Alckmin discursa durante anúncio de 142 novos Centros de Estudos de Línguas

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Estimado professor Herman Voorwald, secretário de Estado da Educação; deputado Orlando Morando, líder do PSDB na Assembleia; professora Maria Izabel […]

sex, 19/08/2011 - 18h57 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Estimado professor Herman Voorwald, secretário de Estado da Educação; deputado Orlando Morando, líder do PSDB na Assembleia; professora Maria Izabel Faria, diretora da Diretoria de Ensino Centro-sul; professora Sônia Cristina de Oliveira das Neves, diretora aqui da Escola Estadual Alexandre Gusmão; senhor Rubens Mandetta, coordenador de Ensino do interior; Coronel Vitória, subprefeita aqui do Ipiranga; Capitão Douglas; o Sérgio e a Marta, presidente do CONSEG; dirigentes de ensino, professores, alunos aqui da escola, amigas e amigos. Uma grande alegria a gente estar aqui hoje para iniciar uma etapa importante: são mais 142 CELs, Centro Estadual de Línguas. Quantos na capital, Herman? Vinte e três aqui na capital e cento e dezenove no restante do Estado de São Paulo. Uma oportunidade para os alunos da oitava série do ensino fundamental, da nona série do ensino fundamental e do ensino médio de poderem ter, em três semestres, 240 horas de uma segunda língua. E é oferecido no CEL inglês, espanhol, italiano, japonês, alemão, francês. E deveríamos incluir também o mandarim, porque a China é hoje o país mais populoso do mundo – 1,3 bilhão de pessoas – e, ao mesmo tempo, do ponto de vista do comércio exterior da economia cada vez mais necessário. Está aí a sugestão para a gente abrir a possibilidade também de mandarim. E queria dar uma palavra aqui para os jovens, dizendo que quando a gente é “broto”, adolescente, jovem, é mais fácil de aprender. Eu estudo inglês toda a semana, mas é uma luta, vai para frente, vai para trás, vai para frente, vai para trás.

Me lembro que quando era deputado federal, o doutor Ulisses Guimarães, com mais de 70 anos de idade tinha uma professora de inglês que era americana. Então, a constituinte acabava meia-noite, e os líderes iam para a casa do Doutor Ulisses Guimarães para preparar a pauta da votação do dia seguinte da constituinte. Saiam de lá duas, duas e meia da manhã. Sete horas da manhã estava lá a professora de inglês… “I am, he, she, it, we are e não sei o quê…”. O Doutor Ulisses foi ficando cansado com aquilo e um dia falou para ela, “mas essa língua é muito difícil!”. Ela falou para ele “Não, Doutor Ulisses, difícil é o português que quando fala ‘pois sim’ é ‘não’ e quando fala ‘pois não’ é ‘sim’!”. Eu sei que é uma língua difícil, inglês é muito fácil. Mas o fato é que quando a gente estuda mais cedo a facilidade do aprendizado é muito maior. E quem sabe hoje uma segunda língua, em termos de empregabilidade, no próprio vestibular, você já está lá na frente. É impressionante como é importante no mundo moderno. E ainda no currículo você ter 240 horas/aula, é um ensino extremamente importante.

E porque nós estamos fazendo através do Centro Estadual de Línguas com a nossa rede e não com a iniciativa privada, por duas razões. A primeira razão, mais importante, é em beneficio do aluno, a rede privada, o índice de evasão era de 32%. No Centro Estadual de Línguas, 14%, então a evasão é três vezes menor. E a outra o custo, que era R$ 455 para 80 horas/aula, no CEL R$ 327 para 240 horas/aula. Então nós temos ter uma evasão menor, e de outro lado mais hora/aula, mais os recursos públicos, mais o custo-benefício menor. Eu queria cumprimentar o professor Herman, sou testemunha do esforço permanente dele, da equipe de estar sintonizado com a rede, de estar ouvindo mais do que falando, procurando interpretar aquilo que mais a gente possa fazer para avançar na qualidade da educação pública de São Paulo. Acho que a gente pode ver uma luz no fim do túnel, que as coisas têm tudo para poder melhorar ainda mais, avançar ainda mais. E destacar aqui para a juventude e para os professores uma historinha que eu ouvi, não é minha não, mas eu ouvi de um sindicalista, que ele interpreta bem a importância hoje do idioma estrangeiro, além da nossa língua pátria. Disse que um ratinho corria em uma sala e um gato grandão ia devorá-lo. O ratinho corria, corria, mas não ia ter escapatória, o gato muito maior ia comê-lo. Quando chegou no canto da sala, o ratinho não tinha mais escapatória e o gato ia pega-lo e o que fez o ratinho? Ele começou a latir, na hora que ele começou a latir o gato fugiu. Então, moral da história: se ele não soubesse uma segunda língua, estava frito não é? Bom trabalho a todos!