Mongaguá implanta Rede Solidária para fortalecer produção e economia local

Ação surge para que a atividade agrícola e a comercialização prossigam e conta com a participação de várias entidades

seg, 04/05/2020 - 8h24 | Do Portal do Governo
DownloadDivulgação/Secretaria de Agricultura e Abastecimento

Nesta época de pandemia de COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus), diversos setores têm que se adaptar às mudanças e, principalmente, ao que se convencionou chamar “o novo normal”. A Rede Solidária de Mongaguá, no litoral de São Paulo, surge justamente neste momento para que a produção agrícola e a comercialização continuem e conta com a participação e apoio de membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR), Prefeitura de Mongaguá e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, por meio do Escritório de Desenvolvimento Rural de São Paulo (EDR/SP).

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Outra expectativa da ação é a de prosseguir com essa forma de comercialização mesmo após o período de isolamento social, no sentido de valorizar a produção local, fortalecer a economia do município e estreitar os laços de amizade, confiança e respeito entre os envolvidos.

Atividades

Segundo dados do Levantamento de Unidades de Produção Agropecuária (LUPA), da Secretaria, o município de Mongaguá possui cerca de 60 imóveis rurais ocupando uma área aproximada de 1.700 hectares, dos quais parte são destinados à preservação dos recursos naturais e outros são para cultivos de banana, pupunha, palmito, chuchu, milho, cará, inhame, mandioca, hortaliças diversas e outras frutas, além de criações de aves para postura e piscicultura, principalmente.

Dessa forma, a produção agrícola do município contribui com a economia local, a qual tem o turismo como principal setor. No censo de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município contava com 56.702 habitantes e estima-se que no meio rural deva contar, atualmente, com cerca de 247 habitantes.

Em função do surto epidêmico de COVID-19, deve-se tomar todo o cuidado de evitar aglomerações e manter isolamento social como meio de conter o avanço da enfermidade. Diversos setores da economia sofreram redução de vendas, bem como de fornecimento de matérias primas.

O setor rural, como outros, não ficou ileso e sofre adaptações, como por exemplo, a entrega de kits de alimentos às crianças das escolas públicas, já que as aulas estão suspensas juntamente com a merenda escolar. Entretanto, até essa medida ter sido regulamentada, homologada e executada, o agricultor já havia perdido considerável volume de frutas, hortaliças, entre outros produtos perecíveis.

Inovações

Para contornar a situação, surgem alternativas inovadoras de comercialização que contemplam os chamados “circuitos curtos”, ou seja, quando o local da produção está próximo do consumidor, portanto, não há deslocamentos longos do que é produzido. Além das formas que contemplam essa modalidade de venda, como feiras do produtor rural, grupos de consumo (entrega de cestas) e Comunidade que Sustenta Agricultura (CSA), há também a formação das Redes Solidárias. Esta, em especial, foi elaborada em abril em Mongaguá, com agricultores, pescadores, indígenas e prestadores de serviço do próprio município.

Na última reunião do CMDR, realizada por videoconferência em 9 de abril, foi discutida, aperfeiçoada e aprovada a Rede Solidária de Mongaguá, tendo o lançamento e divulgação previstos para o dia 14 de maio. A iniciativa também conta com um Grupo Público no Facebook (https://www.facebook.com/groups/redesolidariademongagua), no qual tanto produtores e outros profissionais quanto consumidores poderão interagir e realizar negócios.

A ação tem sete participantes e possui enfoque na produção rural e agroecológica, mas também conta com a oferta de outros gêneros alimentícios como pescados, artesanato indígena, mel e derivados, panificação, tortas, bolos, doces diversos, terra adubada, remoção de enxame, mudas de diversas plantas frutíferas e ornamentais e serviços de jardinagem. Os interessados em participar do grupo para vender ou oferecer serviço devem contatar Marlene Souza Zertus (13-99606-0539).