Francisco Morato e Franco da Rocha ganham novo sistema de abastecimento – parte 1

Discurso: José Serra Evento: Inauguração novo sistema de abastecimento de água de Francisco Morato e Franco da Rocha Data: 21/01/08 Queria dar o meu boa tarde já a todos e […]

seg, 21/01/2008 - 16h25 | Do Portal do Governo

Discurso: José Serra

Evento: Inauguração novo sistema de abastecimento de água de Francisco Morato e Franco da Rocha

Data: 21/01/08

Queria dar o meu boa tarde já a todos e a todas.

Cumprimentar a Andréa Catharina Pelizari Pinto, nossa prefeita; cumprimentar o vereador Antonio Calado de Araújo, que é presidente da Câmara Municipal. E, através dele, queria cumprimentar todos os vereadores.

Queria cumprimentar o nosso grande deputado federal Arnaldo Madeira, que foi o mais votado aqui e sempre tem ajudado o município, como a região; a Dilma Pena, nossa secretária de Estado de Saneamento e Energia, uma das duas mulheres secretárias do Governo do Estado. Cadê a Dilma? Está lá, junto com a secretária da Educação. O Gesner Oliveira, presidente da Sabesp, que fez essa obra; o prefeito Messias Cândido da Silva, de Cajamar; o prefeito Márcio Cecchettini, de Franco da Rocha; o Antônio Aiacyda, de Mairiporã. Queria dar aqui meu abraço a estes três prefeitos.

E saudar aqui a moça que nos falou, presidente da Associação de Moradores de Batista Genari; mais os secretários municipais; presidentes de associações e entidades de classe; a todos e a todas.

É com muita alegria que venho hoje aqui anunciar praticamente a conclusão desta obra que foi começada ainda no governo Alckmin, atravessou o governo Lembo e coube a gente fazer esta rota final, esta conclusão. Ela tem a ver com uma questão.

Ela vai representar o fim do racionamento de água. Fim do racionamento, aqui em Francisco Morato e em Franco da Rocha também. Aqui são 150 mil moradores, e em Franco da Rocha são 50 mil. Perdão, 120 mil e em Franco da Rocha são 50 mil. Cento e vinte mil. Então, aqui está subestimado.

Bem, o fato é que esta é uma questão crítica aqui: o problema da água. Ainda, vejam bem, vai ficar um problema que vai durar até junho para uma parte pequena das famílias, 15%. Oitenta e cinco por cento da população de Francisco Morato, 144 mil pessoas, passam a contar com abastecimento integral, sem racionamento.

Até agora, como é que era o esquema aqui? Eram 48 horas sem água, 24 com água. Na outra turma, era 48 com água e 24 sem água. Isso aí vai acabar. Acabou. Na zona alta, era só 24 com água, para 48 sem água. Este era o problema mais crítico.

Agora, 15% da população ainda pode ter alguma irregularidade nas horas de maior consumo, nos bairros Jardim Vassouras, Antomar, Parque 120, Jardim São João, Jardim Nossa Senhora de Aparecida, Belém Capela e Recanto Feliz. Alguma irregularidade, não é que vai faltar. Pode ter alguma irregularidade na hora do pico. E este problema – a Dilma garante – acaba em junho, com a maturação dessas obras.

Portanto, é uma nova etapa, em matéria de água e esgoto aqui. A nossa principal preocupação agora vai ser esgoto. Vai ser coleta e vai ser tratamento de esgoto. Essas são as prioridades.

Mas eu queria aproveitar essa oportunidade para falar algumas coisas que nós estamos encaminhando aqui no município e na região. A principal, na área da saúde, é em Franco da Rocha. Nós começamos – vai terminar em dois anos, porque tem que construir tudo e gastando 38 milhões – o Hospital das Clínicas novo de Franco da Rocha, para atender Franco da Rocha e para atender a região. Isso é fundamental. Questão da saúde é básica.

Segunda coisa importante que eu queria dizer aqui: Escola Técnica do Estado para formar jovens que vão encontrar lugar no mercado de trabalho com profissões. Escola Técnica.

Outro dia, eu estive em Franco da Rocha com o prefeito. Nós fomos lá àquela escola, como é que chama? Não, o nome dela. Antônio Ermínio Hernandes Aguilar. Lá, nós vamos aumentar, vamos dobrar o número de vagas em Franco da Rocha. Mas vamos fazer três outras novas na região, inclusive aqui em Francisco Morato. Eu queria anunciar isso. É Francisco Morato, Caieiras e Várzea Paulista. Nós vamos fazer uma Escola Técnica nova em cada um desses municípios.

Para vocês terem uma idéia, em Escola Técnica, os alunos que se formam, 80%, oito em cada dez, conseguem emprego na hora. É um curso de um ano e meio. Basta ter o ensino fundamental para fazer e, junto com o ensino fundamental, faz o ensino médio. Não precisa ter o ensino médio completo. Basta estar cursando. Nesse caso, faz um curso de um ano e meio e consegue emprego.

Qual é o problema que a gente está tendo no Brasil? Não é apenas a insuficiência da geração de empregos. É também o fato de que, quando aparece oferta de emprego, às vezes não tem gente para ocupar, porque não tem qualificação. Não é mais como antigamente, quando se quebrava o galho. Agora se exige um treinamento, uma qualificação melhor. Por isso, o Governo de São Paulo, na minha gestão, vai duplicar o número de alunos em Escolas Técnicas e em Faculdades de Tecnologia.

Hoje, nós devemos ter uns 100 mil alunos no âmbito da Paula Souza. No final do governo, nós vamos ter 300 mil alunos de todo o Estado de São Paulo. E vamos ter muitos agora, na região metropolitana, na Grande São Paulo, que tem metade da população do Estado e tinha menos de 20% dos alunos de Escola Técnicas. Viu, Madeira? Apesar de ter metade dos eleitores, tinha um quinto dos alunos de Escolas Técnicas. Nós estamos corrigindo isso. Essa é a prioridade que o Madeira falava que nós estamos dando à região metropolitana, à região da Grande São Paulo.

Outra questão fundamental para nós é a questão do trem da Linha A que passa por aqui, que passa por Franco da Rocha. Nós vamos fazer, até o final do governo, dez estações novas. Dez estações novas.

Vamos gastar – para vocês terem uma idéia do dinheirão que custa – 1,4 bilhão de reais nisso. E já estamos fazendo, preparando a licitação, para duas estações em Franco da Rocha. Duas. Isso significa que faltam oito. E aqui, estamos fazendo junto, vamos modernizar a estação junto com o Terminal Rodoviário que a Andréa está fazendo.

Mas mais do que isso, não é apenas estações. Nós vamos pôr 20 novas composições nas ruas. Isso vai significar reduzir os intervalos entre os trens. Não é apenas mais conforto que precisa, mas é também menor intervalo entre os trens que vai passar de oito para seis minutos nas horas de movimento.

E mais ainda: esses 20 novos trens vão significar 25% a mais de capacidade de transporte de passageiros. Ou seja, vamos aumentar o volume de trens para caber 25% a mais de passageiros. Além do que, vai poder aumentar a freqüência entre os trens.

É um investimento caríssimo, mas nós sabemos que é um investimento fundamental, essencial para a vida da nossa população que vive do seu trabalho.

Quero dizer que esta ampliação do transporte ferroviário nós estamos fazendo em toda a região da Grande São Paulo. E, por incrível que pareça, tem gente que é contra. Eu vi, outro dia, críticas do PT ao investimento ferroviário. Por quê? Porque estão dizendo: em vez de investir em educação e saúde, estão investindo em trens. Como se trem não fosse fundamental para a vida das pessoas pobres de São Paulo.

E, segundo, nós não estamos tirando um centavo de educação e saúde. Pelo contrário, São Paulo hoje é o Estado do Brasil que mais gasta em saúde. Tem um número de 12% em Emenda Constitucional que nós aprovamos quando eu era ministro da Saúde. Pois hoje, nós gastamos mais de 12%. Nenhum Estado hoje faz isso no Brasil.

Agora, o que nós estamos fazendo é outra coisa: é pegando dinheiro do Banco Mundial que fica lá em Washington, pegando dinheiro do Banco Interamericano, obtendo receitas, dinheiro extra aqui para São Paulo, vendemos a conta salário, que é um direito que a Nossa Caixa tem de receber dinheiro para pagar o salário para os funcionários públicos. Isso vale dinheiro. Enfim, estamos juntando recursos para poder investir naquilo que a população mais precisa. Sem falar de tudo aquilo que estamos fazendo na educação e na saúde.

Portanto, estamos trabalhando. Quero que continuemos trabalhando juntos. Nós temos muito bons prefeitos nesta região. E vamos continuar trabalhando com eles de parceria, e aqui em Francisco Morato com a Andréa, que é uma mulher dinâmica, batalhadora. Quero dar a vocês meu testemunho de como ela trabalha por Francisco Morato, como ela trabalha para a população necessitada de Francisco Morato.

Nós temos uma verba estadual que é o Fundo de Financiamento nas Regiões Metropolitanas. Estamos ultimando aqui a liberação de recursos que ela vai poder empregar no Terminal Rodoviário, na canalização de córregos, na pavimentação de ruas. São quase 10 milhões de reais, sem falar dos novos recursos aqui para este ano.

E quando eu falo para o pessoal da Secretaria do Planejamento – que é uma turma muito séria que cuida do orçamento – quando eu falo daqui, eles falam: olha, lá vale a pena botar dinheiro porque o dinheiro é bem gasto. Com economia e para quem precisa. E é disso que nós precisamos, aqui em São Paulo.

É disso que nós precisamos aqui em São Paulo: gastar bem o pouco que se tem. Extrair, de cada real que é gasto, o máximo para a nossa população. E nós sabemos que aqui na região – não apenas em Francisco Morato, também em Franco da Rocha, também Caieiras, também Mairiporã – isso aí já vem sendo feito e vai continuar sendo feito na nossa parceria.

Muito obrigado a todos e a todas.

Queria aproveitar aqui para expressar a minha solidariedade aos corintianos. Dizer que, como palmeirense que sou, eu estou torcendo para o Corinthians ir bem na série B para poder voltar, para ter graça no Campeonato Paulista. Bom, dá graça, sim.

Vocês viram o sufoco – o Madeira torce para o Santos – vocês viram o sufoco que o Santos ontem fez com o meu time. Mas essa é uma boa. A gente poder disputar, poder assistir. Queremos todos os times próximos. Por isso que a gente está solidária com os corintianos, que eu sei que são maioria aqui.

Muito obrigado.