Meio Ambiente inicia nova etapa do projeto Pomar Urbano

Parceria com a Reservas Votorantim prevê o plantio de 30 mil espécies nativas paulistas ao longo de 13 quilômetros do rio Pinheiros

qui, 06/06/2019 - 9h18 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Parques e Parcerias, inicia nesta quinta-feira (6) mais uma etapa do Projeto Pomar Urbano para recuperação ambiental e paisagística do rio Pinheiros.

Depois de Chamamento Público, a Reservas Votorantim assinou o Termo de Doação de serviços de implantação e manutenção, por 30 meses, dos trechos da margem oeste do rio na capital paulista. Nessa etapa, o projeto paisagístico é assinado pela Cardim Arquitetura Paisagística.

“É uma parceria sem custo algum para a administração pública na qual ganham todos, o governo, a Votorantim e principalmente a população que terá mais verde e qualidade de vida”, diz o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.

Esta é a primeira vez que espécies nativas e raras da Mata Atlântica serão inseridas no projeto. A Reservas Votorantim deve plantar 30 mil exemplares de 30 espécies ao longo de 13 quilômetros do Pinheiros. As plantas foram cultivadas no viveiro do Legado das Águas, maior reserva privada de mata atlântica do país.

“O Legado das Águas executará o maior projeto de paisagismo urbano com espécies nativas da Mata Atlântica do estado, com uma proposta inovadora para transformar a relação entre o rio e a metrópole”, afirma o diretor da Reservas Votorantim, David Canassa.

O Pomar Urbano foi criado em 1999 com o objetivo de realizar a recuperação ambiental das margens do rio Pinheiros. Até o momento foram recuperados 26 quilômetros por meio de parcerias.

“Embora um trecho de 13,5 quilômetros de floresta possa parecer pouco no contexto da cidade, é importante lembrar que espaços bem menores que esse na capital paulista, cultivados com espécies nativas, têm mais diversidade de plantas do que em toda a Inglaterra”, ressalta Ricardo Cardim, da Cardim Arquitetura Paisagística.

O diferencial deste novo trecho do projeto está no método que reproduz a dinâmica da floresta tropical em pequena escala. A proposta técnica levou em consideração o uso de espécies que favorecem o retorno de pássaros, propiciam conforto térmico e reduzem a necessidade de manutenção, poda e rega.

“Nessa proposta de valorização da estética da flora original do rio se busca trazer toda a exuberância dos pinheiros nativos que batizou um dos bairros mais tradicionais de São Paulo e hoje está restrita apenas a fotografias antigas”, comenta o diretor-presidente da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE), Ronaldo Camargo.

O Projeto Pomar

O projeto de recuperação ambiental e paisagística do rio Pinheiros foi lançado com o objetivo de recuperar a vegetação e trazer vida às margens do rio. A EMAE, proprietária da área, cede os locais nos quais há implementação. O rio Pinheiros perdeu sua mata ciliar e vegetação natural quando foi retificado, entre 1928 e 1940, para geração de energia. Atualmente, o Pomar Urbano é administrado pela Coordenadoria de Parques e Parcerias da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.

O Legado das Águas

O Legado das Águas, maior reserva privada de mata atlântica do país, com extensão aproximada à cidade de Curitiba (PR), é um dos ativos ambientais da Votorantim.

Localizada na região do Vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo, a área foi adquirida a partir da década de 1940 e conservada desde então pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), que manteve a floresta e a rica biodiversidade local com o objetivo de contribuir para a manutenção da bacia hídrica do rio Juquiá, onde a companhia possui sete usinas hidrelétricas.

Em 2012, o Legado das Águas foi transformado em um polo de pesquisas científicas, estudos acadêmicos e desenvolvimento de projetos de valorização da biodiversidade, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo.

Hoje, o Legado das Águas é administrado pela empresa Reservas Votorantim, criada para estabelecer um novo modelo de área protegida privada, cujas atividades geram benefícios sociais, ambientais e econômicos de maneira sustentável.