Estado investe R$ 5,7 milhões no novo prédio da Fatec Americana

Discurso: Governador José Serra Evento: Ampliação da FATEC de Americana Data: 04.04.2008 Governador: Queria dar boa tarde a todos e a todas, dizer da minha satisfação de estar hoje, aqui, […]

sex, 04/04/2008 - 15h10 | Do Portal do Governo

Discurso: Governador José Serra

Evento: Ampliação da FATEC de Americana

Data: 04.04.2008

Governador: Queria dar boa tarde a todos e a todas, dizer da minha satisfação de estar hoje, aqui, em Americana. Cumprimentar o prefeito Eric, o vereador Marco Antônio, que é o presidente da Câmara. Os deputados federais Vanderlei Macris e Guilherme Campos. Os deputados estaduais Chico Sardelli, que nos falou, Antônio Mentor, David Zaia, Feliciano Filho e o Jonas Donizete.

Os prefeitos de Torrinha, Mogi-Mirim, Santa Bárbara d’Oeste e Limeira, se é que eu falei todos. Queria cumprimentar também a Laura Laganá, que é superintendente do Centro Paula Souza e vem fazendo um trabalho extraordinário na área do ensino técnico e tecnológico em São Paulo.

Queria cumprimentar também a Doralice, que é diretora desta Fatec. Macris falou muito de você. E os demais presentes, vice-prefeito, secretários municipais, vereadores, professores, alunos, colaboradores da Fatec. Enfim, a todos e a todas.

É uma coisa muito grata, para mim, vir aqui inaugurar esta ampliação. É uma ampliação, foram 320 vagas aumentadas nesta Fatec. Eu fixei como meta, já na campanha, duplicar o número de Fatecs no Estado, de 26 para mais de 52. Nós já estamos com 39, não é, Laura? Ou seja, estamos indo mais depressa do que a meta, porque, em tese, no primeiro ano já são quatro da diferença, ou seja, algo em torno de sete. Mas nós já fizemos 11, não, 13.

Então estamos num ritmo, com uma velocidade duas vezes maior neste início. Mas a ampliação não vai se resumir ao número de faculdades. Vai se traduzir, também, no aumento de vagas das faculdades existentes. Eu estive agora em Jundiaí, quantas aumentou lá? 600 vagas, matrículas mais. E, aqui, são 320 mais. Mas, até 2010 – viu, Macris? – nós queremos levar o número de alunos aqui para mais de 2.000.

Ou seja, com isso, vai mais do que duplicar. São 2.000, 2.700, mais do que duplicar. E a importância a gente vê, está na cara. Eu entrei numa sala de curso de técnica têxtil, tecnologia têxtil. E estão lá os alunos, e aqui tem uma espécie de alunos produtivos, um pólo produtivo têxtil, que foi criado por lei do Macris. É injeção na veia, fortificante na veia do setor. Para Americana e para toda a região.

É uma faculdade regional. Eu sempre faço questão de ir para a sala, de perguntar de onde são. Eu visitei três salas. Na segunda, não me lembro mais qual era o curso. Análise de sistemas. A maioria era de fora. Tem um aluno até de Votuporanga, outro de São Carlos. Quer dizer, circula-se, é uma obra regional, não é local, não é municipal. Aqui é o centro, mas tem gente de todo canto do Estado. E ensino afinado com as necessidades do desenvolvimento. Porque, hoje em dia, é muito comum a gente ver uma empresa se instalando e não ter mão de obra qualificada. Às vezes, tem que trazer de outros Estados, a gente tem que trazer da Capital, porque falta treinamento.

Ou seja, o desemprego no Brasil é muito grave e, além de ser grave, às vezes quando se cria emprego não há mão de obra qualificada para isso. Por isso é que é que nós estamos expandindo tanto as Fatecs. Os alunos que se formam em Fatecs, em torno de 90% a 92% têm emprego na hora de terminar a faculdade. No caso das Etecs, esse percentual vai a uns 80%. E as Etecs, nós estamos aumentando as vagas de cerca de 70 mil, mais ou menos – não é, Laura? – para 170 mil.

Vamos aumentar 100 mil alunos, não é brincadeira. É a maior expansão que já se fez no nosso País, contando o governo federal e somando outros Estados. É uma expansão realmente rápida, drástica e maciça. Aliás, nós já preparamos a melhora das condições salariais do pessoal da Paula Souza, porque a Paula Souza foi programada como uma perua, uma van. Agora está virando um ônibus, e amanhã vai virar uma composição de quatro ou cinco vagões. Então, precisa também mexer com a estrutura, para que ela tenha condição de tocar isso adiante.

Lá em Mogi-Mirim, nós vamos inaugurar quando? No final do ano,  inauguramos uma Fatec em Mogi-Mirim. Então, só na nossa gestão já tem seis Etecs novas, programadas aqui na região, que é a que mais tem do Estado. Campo Limpo, Itapira, Mogi-Guaçu, Monte Mor, Várzea Paulista, Vargem Grande do Sul, que é um pouco mais para lá. Além da Fatec de Bragança, de Piracicaba e Etec em Piracicaba.

Realmente, a expansão está pegando o coração econômico de São Paulo, que é esta região, e até Ribeirão Preto. É o eixo econômico dinâmico, não é mais a Capital ou a Grande São Paulo. A Capital e a Grande São Paulo, hoje, são objetos de problemas, a gente tem que correr para resolver. O Interior é objeto de avanço, desenvolvimento.

Portanto, eu fico felicíssimo de vir para uma coisa dessas. Aqui vai haver os cursos de Sistema e Tecnologia da Informação, Gestão Empresarial, Logística e Transportes e Têxtil. Dois desses estão abrindo agora, a mais. Então tem dois a mais. Quais são? Gestão Empresarial, Logística e Transportes. Nós gastamos aqui perto de R$ 5,7 milhões, no investimento da obra, e no investimento nos equipamentos. E a Prefeitura foi nossa parceira, porque o Eric é quem teve que desapropriar. Aliás, ele estava me dizendo, quando entramos com a desapropriação, isso fez os donos, que tinham terreno aí parado, começassem a fazer loteamento, etc. Então foi um fator de impulso para essa região da cidade.

Bem, há muitas coisa para falar, mas eu queria citar uma importante, que é na área de estrada. Nesta região de Campinas, nós estamos refazendo 231 quilômetros de estradas vicinais. Nesta primeira etapa, em São Paulo, são 4 mil. Nós vamos chegar a 12 mil quilômetros até o final do governo. De maneira que todo mundo vai ser atendido. Eu sei que dá uma certa aflição, mas não dá para começar simultaneamente tudo. Estamos fazendo por etapas, e estamos avançando numa obra que é fundamental que é o corredor noroeste. Em maio, eu acredito, já vai ter um trecho, que é Campinas-Hortolândia, se eu não me engano. Depois chega até aqui e até os outros municípios, até Monte Mor.

Esse é um corredor importante, para facilitar a comunicação aqui dentro da região. Essa coisa da comunicação, eu estive agora em Jundiaí. Nós inauguramos a maior intervenção já feita na Anhangüera. Um trevo, nome  complicadíssimo, eu chamo trevo de Itu. Batizaram com um nome que eu não consigo, é bom um carioca falar Xisto. E esse trevo tem sete viadutos e doze alças. Agora, a viagem para Sorocaba – que demorava mais de duas horas – agora vai ser menos de uma hora. De Jundiaí até lá. Isso facilita a vida de todo mundo na região. Estamos fazendo esses investimentos estratégicos para facilitar a circulação, o transporte de mercadorias e de pessoas.

Outra coisa que eu queria citar aqui é uma experiência que vai beneficiar três municípios daqui. Já tem na cidade de São Paulo, mas no Interior ainda não tem em todos os lugares. Vai beneficiar Americana, Santa Bárbara e Sumaré, na área da segurança. É a implementação do mapeamento de crime e registro digital, do infocrime. Isso tem tido, para o Estado de São Paulo, a taxa de homicídios onde mais caiu no Brasil foi em São Paulo. Hoje nós estamos com 12, por cada 100 mil habitantes, taxa parecida com a dos países desenvolvidos, apesar de que a segurança continua sendo um grande problema.

Agora, esta generalização do infocrime ajuda no planejamento. Grande medida da queda dos homicídios não é apenas – embora isso tenha importância – o fato de que em São Paulo se prende mais. Mas também o planejamento, a ação do corpo policial. Isso é fundamental. Nós já temos 90 e tantos mil PMs, 20 e tantos mil membros da Polícia Civil. É muita gente, e não tem dinheiro para ficar contratando cada vez mais, nem capacidade operacional. O que tem que fazer é melhorar a tecnologia, o planejamento, a informação.

Bem, eram essas poucas coisas que eu queria dizer. Mas quero registrar aqui um aspecto muito importante, que é a cooperação que nós estamos tendo para São Paulo, eu diria, para o governo, da Assembléia Legislativa. Nós temos tido um trabalho muito próximo com a Assembléia. A Assembléia tem acolhido os nossos projetos, tem modificado, onde se faz necessário. Tem tido também projetos de iniciativa dos deputados.

Nós não olhamos a cor partidária. Vejam aqui neste palanque. O Eric é do PDT, o Chico Sardelli é do PV, o David Zaia é do PPS, o Jonas é do PSB, o Mentor é do PT. O Macris é do PSDB (Inaudível). O Guilherme é do DEM, heim? Mas o fato é que a gente trabalha, trata todo mundo igual. Os deputados da oposição, os deputados do governo têm possibilidade de interferir no orçamento, fazer suas emendas, trazer recursos para suas comunidades. Isto é fundamental.

Nós não nomeamos diretor de empresas do Estado, secretários, secretários-adjuntos por indicação de ninguém. Não que não seja um político, mas é indicação minha. Nenhum grupo, deputado, nenhum partido ficam indicando diretor, mas isso não significa não participar. Participação se faz no orçamento e de uma maneira responsável. Nós não discriminamos, governamos apartidariamente. Partidariamente a gente trabalha numa campanha eleitoral.

Aliás, neste palanque, são todos possíveis candidatos ou pré-candidatos em Americana, se não me fala a percepção. Mas, de todo modo, eleição é uma coisa. Governo é outra. No governo, a gente trabalha para a comunidade, segundo o interesse público. Se misturar, prejudica quem? A população. E isso nós não fazemos, é uma norma de governo.

Às vezes, até sofro criticas aqui e acolá, internas, por causa disso. Mas eu tenho certeza de que esse é o caminho. Melhor é o caminho que a população também aprova. Queria dizer, a todos e a todas, que podem contar conosco, com o nosso governo, podem contar comigo. Pela região, por Americana, pelo nosso desenvolvimento. Da mesma maneira com que a gente conta com a cooperação de vocês todos.

Muito obrigado.