Governador: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas, cumprimentar o prefeito Gilberto Kassab, o Lair, que é nosso secretário da Habitação, o Lacir, que é o subprefeito. Você vê que Lair e Lacir combinam. O Orlando, que é o Secretário Municipal da Habitação, o Zé Rolim, vereador da Capital e centrado em Paraisópolis. Vê que só veio um vereador hoje aqui, ninguém vem disputar com ele.
Queria cumprimentar também o prefeito de Campo Limpo, o Cássio, e os moradores do Conjunto Campo I; lideranças comunitárias; dirigentes; colaboradores da CDHU. Queria cumprimentar também a Bete França, que é a técnica da Secretaria da Habitação que está no projeto Paraisópolis desde o início. Devemos muito a ela os avanços até agora feitos.
Qual é a idéia? A idéia que tivemos na Prefeitura, desde o início da nossa gestão, foi transformar Paraisópolis num bairro. Urbanizando. Esgoto. Rua. Eletricidade. Mas tinha uma preliminar. Tem uma preliminar, algo que acompanha. Não é bem preliminar, mas que tem que andar paralelamente: é a remoção de famílias das áreas de risco, seja por causa de córrego, seja porque estão em terrenos muito íngremes, muito inclinados, e correm perigo de vida. Além do que se inviabiliza, com a ocupação, por exemplo dos córregos, toda a questão do saneamento.
Portanto, nestes casos, são 2.500 famílias de um total de Paraisópolis de 18 mil, ou mais de 20 mil, se incluir o Jardim Colombo, se inviabiliza o trabalho de transformar num bairro.
Neste caso, tem que fazer conjuntos habitacionais para poder deslocar as famílias. Hoje, inauguramos o primeiro. Esta foi uma iniciativa, uma obra e um projeto que é conjunto Estado e Prefeitura. A Prefeitura faz muita coisa. O Estado entra com a Sabesp, onde for o caso, e entra com o conjunto habitacional. É uma parceria, é mais um trabalho conjunto entre Prefeitura e Governo do Estado. Por isso é que nós estamos aqui conjuntamente.
Hoje são, se não me engano, 278 apartamentos, não é, Lair? 278 apartamentos de 55 metros quadrados. Maiores do que habitualmente a CDHU fazia, que estavam em torno de 40, 45. São apartamentos maiores, têm um acabamento melhor. Basta olhar este conjunto aqui: tem cerca, muro. Quer dizer, são condições decentes de moradia. Mas é o começo, porque temos 2.500 famílias.
Outras 942 estão em projeto já. Ou seja, nós estamos caminhando nessa direção. O Governo Federal, aliás, prometeu dar recursos para Paraisópolis, conjuntamente com a Prefeitura. R$ 40 milhões. Ainda não chegou nada, mas a Prefeitura vai tocando o grosso da obra, dos investimentos que são – é só a Prefeitura gastando mais de R$ 100 milhões – para chegarmos a esse projeto, que é Paraisópolis virar um bairro.
Além do mais, é a solução que tem em áreas de favela em São Paulo. Não é liquidar a favela, é remover aqueles que moram em zonas de risco e urbanizar o resto. Este é o nosso projeto, estamos fazendo isso. Em Heliópolis – não é, Orlando? – também o Governo do Estado entrará, e em outras áreas da cidade, no Pantanal.
Enfim, há várias outras iniciativas na cidade. Não chamam muito a atenção, não é um motivo para um grande noticiário. Deveria ser, mas não é. Em compensação, é muito importante para as pessoas e é muito importante, também, para a cidade, porque é um caminho que se apronta, é um caminho que se aponta, é um caminho que está se seguindo com muita determinação. Custa muito dinheiro, mas é um investimento que vale a pena.
Aqui, neste conjunto, as famílias vão pagar, no primeiro ano, o equivalente a 15% do salário mínimo. É uma espécie de pré-pagamento, de pré-aluguel ou de pré-prestação. No final de um ano, em cada caso vai ser analisado para ver como é que a situação se resolve, se é possível fazer o financiamento. Eu espero que seja em todos os casos. Então é um método pensado, planejado, uma coisa bastante adequada.
Muito importante – essa é a minha experiência pessoal, que eu queria falar aqui para os novos moradores – é a manutenção do conjunto. Porque morar em um prédio é diferente de morar numa casa. Num prédio, a gente tem responsabilidade coletiva, pela situação do prédio. Um apartamento que desande deixa vazar uma pia, isso e aquilo, prejudica todos os outros. Portanto, manter a limpeza, não deixar ter pichação, enfim, tudo isso ajuda o conjunto.
Por isso, aliás, é que o Lair e a Secretaria da Habitação prepararam esse manual do morador, que todo mundo vai ter, com orientações. É uma coisa importante. Eu, durante muitos anos, nunca tinha morado num prédio e quando voltei ao Brasil, depois de muitos anos fora, durante o exílio, fui morar num prédio. Num prédio, a gente tem que aprender. Ninguém nasce sabendo como é que se organiza a vida dentro de um prédio, como é que se trabalha conjuntamente, como é que se tem um bom condomínio. Isto é muito importante para que dê certo e para que seja um bom exemplo adiante.
Enfim, queria agradecer aqui a presença de todos e de todas. Dar parabéns à Prefeitura pela continuidade, pela prioridade que vem dando ao projeto. Queria dar parabéns ao Kassab, ao Orlando e à sua equipe toda.
E queria, também, acima de tudo, dar parabéns aos novos moradores. Dar parabéns a eles e dizer que continuem contando conosco, continuem contando com o Governo do Estado, continuem contando comigo. Da mesma maneira que a gente conta com vocês para projetos como esse darem certo. Se isto aqui funciona, fica muito mais fácil fazer outros mais, porque serve como bom exemplo.
Muito obrigado.
