Discurso: Governador José Serra
Evento: Fatec Itu
Data: 28/02/2008
Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar o prefeito Herculano; a deputada Rita; o presidente da Câmara daqui de Itu, Benedito; a Laura, superintendente do Centro Paula Souza, que faz as Fatecs e Etecs de São Paulo; os prefeitos de Salto de Pirapora; Indaiatuba; Carapicuíba; Votorantim; Tietê; Jundiaí; Sorocaba; Araçoiaba da Serra.
Queria também cumprimentar o diretor da Fatec de Itu, Paulo César; e por intermédio dele os professores, professoras, funcionários e alunos. Os secretários municipais, vereadores, enfim, a todos e todas aqui presentes.
Bem, é um dia bom hoje. Porque temos coisas já materializadas que eu havia anunciado aqui anteriormente: o começo do funcionamento desta Fatec, que tem oitenta alunos. Foi concorridíssimo o exame, principalmente o noturno, o que mostra que a demanda para o estudo à noite aumentou. Deve ser de gente que trabalha durante o dia. São 80 alunos de informática em gestão financeira e em gestão industrial.
Como disse o Herculano, é a primeira faculdade pública em Itu. E desejo para ela um grande futuro.
Não é uma faculdade local de Itu. É uma faculdade regional. Para atender a região. Estes investimentos que nós estamos fazendo no ensino técnico e tecnológico são sempre regionais. Estamos fazendo uma distribuição das novas faculdades e novas escolas equilibrada geograficamente por todo o Estado de São Paulo. E esta região está sendo muito privilegiada neste aspecto. Basta dizer que nós, até o final de 2010, começo de 2011, vamos aumentar o número de matrículas aqui na região – das Fatecs como esta, das Etecs, como muitas que existem por aqui, do ensino médio dentro da Paula Souza, que é o ensino médio fora da Secretaria da Educação ligado à Paula Souza, ao ensino técnico principalmente – se nós somarmos serão 10.210 vagas a mais aqui na região, até o final do nosso governo.
Realmente, isto representa um grande salto. Por que é um salto necessário? Porque o emprego é o problema mais sério que tem no Brasil e que tem em São Paulo.
Muitas vezes, as empresas vão se instalar e criam ofertas de emprego, mas não há mão-de-obra, não há pessoas qualificadas para isso. O que nós estamos fazendo é eliminar essa diferença, esse hiato que às vezes pode se criar. Estamos fazendo isto pensando no emprego e no desenvolvimento de nosso Estado. É a nossa meta número um: desenvolvimento econômico e desenvolvimento social. No início de 2009, nós teremos uma Etec funcionando em Votorantim. Uma nova escola técnica.
E entre a Etec de Tatuí, a Fatec de Sorocaba e a Fatec de Itapetininga, nós vamos ter cinco novos cursos até o final deste ano. Portanto, estamos expandindo já no curto prazo. A meta que eu apresentei não é algo distante, abstrato, que a gente fica falando e prometendo. Não. Ela já está se materializando.
Paralelamente, estamos fazendo duas coisas com relação ao Distrito Industrial de Itu, que também deve ser concebido como um investimento regional: estamos mudando a destinação de uma área que já tinha sido destinada ao município, mas não era para distrito industrial; e quando o Estado passa a utilização tem que ser correspondente à lei aprovada; nós mudamos. E doando mais o equivalente a isso. No total, são mais de um milhão de metros quadrados para esse Distrito Industrial. A bola agora está nos pés do prefeito, que tem que fazer um bom plano de ocupação que preserve também o meio ambiente, as condições urbanas. Que seja atraente para as indústrias. E nós vamos ter aqui, operando, Etec e Fatec. Aqui e na região. Também para a mão-de-obra com a qualificação necessária para esse empreendimento.
Portanto, estamos trazendo também atividade produtiva. E esse era um desejo muito forte aqui de Itu e aqui da região.
Mas a produção também precisa de infra-estrutura. Por isso, estamos, já no começo do governo, refazendo quase 500 quilômetros de estradas vicinais aqui na região. Que é a segunda mais contemplada do Estado. Isto abrange praticamente todos os municípios, e este total deverá triplicar até o final do governo, porque nós vamos fazer 12 mil quilômetros no Estado inteiro. E atualmente estamos na primeira e (inaudível) etapa, que somam mais de quatro mil quilômetros. Portanto, isso será triplicado.
A atividade produtiva precisa de estradas e precisa de estradas vicinais. Notadamente a atividade agrícola. Da mesma maneira que as pessoas que se deslocam entre os municípios também precisam de boas estradas. Os jovens que freqüentam escolas ou faculdades em outro município, enfim, esta é uma coisa que serve ao progresso econômico e social de todo o nosso Interior.
Nós vamos, aliás, antecipar a duplicação de 2,2 quilômetros da SP-075, lá em Salto, que é uma dor de cabeça grande para o município. E a Via Oeste vai também antecipar a construção das marginais da Raposo Tavares em Sorocaba. Isto é feito por concessionária com dinheiro público. É um modelo que tem funcionado bem.
Em São Paulo, nós mantemos o ritmo elevado de obras e de segurança nas estradas. Das 20 melhores estradas do Brasil, 19 são do Estado de São Paulo.
Portanto, vamos avançando. Toda vez em que eu vou aos municípios, há muita coisa sempre para falar, muita coisa sempre para antecipar. Por exemplo, na área da educação, nós estamos investindo aqui, na região capitaneada, pilotada por Sorocaba, cerca de R$ 22 milhões para reformas e construções. Só em Itu, estamos fazendo uma escola do Governo do Estado que vai ficar pronta no final de abril que está custando quase R$ 4 milhões, para 1.440 alunos.
E olhamos também para o meio ambiente: recentemente, foi assinado um protocolo por 17 municípios do Médio Tietê para despoluição do trecho que vai de Cabreúva a Botucatu. Isto vai também avançando. É penoso enfrentar a questão do Tietê. Isto vem desde 1992, ainda no governo do Fleury, até hoje. São 16 anos. Mas a gente tem mantido a prioridade e mesmo pisado no acelerador nessa matéria, forçando municípios a cuidarem do seu esgoto. Como é o caso de Guarulhos, que despeja a totalidade do esgoto no Tietê. Isso repercute por todo o Interior adentro.
Ao mesmo tempo, trabalhando conjuntamente para que o rio seja menos poluído em cada um de seus trechos, e a sua vida seja recuperada. A vida do Tietê é a vida de São Paulo. Aliás, o Tietê está relacionado, o Estado de São Paulo foi formado a partir do Tietê. O Estado foi ocupado, desbravado com a navegação do Tietê. Que é um dos poucos, senão o único rio do mundo que em vez correr para o mar corre para o interior. Os rios, em geral, vão para o mar. O Tietê corre para o interior. Isso explica o desenvolvimento de São Paulo, que foi o maior de nosso País: pela facilidade da ocupação do Estado por esse rio. Nós temos o dever, não apenas por motivos sentimentais, mas econômicos e sociais também, de fazer a recuperação do rio.
Enfim, estas são as questões principais que eu queria abordar aqui. Queria agradecer à Assembléia Legislativa pela parceria. Nós estamos trabalhando com a Assembléia muito bem. A Rita é do PV, o Rogério é do PDT, eu sou do PSDB. Nós trabalhamos juntos. Estamos trabalhando juntos por São Paulo. Por São Paulo. Isso é o mais importante. Eleição disputa-se, um partido contra o outro, alguns partidos aliados. Enfim, eleição é eleição. Mas governo, a gente tem que governar para todo mundo. Em benefício do meu Estado, do seu Estado, do nosso Estado de São Paulo. Para isso, vocês podem sempre contar comigo. Da mesma maneira que nós contamos com vocês.
Muito obrigado.
