Cerca de 20% das mulheres refugiadas terão filhos brasileiros

Pesquisa foi feita com moradoras da Casa de Passagem Terra Nova, serviço de acolhimento oferecido pelo Governo do Estado de São Paulo

seg, 20/06/2016 - 17h15 | Do Portal do Governo

Um levantamento recente feito na Casa de Passagem Terra Nova – programa estadual de acolhimento de imigrantes na cidade de São Paulo, mostrou que aproximadamente 20% das mulheres refugiadas terão filhos brasileiros.

Dezenove das 96 mulheres que chegaram à Casa estavam grávidas. Além disso, a maioria imigra para o Brasil sozinha e não sabe o paradeiro do parceiro. Com futuro incerto por aqui, ainda há aquelas que chegam acompanhadas de mais um filho.

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“Neste período sensível gestacional, oferecemos todo o suporte uma vez que já chegaram muito fragilizadas, tendo que dar à luz sozinhas em um país desconhecido”, destacou o secretário”, afirmou o secretário de Estado de Desenvolvimento Social de São Paulo.

Vindas da Colômbia (01), República Democrática do Congo (05), Síria (01), Nigéria (01) e Angola (11), as gestantes fugiram de conflitos políticos, religiosos, guerras ou vivenciaram o abandono familiar.

Atendimento
A Casa de Passagem “Terra Nova” oferece acolhimento à refugiados e garantia de pré e pós-natal, saúde, alimentação, tratamento psicológico, entre atividades de reinserção social. Como gesto de gratidão, alguns recém-nascidos receberão o mesmo nome de profissionais da Casa.

Histórias
Jovem angolana de 29 anos, terá o bebê nas próximas semanas. Chegou ao país em agosto de 2015. Marido e filha de dez anos desapareceram. A casa foi destruída. Restaram um filho e uma gestação que só seria descoberta dois meses depois de uma passagem comprada às pressas por conhecidos para o Brasil.

Refugiada, a mulher tinha uma casa de três quartos, salão de cabeleireiro e uma “vida normal” em Luanda. “Eu já estou aqui e tenho que gostar daqui”, conta grávida de quase nove meses com um filho pequeno. Este será o terceiro filho.

Outra jovem angolana, 27 anos, deu à luz à Aline no último dia 25 de maio. É seu segundo filho. Chegou ao Brasil em 9 de novembro de 2015. Fugiu de Angola em razão da perseguição religiosa. Bonita e simpática, a angolana está no Brasil há três meses. A angolana está se adaptando aos costumes do Brasil. Também pode se dizer que não está sozinha, já que a irmã também mora no refúgio e deixou a Angola pelos mesmos motivos que ela.

SERVIÇO
Casa de Passagem “Terra Nova”
Rua Abolição, 145, República
São Paulo – SP

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