Convênio entre Estado e prefeitura leva Metrô à Freguesia

Governador José Serra: Eu queria dar meu boa tarde a todos e a todas. Eu e o prefeito nos atrasamos porque nós estávamos num encontro da Associação Paulista de Supermercados […]

seg, 26/05/2008 - 13h04 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Eu queria dar meu boa tarde a todos e a todas. Eu e o prefeito nos atrasamos porque nós estávamos num encontro da Associação Paulista de Supermercados lá no Center Norte, teve muito discurso e acabou atrasando. Mas hoje é um dia de festa.

Eu tenho certeza de que, ao longo dos anos, todos os que aqui estão, vão se lembrar porque é quando nós estamos dando o início. É o começo do começo do Metrô para esta região da cidade. Para a Freguesia do Ó, e no fundo para todos os lugares aqui próximos.

É um dia histórico que a gente vai lembrar no futuro. Eu queria dedicar a nossa alegria de hoje ao Padre Noé, que vai estar – sim – viajando na primeira viagem que tiver. Vai ser feita o antes possível, mas o senhor vai estar lá.

Bem, queria cumprimentar o prefeito. O que ele disse é verdade, a Prefeitura estava fora do Metrô desde os anos 70. Ela voltou agora, aliás, tal como eu tinha dito na campanha que a gente faria. Na campanha de 2004, eu disse isso: a Prefeitura iria voltar para o Metrô. E ela está voltando para o Metrô.

Queria cumprimentar o deputado Celino. Vou fazer um reconhecimento: a primeira pessoa que me falou do Metrô para cá foi o Celino. Ele até misturou as datas, mas faz muitos anos que ele me disse. Ele me falou na campanha que eu perdi, 1996, não na campanha que eu ganhei, em 2006. Só dez anos de diferença, mas ele foi o primeiro que me falou do assunto do Metrô para cá, de uma maneira obsessiva. Ele voltou a esse tema várias vezes.

Queria cumprimentar o Portela, nosso Secretário de Transportes Metropolitanos, que tem comandado e coordenado todo este processo na região da Grande São Paulo. O vereador Claudinho, que é daqui da região,  outro batalhador importante nesta área. Um vereador correto, eu acompanhei o trabalho dele quando fui prefeito e ele vereador. Um batalhador aqui pela região. Mas tem dois outros vereadores também aqui que honram o seu mandato: são o Gilberto Natalini – cadê o Gilberto? – e o Juscelino Gadelha.

Só para ele não ficar chateado, quero dizer que está presente aqui também o nosso ex-secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro. Queria cumprimentar o Alexandre Moraes, que é o secretário dos Transportes da Prefeitura. O Marcelo Branco, que é de Infra-Estrutura. Os dirigentes da CBPU, do Metrô. Subprefeitos aqui presentes, começando pelo Milton, que é da Freguesia – Brasilândia, por intermédio dele, todos os subprefeitos aqui presentes: o Gadelha, que é aqui da Cachoeirinha – Casa Verde; o José Augusto; a Sandra, que é daqui, mas está lá em Perus, ela é a nossa grande subprefeita, cadê a Sandra? Ela é daqui, nós a roubamos. Marcelo Bruni, Du Santana e o Tiago, do Jaçanã.

Esse dinheiro inicial da Prefeitura vai servir para fazer o projeto executivo. O que é o projeto executivo? Ele é a guia para tudo o que vai se fazer depois com o Metrô. É um projeto muito complicado. Vocês lembram quando aconteceu aquele negócio do buraco lá em Pinheiros? Aquilo está relacionado com o projeto executivo. O projeto executivo diz tudo o que a obra tem que ter, em cada lugar tem que cavoucar desse jeito, tem que fazer tal coisa. Os cálculos todos: resistência, o plano, a trajetória, tudo. É um projeto caríssimo. R$ 75 milhões. Dá para fazer obras e obras. Mas tem que fazer, não tem jeito. Metrô é assim. E para fazer o projeto executivo, tem que fazer concorrência. Não é assim, chegar, pega lá um escritório e manda fazer. Não. Tem que fazer concorrência, porque, como é muito dinheiro, e mesmo que não fosse, tem que ver quem é que ganha para fazer, porque é um projeto importante.

Então nós vamos ter que fazer concorrência. Nós vamos abrir em agosto. Depois que o projeto estiver pronto, tem que fazer a concorrência para ver quais são as empresas que constroem. Isso é obrigatório. Então, quando começa a obra? Nós esperamos no começo de 2010. O importante é começar.

Estou aqui abrindo o jogo, não é para amanhã. Quer dizer, vai demorar algum tempo, mas o importante é começar. Se eu tenho que caminhar daqui até a matriz, se eu não der o primeiro passo, eu não vou chegar nunca. Eu tenho que começar, isso é o que nós vamos fazer. Depois que já estiver avançado, vai vir reivindicação para levar o Metrô, esticar para lá, esticar para cá. Isso faz parte. E aí, com o tempo, a gente vai trabalhando para isso.

Inicialmente, vai ser Freguesia do Ó – São Joaquim, lá na Liberdade. Ou seja, vai ligar a toda a rede. Vocês imaginam o alívio que vai trazer de trânsito, porque quando tem metrô o povo vai trabalhar de metrô. É muito mais econômico do que enfrentar esse trânsito na cidade.

Nós estamos trabalhando já na linha cinco, lá na zona sul, para levar do Largo 13 de Maio até a Chácara Klabin, é outra coisa. Estamos com a obra da linha quatro, que é do Morumbi até o Centro, e a obra da linha dois, que é Vila Prudente – Ipiranga.

Temos muitas coisas esquematizadas. Estamos investindo também para fazer  que os trens da CPTM virem metrô. Esse é um investimento muito importante. É que exatamente aqui, aqui não tem. Tem lá em Pirituba. Mas nós estamos fazendo isso. E, na zona sul, já inaugurando estações com novos trens, mais velocidade, mais capacidade, estações de primeira.

Então este é outro investimento também caríssimo, mas é mais barato que o metrô, porque eu não preciso desapropriar, eu não preciso fazer túnel, porque já tem a linha pronta, é só a gente mexer. Por exemplo, o Metrô Itaquera – Guianases, não é Metrô, é linha da CPTM que foi modernizada.

Aliás, quando eu era ministro do Planejamento, o BNDES pertencia ao Planejamento e nós viabilizamos três empréstimos para o governo Mário Covas, que permitiram três novas estações: Vila Madalena, Tucuruvi e Guaianases. Quando eu trabalhava com o Montoro, de secretário, conseguimos o financiamento para o Metrô até Itaquera. As coisas vão sendo construídas assim. Nós estamos turbinando nessa área. Turbinando a área de transportes.

Mas eu quero fazer outro anúncio aqui. É que num terreno cedido pela Prefeitura, nós vamos fazer aquela que vai se chamar a ETEC Paulistana, Escola Técnica do Jardim Paulistano, aqui na Freguesia do Ó. Vai ter 320 vagas para o ensino técnico e 160 para o ensino médio. Porque as ETECs também dão ensino médio. É o melhor ensino do Estado. Informática, farmácia, química e gestão ambiental, estas vão ser as especialidades. Nós estamos aumentando cem mil alunos nas ETECs. Até hoje tem setenta e poucos mil, vai para cento e setenta. E esse aumento já começou.

Estamos duplicando as faculdades de tecnologia, as FATECs, e isso já começou também. Nós já fizemos 30% da meta. Agora tinha uma distorção. Faltam ETECs e FATECs, principalmente na Grande São Paulo, que tem metade da população, tinha 16% só das vagas em ETECs e FATECs, e nós vamos equilibrar isso.

Isso significa emprego. Para vocês terem uma idéia, quem se forma numa ETEC, que é um curso de ano e meio, não precisa ter o ensino médio completo, pode fazer junto e tem 80% de chance de conseguir um emprego. Oito em cada dez pessoas conseguem emprego assim que se formam. E numa FATEC, é nove em cada dez. Portanto, estamos trazendo para cá desenvolvimento, emprego e oportunidades para o jovem.

É uma coisa para comemorar. Fazemos isso em parceria com a Prefeitura que está dando o terreno. O terreno em São Paulo vale bastante. A Prefeitura está dando. No final vai ficar com uma escola estadual, a Prefeitura não vai faturar porque vai ser uma escola estadual. O importante é a Prefeitura trabalhar para melhorar a vida das pessoas. E a doação deste terreno é uma demonstração disso, como é também a re–entrada no nosso Metrô.

Bem, eram estas as palavras que eu queria dizer aqui. Queria dar meus parabéns, não é nem ao Padre Noé, nem ao Celino, nem ao Claudinho, nem à Sandra. Meus parabéns são a vocês que estão aqui.

Nós estamos comprando 99 trens novos em São Paulo.

Não é vagão, não. É trem inteirinho, com a composição. Trem mais confortável, mais rápido, mais eficiente, com ar condicionado. Exige investimentos em sinalização, em tudo, é um esquema delicadíssimo.

Outra noite eu fui com o Portela olhar como é que é a manutenção de madrugada do Metrô, quando pára. É de uma da manhã às quatro horas que se faz a manutenção. É uma coisa assim gigantesca. Tudo tem que ser muito preciso, porque tem que ser à prova de acidentes, tem que ser um esquema com uma boa segurança.

Portanto, estamos já em andamento com todas essas encomendas. Tudo isso custa muito, a gente precisa de recursos para isso e a batalha continua nessa área.

Muito obrigado, meus parabéns e vamos trabalhar juntos pela Freguesia, por São Paulo e pelo Brasil.

Muito obrigado.