Acessa Escola transforma laboratórios em lan houses – parte 1

Governador: Queria dar o meu bom dia a todos e a todas, cumprimentar a nossa secretária Maria Helena. O secretário de Gestão Pública, que também colaborou muito com esse programa, […]

sáb, 02/08/2008 - 16h21 | Do Portal do Governo

Governador: Queria dar o meu bom dia a todos e a todas, cumprimentar a nossa secretária Maria Helena. O secretário de Gestão Pública, que também colaborou muito com esse programa, Sidney Beraldo. O Bonini, que é o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação. A professora Maria Amélia, que é coordenadora do projeto ao qual estamos dando ponto de partida hoje: o projeto Acessa Escola. Os professores e alunos da rede estadual de ensino.

Este é um programa que nasceu, de fato, do nosso desconforto de chegar às escolas, visitando as escolas e ver a sala de informática fechada. Que é quase a regra no Estado de São Paulo. Difícil chegar a uma escola que tenha sala de informática – acho que 98% das escolas têm banda larga, não é isso? Ou seja, têm tudo o que é necessário, os computadores, a banda larga – mas não funciona. O Governo Federal agora vai fazer um programa nas escolas do Brasil, para introduzir a banda larga.

Eu até disse a eles que, no caso das escolas estaduais de São Paulo,  praticamente todas têm banda larga. Ou seja, esta não é a barreira, como não é também a falta de computadores. Não é que tenha o que é suficiente, o que é necessário, mas também falta, também não são utilizados.

Portanto, a questão básica era: como ativar isso? Então surgiu a idéia de fazer com estagiários. E mais ainda, com estagiários do próprio ensino médio, alunos do primeiro e do segundo ano do ensino médio, pagando a eles por quatro horas de trabalho. Algo superior ao salário mínimo, que são R$ 340 por quatro horas de jornada. Se fossem oito horas, seria R$ 680. Portanto, muito próximo de dois salários mínimos.

É uma medida que vai ter pelo menos duas implicações. Primeiro, vai capacitar mais os alunos do ensino médio, porque vão ter que se reciclar, aprender direito a ensinar computador, a se relacionar, assumir uma posição de liderança e tudo mais. Segundo, porque vai permitir à garotada ter realmente acesso na prática a este programa, aprender computador, aprender a trabalhar.

Mais ainda: a sala de computadores vai ser utilizada não apenas para as aulas, mas pode ser utilizada o dia inteiro. É uma espécie de Lan House das escolas. Ou seja, tem aula num período, quer ir trabalhar no outro, pode ir. Só não pode matar aula ficando. Eu vi que ninguém reagiu, acho que ninguém sabe mais o que é matar aula. No meu tempo, tinha matar aula. Era ir à escola e não assistir à aula. Não quero dar mau exemplo a ninguém, mas infelizmente, de vez em quando, eu fazia também. Mas o fato é que vai ficar disponível o dia inteiro.

Nós vamos começar gradualmente: começa na cidade de São Paulo, Grande São Paulo e todo o Interior. É um programa para dois anos, dois anos e meio, basicamente. No limite, vamos ter quantos alunos trabalhando? Doze mil. Vocês vão ter doze mil alunos do ensino médio trabalhando como monitores. E agora, começamos com a capacitação de dois mil e cem. Houve um exame de seleção, enfim, baseado já em conhecimentos que existam a respeito do computador e de outras disciplinas. Isto vai se estender, para se multiplicar quase seis vezes, até 2009, quando o programa vai funcionar plenamente. Portanto, não vamos ter mais salas de aulas com computadores guardados e ociosos. É um avanço enorme nessa direção.

Tenho certeza de que esse é um programa que vai dar certo. Não tem por que dar errado. Há os monitores, vão ganhar, têm interesse nisso, vão aprender, e os alunos vão ter noções de computador.

Eu aprendi a mexer em computador só em 2003, depois da eleição presidencial. Eu não sabia nem ligar na tomada. Para dizer a verdade, nem hoje eu sei ligar  direito, na tomada, aqueles computadores grandes. Mas aprendi de maneira precária. O importante é a gente ter a velocidade inicial para começar, porque depois até vai aprendendo sozinho, tirando dúvidas. Em grande medida, aprender a mexer com computador é tirar dúvida, porque sabe como é que começa e depois vêm as dúvidas, os problemas. Vai-se tendo que memorizar umas coisas de como se trabalha.

Agora os alunos vão poder abrir blog, neste esquema, vão poder ter seu blog, vão poder, enfim, desenvolver um trabalho de comunidade, vão poder conversar por MSN. Só tem que tomar cuidado para apagar depois, porque um problema que tem com computador é a facilidade de deixar o e-mail aberto. É uma moleza fazer isso. Basta não apertar o sair, o exit, que isso acaba dando confusão. Vem alguém lá, bota tudo para trás, pega toda a correspondência e tudo mais. Algumas encrencas assim vão acontecer, mas isso faz parte do processo de aprendizado.

Meus parabéns. Aqui tem todo mundo com camiseta aqui. Já são alunos do ensino médio também, não é? Não é todo mundo, mas alguns têm cara de ser professores aqui, hein? São todos alunos? Universitários. Bem que eu estou vendo. Você, por exemplo. Mas está entrando universitário também? Hein? Ah, na Diretoria de Ensino. Eu nem sabia. Inclui universitários, então. Quantos? Quinhentos? Ah, tá legal. Muito bom, então. Meus parabéns também.

Tá bom? Muito obrigado e vamos trabalhar juntos para esse programa dar certo. Vai ser uma boa para quem monitora e para quem aprende. E vai ser uma boa para o Estado.

Vamos ter mais gente capacitada num instrumento que hoje é fundamental para a vida de cada um, para subir na vida, para progredir na vida – e vital também para o nosso País.

Vocês vejam o seguinte: quando a maioria dos alunos do ensino médio chupava chupeta – ou mal tinha nascido – não havia internet. Internet é coisa dos últimos quinze anos. A gente vê como mudou o mundo, e é preciso mudar também, para poder se adaptar ao mundo e para poder tocar o mundo adiante.

Muito obrigado.   

… É a manutenção. Manutenção, que fica quebrado, fica quebrado. Às vezes, demora meses, etc. Mas agora foi montado um esquema que no máximo, no máximo, dura 48 horas um computador quebrado. Isso praticamente resolve outro grande ponto de estrangulamento.

Primeiro, era não ter monitor. Segundo, era quebrar o equipamento e não poder trabalhar com ele. Essas duas coisas foram equacionadas.

Nós estamos começando um programa hoje importantíssimo, que vai depender de vocês. Esse programa nasceu da observação de que – na maioria das escolas – a sala de computador está fechada porque não tem quem ensine, quem tome conta e não tem quem conserte computador.

Então, a idéia nossa foi fazer com estagiários. Ganham um dinheirinho, é bem mais do que um salário mínimo, porque pela jornada de quatro horas são R$ 340. O salário mínimo é 400 e pouco, mas por oito horas de trabalho. E ajuda quem vai monitorar a solidificar a formação que tem.

A gente sabe – quando vai dar aula – que nunca domina perfeitamente o assunto. Eu dei aula a vida inteira. Toda vez que ia dar um curso, eu ia dar alguma coisa, eu via que eu não sabia tanto quanto eu imaginava. Tinha que me preparar mais para poder ensinar. Por outro lado, para a garotada, que vai ter acesso à internet.

Esse programa vai funcionar. É o Acessa Escola. Ou seja, vai ficar o dia inteiro a sala aberta com o pessoal podendo trabalhar fora de aula, na hora em que quiser e em que tiver lugar também. Então é uma boa e vai depender muito de vocês. Eu tenho certeza de que vai dar certo.

Aqui são a maioria alunos universitários ou de ensino médio?

Vozes: Ensino médio.

Governador: Pois é. Tem também universitários que estão em volta. Vocês são de onde, principalmente? De que região?

Vozes: Leste.

Governador: Leste. Então. Vão ficar na mesma escola, muitas vezes. A maioria vai ficar na mesma escola, porque é uma boa, porque muitas escolas têm também ensino fundamental, o segundo ciclo do fundamental, etc. Então é uma boa.

Tem também um portal, agora, que a gente criou na Coordenadoria da Juventude, que é juventude.sp.gov.br. Vocês vão poder, também, colaborar para melhorar, ter o seu blog. A garotada ter o blog. Ensina como é que. Eu, por exemplo, não sei criar um blog para mim. Eu só aprendi em 2003 a mexer em computador, vocês vejam que atraso. Para a garotada, agora, primeiro é que eles aprendem mais fácil e também podem aprender todas as coisas que podem ser feitas e desenvolver aí no computador.

E vocês vão ter alunos depois. Está certo? É interessante a gente ter alunos. Daqui a alguns anos, encontra, falar: “Ah, fui seu aluno”, “Você foi meu monitor, minha monitora”, tal. É uma experiência bastante interessante e que vai reforçar, também, a qualificação de vocês.

Muitíssimo obrigado por embarcarem nisso. Como eu disse, agora depende de vocês. Tudo o que depender da gente pode reclamar, pode observar que a gente melhora. Está bom?

Obrigado.