Programa de saúde ocular recebe R$ 12,6 milhões em investimentos

Ações incluem distribuição gratuita de óculos para idosos, exames de imagem para adultos e crianças, além de Teste do Olhinho nos AMEs

seg, 09/11/2015 - 11h12 | Do Portal do Governo

O maior programa de oftalmologia da história da rede pública de saúde de São Paulo, o “Vale a pena ver”, receberá investimentos no valor de R$ 12,6 milhões por ano. Na prática, idosos a partir dos 60 anos que passaram por cirurgia de catarata em serviços do SUS (Sistema Único de Saúde) a partir de setembro de 2015 irão receber, gratuitamente, óculos com lentes monofocais. O anúncio foi feito pelo governador Geraldo Alckmin nesta segunda-feira (9).

“Normalmente o paciente é operado, tira o cristalino que está opaco, coloca uma lente e depois pode precisar de um óculos, geralmente para ler de perto. E às vezes o paciente não tem condições. Então, além da cirurgia, daremos os óculos. Estamos começando pela cidade de São Paulo, depois Região Metropolitana e finalnente interior do estado”, explicou o governador.

Na primeira fase serão distribuídos cerca de 10.000 óculos para pacientes submetidos a cirurgia de catarata nos serviços da Secretaria de Saúde localizados na capital e Região Metropolitana da Grande São Paulo. Após passar pela cirurgia de catarata, os pacientes idosos que tiverem a prescrição médica de óculos poderão escolher, na própria unidade de saúde ou local a ser indicado, a armação de sua preferência, entre 30 opções disponíveis. O pedido será encaminhado à pasta e, assim que os óculos estiverem prontos, serão enviados, via Correio, para a casa do paciente.

As unidades integrantes do projeto nesta primeira etapa são o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Ambulatório de Especialidades Várzea do Carmo, Hospital Geral de Taipas, Hospital de Transplantes do Estado e  AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) Maria Zélia e Heliópolis na capital paulista.

Também participam do projeto, na Grande São Paulo, os hospitais estaduais de Itapecerica da Serra, Cotia, Carapicuíba e Santo André, além do Hospital Padre Bento (Guarulhos), Hospital Geral de Pirajussara (Taboão da Serra) e os AMEs Santo André e Mauá. A proposta é expandir gradativamente a iniciativa para todas as demais regiões do Estado.

“Nós demos um avanço importante em razão da mudança demográfica. O Brasil que era um país jovem hoje é um país maduro, caminhando para um país idoso. Cerca de 20% das pessoas com mais de 60 anos de idade têm problemas de catarata. Elas têm sua visão diminuída podendo chegar a cegueira”, complementou Alckmin. 

Teleoftalmologia
A Secretaria também irá oferecer, a partir de novembro, cerca de 10 mil exames de imagem binocular e 1.500 mapeamentos de retina monocular e outros procedimentos como Fotocoagulação, Vitrectomia e testes de Catarata e Glaucoma para a população em geral, de qualquer idade, visando detectar precocemente problemas de visão.

O serviço será oferecido, inicialmente, a pacientes de toda a Região Metropolitana da Grande São Paulo, que poderão realizar os exames, sem necessidade de encaminhamento médico, no Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG), ambulatório do Hospital Regional Sul e Conjunto Hospitalar do Mandaqui, todos na capital paulista.

Nesses locais haverá equipamentos móveis que irão realizar os exames. As imagens serão enviadas ao Instituto da Visão (Ipepo) da Unifesp, onde uma equipe de oftalmologistas analisará o exame e emitirá o laudo, que será encaminhado para a unidade onde o exame foi realizado. Os pacientes que apresentarem alteração nos exames serão encaminhados para tratamento no próprio Ipepo ou em unidades da rede pública. 

Teste do Olhinho
A Secretaria definiu 44 dos 52 AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) existentes em todo o Estado que serão referência para a realização de exames confirmatórios do Teste do Olhinho – Teste do Reflexo Vermelho. O objetivo é prevenir a cegueira infantil.

Esse exame, disponível nas maternidades públicas e particulares, é obrigatório e fundamental para detecção de problemas oculares em recém-nascidos, como catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma e retinopatia de prematuridade.

Os AMEs serão responsáveis por realizar o chamado reteste em bebês com resultado do Teste do Olhinho alterado ou duvidoso no exame original feito nas maternidades após o nascimento. O agendamento do reteste deverá ser providenciado pela unidade de origem da criança por meio da central de vagas estadual (Cross).

Além dos 44 AMEs, o reteste confirmatório poderá ser realizado em outras 10 instituições de saúde públicas no interior paulista.

Em caso de catarata congênita, as crianças serão encaminhadas aos Serviços de referência especializados: o Hospital das Clínicas da FMUSP de São Paulo e Ribeirão Preto, Santa Casa de São Paulo, Hospital São Paulo, Hospital das Clínicas de Botucatu e Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas).

Do Portal do Governo do Estado