Em São Paulo, mapa de vacinação contra febre amarela é estendido

Desde o mês de junho de 2018, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo ampliou a imunização para 190 cidades

seg, 17/09/2018 - 17h33 | Do Portal do Governo

Desde o mês de junho de 2018, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo estendeu a imunização para 190 cidades que até então não estavam no mapa de recomendação da vacina – incluindo os 54 municípios das regiões do Grande ABC, Vale do Paraíba, Baixada Santista, entre outras, que participaram da campanha realizada em janeiro de 2018.

O Centro de Vigilância Epidemiológica informa que somente em 2018 mais de 8 milhões de pessoas já foram vacinadas contra febre amarela. O número ultrapassa a marca da vacinação de 2017, quando 7,4 milhões de doses foram aplicadas, e é também superior à vacinação na década anterior – 7 milhões de pessoas foram imunizadas entre 2007 e 2016. Os dados não contam o número de vacinados de 2006 para trás que, com a dose única, estão protegidos para a vida toda.

“Nós estamos fazendo o acompanhamento da febre amarela desde o surgimento do primeiro caso, há 20 meses. Nós precisamos atender às pessoas que vivem em regiões onde a doença é uma ameaça”, comenta o infectologista Marcos Boulos, sobre a característica da doença, que não chega e vai embora de um dia para o outro.

“A vacinação é a principal forma de proteger a população contra a febre amarela. Por isso, é imprescindível que todas as pessoas que moram no local compareçam aos postos de saúde”, completa o secretário Marco Antonio Zago.

Cabe esclarecer que, convencionalmente, 455 cidades tinham recomendação da vacina contra febre amarela e já totalizavam uma cobertura de aproximadamente 80%. Porém, nos últimos dois anos, a pasta veio ampliando e antecipando a vacinação previamente à chegada do vírus a locais antes sem indicação, graças ao monitoramento da circulação do vírus por meio dos corredores ecológicos.

Neste ano, o SUS passou a disponibilizar  a dose fracionada da vacina, conforme diretriz do Ministério da Saúde. O frasco convencionalmente utilizado na rede pública pode ser subdividido em até cinco partes, sendo aplicado assim 0,1 mL da vacina.

“Estudos em andamento continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período. As pesquisas evidenciam que a vacina fracionada tem eficácia comprovada de pelo menos oito anos”,  explica a diretora Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, Regiane de Paula.

Além disso, está mantido o uso da dose padrão para crianças com idade entre nove meses e dois anos incompletos, pessoas que viajarão para países com exigência da vacina e grávidas residentes em áreas de risco.

“A vacinação é a principal forma de proteger a população contra a febre amarela. Por isso, é imprescindível que todas as pessoas que moram nos locais definidos na campanha e ainda não se imunizaram compareçam aos postos até 16 de março”, alerta a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.

Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído, transplantados, hemofílicos ou pessoas com doenças do sangue e de doença falciforme.

Não há indicação de imunização para grávidas, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide). Em caso de dúvida, é fundamental consultar o médico.