram construídos dois trevos também na 351, ao custo de R$ 4,6 milhões. Eu dou os números para mostrar o porte, digamos, a importância da obra. E também a construção de um trevo na SP-326, que foi de R$ 3,5 milhões. Foi terminado também em 2007, já tinha sido começado na administração do Alckmin e passou pela gestão do Lembo.

As principais obras em andamento hoje são o recapeamento do trecho Bebedouro – Barretos, que é muito importante, na SP-326, e do trecho Bebedouro – Catanduva, na SP-351. Só este está custando R$ 15 milhões. Contratamos também 57 unidades habitacionais, um conjunto aqui de R$ 1,4 milhão. Na região tem muita coisa: melhoramento e pavimentação da vicinal Guaraci – Altair – Rosina Valente, em Guaraci, a cargo da Triângulo do Sol; ensino técnico, a reforma da Etec Coronel Rafael Brandão, em Barretos; a construção do Fórum Judicial, também em Barretos; a pavimentação urbana em muitos municípios aqui; a Estação de Tratamento de Esgotos em Barretos também; ajuda substancial, fortíssima ao Hospital do Câncer Pio XII, aqui da região, que atende o Brasil inteiro.

E temos coisas em andamento: escola em Monte Azul; mais habitação em Jaborandi e Terra Roxa; mais saneamento em Monte Azul.

E por aí vai.

Mas há outras questões também que vale a pena abordar. A questão da Assis Chateaubriand: nós estamos fazendo a duplicação de três quilômetros dentro de Barretos. Eu sei que é uma demanda regional por essa duplicação, e eu pedi ao secretário Mauro Arce que estude a inclusão dessa rodovia numa concessão que viria em seguida às concessões que estamos fazendo agora dos dois trechos da Marechal Rondon e da Raposo Tavares, além da D. Pedro e da Airton Sena. Para que essa obra possa se fazer com segurança, com recursos, de uma maneira sólida.

Em Ribeirão Preto, lá com o Gasparini, com o Duarte, eu anunciei – na semana passada? Foi tão recente … – a construção de dois viadutos na Castelo Branco. Nós vamos repassar o dinheiro à Prefeitura para que ela faça. São obras estratégicas do ponto de vista da cidade. Da mobilidade dentro da cidade. Também conseguimos finalmente desencavar o terminal do aeroporto, uma obra que vai custar cerca de R$ 10 milhões. Estamos em conversações com a Anac para que ela possa fazer a liberação, dando um caráter internacional ao aeroporto. Isso vai significar uma movimentação de cargas muito grande, tem um potencial imenso, e poderá viabilizar a própria ampliação do aeroporto. Assunto no qual eu estou muito ligado.

Sem falar das obras na área da saúde aqui em toda a região. Ribeirão Preto é talvez o terceiro centro médico do Estado. Se não o segundo, disputando com Campinas, depois da cidade de São Paulo. É um centro de excelência, tem uma Faculdade de Medicina de grande categoria.

Estamos ligados também na questão das Faculdades de Tecnologia, das Fatecs. Uma em Sertãozinho, que já está começando a funcionar, outra em Jaboticabal. Em agosto, outra em Franca. E ainda – Quanto é Catanduva daqui? Setenta quilômetros – uma que já sendo encaminhada em Catanduva. Em Ribeirão Preto, nós aumentamos três cursos na Etec. Três cursos. Nós vamos aumentar a quantidade de vagas da Paula Souza aqui na região em 30 por cento. Às vezes, não se tem que prestar atenção só na nova unidade. Mas na ampliação. Para o lado das Etecs, nós não vamos criar tantas Etecs quanto o aumento de vagas. Nós estamos praticamente expandindo vagas por todo lado. Aqui, quase dobrou, nos diz o prefeito. Isto é fundamental. É a ampliação para poder preparar São Paulo para o futuro e para o presente. Porque o emprego é um problema sério em nosso Estado e no País e, muitas vezes, uma empresa se instala e não há mão-de-obra qualificada. Nós estamos exatamente determinados a eliminar essa defasagem entre a demanda e a oferta. Fazendo Etecs e Fatecs ajustadas às necessidades produtivas de cada região.

Da mesma maneira, outro fator de desenvolvimento é a infra-estrutura. Eu mencionei aqui a área de estradas. Mas vale também falar também do  Pró-Vicinais. Aqui mesmo, nós temos uma ligação entre Bebedouro e Taiúva que tem 20 quilômetros que estão na remodelação das vicinais que estamos fazendo em todo o Estado de São Paulo. Estamos refazendo todas. Os 12 mil quilômetros, até o final do governo. Até agora, são quatro mil quilômetros, e para esta região – região de Barretos, não vou nem falar da região de Ribeirão – são 275 quilômetros de vicinais refeitas. Para a região de Ribeirão, quanto é, Mauro? Eu nem me lembro. È região mais ampla, o número é bastante maior. O Mauro … Mais 400 e poucos quilômetros. Isto vocês sabem a importância que tem para o deslocamento de cargas, para a produção, para o deslocamento de pessoas, enfim para a integração econômica e social do nosso Interior.

Quero dizer também que para a Santa Casa de Barretos, que tinha problemas, nós demos, no ano passado, 900 mil reais. E agora estamos dando 150 mil reais por mês, conjuntamente com a Prefeitura. E ela entrou também num programa de que é de auxílio financeiro às Santas Casas. É um empréstimo, Gasparini, no estilo daquele Proer das Santas Casas que eu tinha feito no Ministério da Saúde. É um empréstimo, e o juro o Governo do Estado paga para a Caixa Econômica. Com isso, a Santa Casa pode se livrar das dívidas mais caras. Dívidas com fornecedores, dívidas com bancos. Ela melhora sua situação econômico-financeira.                                                       

Bem, há muitas coisas de que aqui poderíamos tratar. Perdão? Fala aqui, Mauro.

Secretário dos Transportes, Mauro Arce: É que é muita coisa. Nós estamos inaugurando hoje também a duplicação de trecho da estrada Brigadeiro Faria Lima entre Jaboticabal e Bebedouro, onde foram investidos R$ 49 milhões, fruto do pedágio que é pago pelos usuários das nossas estradas daqui de São Paulo.

Governador: Tem um problema que eu queria mencionar aqui e tem muito a ver com Bebedouro: a questão da laranja. Eu fiz outro dia uma reunião com o secretário João Sampaio e vários produtores e moedores de laranja por causa do greening, uma doença terrível. E o greening tem uma característica parecida com a dengue ou até com a AIDS. É transmitida por um vetor, por um mosquito. O problema é que a planta não morre logo. Ela fica, durante alguns anos, perdendo produtividade. Enquanto não erradica a planta, não arranca ou não corta pela base, ela continua alimentando o mosquito. Porque o mosquito é um ônibus, uma van. Ele transporta a bactéria que ele pega na planta. Essa planta precisa ser erradicada e nós não estamos conseguindo – nós eu digo São Paulo, não é apenas o governo – fazer essa erradicação. Porque muitos produtores não dão bola. É como alguém que tem AIDS e não liga, tem relações com outras pessoas e elas podem pegar AIDS. Essa é uma questão séria e nós vamos tomar providência. Já estamos tomando, que é demorado, que é contratar mais algumas centenas de fiscais para poder trabalhar junto com os produtores nesse trabalho de erradicação. Não tem opção, porque não dá para matar todos os mosquitos. Tem que eliminar o foco da infecção, o foco da bactéria. E uma constante importância para a laranja, que o IAC – o Instituto Agronômico de Campinas – fez um laboratório, se eu não me engano é Cordeirópolis, não tenho certeza. Foi o primeiro laboratório cítrico do Brasil a receber certificação. São Paulo sempre está à frente na área da pesquisa agropecuária, e fizemos esse laboratório.

Eu quero dizer que, para o pessoal todo da laranja, quem vive, quem tem, quem depende, que contem conosco nesse esforço. Eu estou empenhado pessoalmente nessa tarefa. A laranja é um cultivo muito importante do ponto de vista econômico e do ponto de vista da cultura paulista.

Nós não podemos deixar a laranja desaparecer, como aconteceu com esse greening na Flórida. O pessoal trouxe, aliás, um técnico, um cientista francês, que, curiosamente – eu não sei se vocês acompanharam, tem um francês chamado Joseph Bové, que destruiu umas plantações no Rio Grande do Sul, atacou o Mc Donald’s em Paris e etc. – pois não é que veio esse técnico? Um sujeito mais velhinho que o outro. E chama Joseph Bové. Então eu disse: “Mas o senhor é parente do outro?” Ele falou: “Eu sou o pai dele.” Não é incrível? Eu falei: Um destrói e o outro constrói. Um tira as plantas, o outro bota as plantas. Eu achei muito interessante isso.

Mas, enfim, eu não podia deixar de falar em Bebedouro desse assunto que está me (inaudível) bastante. Queria agradecer a todos e a todas. Queria agradecer aos parlamentares. Quero dizer que muito do que o governo tem feito tem sido graças ao apoio que nós temos tido na Assembléia Legislativa. Tem uma maioria que apóia e sustenta as principais mudanças e modifica também, faz suas propostas, que o governo tem feito. Isso vai indo muito bem. Nesta semana, a propósito, foi criada a Secretaria Especial do Deficiente, que nós vamos ter aqui em São Paulo para tratar da questão da deficiência física em escala estadual. Eu havia feito isso no município de São Paulo, e agora nós vamos fazer no Estado. Fazendo coisas boas para uma parcela grande da população que precisa de um atendimento, que precisa de uma reabilitação.

Enfim, esses são os pontos principais. Naturalmente me associo à manifestação do Duarte em relação ao jogo de domingo. Mas quero dizer que sou solidário com o Corinthians. Torci para o Corinthians não ir para a segunda divisão. E espero que estejam de volta depois, porque é isso que tem graça. Para a gente até assistir a essa disputa. Tem muito corintiano aqui? Deixa eu ver. Pouco. E palmeirense? Tem um pouco mais. E são-paulino? Eu acho que tem muita gente no muro aqui, porque nem 1/3 levantou a mão, somados os três. Tem muita gente que não está querendo abrir o jogo. São santistas.

Olha, muito obrigado. Quero dizer a vocês o seguinte: contem com a gente, contem com o governo de São Paulo, contem comigo. Da mesma maneira que nós contamos com vocês.

Muito obrigado.