Governador: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar o secretário Claury, do Esporte, Lazer e Turismo. O secretário Walter Feldman, da Prefeitura, de Esportes; o nosso chefe da Casa Militar, Coronel Kita.
Queria cumprimentar, também, o Milton dos Santos, presidente da Nossa Caixa. O Gilberto Mufani, presidente do conselho da BM&F. Queria cumprimentar o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio. A Daiane dos Santos. A Maurren Maggi e o César Cielo, em nome de quem eu cumprimento todos os atletas hoje presentes.
Queria, também, saudar o vereador Aurélio Miguel, os presidentes de clubes e federações, técnicos e familiares dos atletas.
Bem, é com muita alegria que nós, hoje, fazemos esta homenagem aos atletas paulistas que estiveram em Pequim e também, entre deles, aqueles que conseguiram medalhas.
Na verdade, eu não tenho aquela apreciação – muitas vezes negativa – de que o Brasil ganhou menos medalhas do que da outra vez. Essa questão do esporte deve ser encarada do ponto de vista do conjunto da sociedade. O importante é que nós avancemos na prática do esporte como instrumento de lazer, como instrumento de saúde, de bem-estar. E como instrumento, também, de afirmação da nossa juventude.
Nesse trabalho nós vamos prosseguir, embora as mulheres, se eu não me engano, na história, quantas mulheres tinham ganhado medalha? Eu tenho a impressão de que dessa vez, se formos contar todas as que receberam, foi mais do que já tinham recebido tudo no passado. Não é isso? Hem? Eu tenho até um dado aqui, deixe-me ver direito, que me pareceu muito interessante.
As mulheres conquistaram duas medalhas de outro, uma de prata e três de bronze. Seis. Até então, o País somava dez medalhas, se eu não me engano, no total. Ou seja, as medalhas de mulheres equivaleram a 60% de tudo aquilo que havia sido conquistado no passado. Então, pelo menos nesse quesito, nós avançamos bastante. Não estou aqui diminuindo o papel dos homens, mas é indiscutível que as mulheres saíram à frente.
No que se refere ao Estado, na vez passada, quando nós fizemos uma reunião exatamente para homenagear os atletas do Pan, eu anunciei um programa que, infelizmente, ainda não começou: é o da bolsa-atleta, uma bolsa para manter os atletas.
Ocorre que a legislação eleitoral proíbe criação de bolsas. Bolsas que já existem podem continuar, mas bolsas novas não podem entrar num ano eleitoral. Então, por isso, a partir de certo momento, é que elas não foram ainda concedidas, mas serão no ano que vem. Bolsas para manutenção de atletas que demonstrem condições de realizar disputas internacionais. Nacionais e internacionais, mas não necessariamente olímpicas. Serão bolsas disseminadas por todo o Estado de São Paulo e alocadas, aliás, com o auxílio das entidades esportivas do Estado de São Paulo. Esta é uma iniciativa, a meu ver, muito importante por parte do governo, levando em conta que isto veio para ficar. Não é que é em um ano. Vai ser algo permanente, nós vamos poder aperfeiçoar essa bolsa ao longo dos anos.
Há também outra questão que vale a pena mencionar: o Complexo Constâncio Vaz Guimarães. Tem havido até matérias de jornal e de televisão a propósito do complexo, mas, na verdade, elas foram motivadas por uma decisão que nós tomamos de empreender, nós mesmos, a reforma.
Como nós decidimos fazer a reforma, isso chamou atenção e fizeram matérias críticas a respeito – que são justas – mas não enfatizaram, na medida da correção, que essa reforma já está em pleno andamento. Não na parte física, mas na parte de licitação preparatória. São R$ 13 milhões e o dinheiro já está em mãos do Claury. É uma questão, agora, de terminar os procedimentos legais para começar a obra. Então é assim: se a obra for feita, o mérito é do governo. Se alguma coisa atrasar, vocês sabem de quem é a culpa. É do Claury.
Outra coisa importante são os centros de excelência esportiva. Nós estamos ampliando o programa na Capital e estamos levando, também, ao Interior. Em Presidente Prudente, especialização em área de atletismo; em Bauru, especialização em judô; em Bastos, especialização em judô; e em Piracicaba, especialização em atletismo. Cada centro vai oferecer 50 vagas, sendo 15 para atletas residentes e 35 para não-residentes. Os atletas estão em fase de seleção e devem iniciar os tratamentos até o fim do ano.
Até fevereiro deste ano, o programa atendia 150 atletas. Atualmente são 300, só na cidade de São Paulo. Os 150 eram também na Capital. Até o fim de 2008, 200 outros serão atendidos nos centros do Interior. Portanto, nós chegaremos a 500, mais de três vezes o que havia no início do ano. O Estado vai gastar, neste item, cerca de R$ 3,6 milhões e a descentralização deste projeto conta com os parceiros da Federação Paulista de Atletismo, da Federação Paulista de Judô, as Prefeituras correspondentes, a Unesp, o Sesi, a Universidade Metodista de Piracicaba e o Instituto Memorial do Salto Triplo.
Em 2009, nós vamos criar mais quatro centros de excelência no Interior. Não há, ainda, decisão a respeito dos locais, mas serão feitos em 2009 e, naturalmente, haverá muitos candidatos. Será formalizado, também no ano que vem, finalmente, o programa bolsa-atleta, que eu reputo a iniciativa nova mais importante que estamos adotando nessa matéria.
Mas, enfim, digo essas coisas apenas para aproveitar a oportunidade. Queria reiterar meus parabéns e meu abraço a toda esta equipe paulista tão valorosa. Eu só tenho apenas uma observação curiosa: é que as atletas parecem mais crianças do que quando a gente vê na televisão. O que prova que a televisão dá outro…, aquilo que é folclore, aumenta idade. Não é só isso não, é também a presença, a figura e a altivez que dão um tipo de sensação na televisão. Pessoalmente, a gente constata que se mantém, mas em figuras bastante mais novas e que têm muito tempo e muitas Olimpíadas pela frente.
Muito obrigado.
