Conheça o projeto que deu oportunidade para pacientes terminais se tratarem em casa

A iniciativa, do Hospital Auxiliar de Suzano em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, rendeu ao grupo o Prêmio Mario Covas

ter, 31/05/2011 - 20h00 | Do Portal do Governo

O projeto Otimizando a ocupação de leitos hospitalares e melhorando a qualidade de vida de pacientes dependentes de ventilação mecânica através do cuidado domiciliar , foi um dos vencedores do Prêmio Mario Covas, na categoria excelência em gestão pública. O programa é uma iniciativa do Hospital Auxiliar de Suzano em conjunto com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

A iniciativa atende pacientes que dependem de aparelhos de ventilação mecânica e que permanecem internados em hospitais por longos períodos, a média é de 500 dias de internação. Visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes, quase sempre crianças, e de suas famílias, o programa possibilita que a pessoa internada seja tratada em sua própria casa.

“Os nossos pacientes possuem problemas sérios de saúde e que evoluem, esse tempo de vida que resta, eles conseguem passar em casa. As vezes vivem até um pouco mais, porque estão em um ambiente menos propenso a infecção e a criança consegue viver com mais qualidade”, afirma o coordenador do projeto Milton Hanashiro.

Além das crianças, os acompanhantes, geralmente mães que ficam o tempo todo com o paciente, retomam o vinculo com a família e voltam para suas atividades. O hospital também se beneficia, já que consegue liberar mais um leito e economizar nas despesas. “Na UTI, o custo de cada internação é de R$ 2 mil diariamente e em casa esse custo cai para R$ 120”, explica Hanashiro.

Antes do paciente passar pelo tratamento em casa, uma equipe verifica se o quando clínico é favorável, se a família tem condições mínimas para receber a criança em casa e se a secretaria municipal de saúde local consegue liberar um profissional periodicamente para verificar a situação do internado.

O programa já beneficiou 16 crianças e a idéia do coordenador do projeto é continuar ajudando outras famílias. “A demanda por esse tipo de cuidado tende a aumentar com o tempo. O nosso projeto é conseguir tornar essa iniciativa ainda mais consistente”, afirma Hanashiro.

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