Especial Dia do Trabalho: Cursos profissionalizantes qualificam reeducandos e detentos para o mercado de trabalho

Daspre, Pintando a Liberdade e programas da Fundação CASA também ajudam na reinserção social

qui, 29/04/2010 - 15h51 | Do Portal do Governo

Promover cursos profissionalizantes para reinserir no mercado de trabalho detentos e jovens reeducandos, o Governo de São Paulo realiza várias ações a fim de melhorar a sociabilidade, a auto-estima e estimular, através de parcerias e programas, a ressocialização.

E para dar ainda mais condições de ressocialização aos detendos, começaram na segunda-feira, 26, as aulas dos cursos do Programa Estadual de Qualifcação Profissional para 580 detentos que cumprem pena em regime semi-aberto ou que estão em vias de sair de unidades. A iniciativa faz parte do Programa de Inserção de Egressos do Sistema Penitenciário (Pró-Egresso), lançado em dezembro de 2009 para estimular a inclusão – na sociedade e no mercado de trabalho – de egressos das penitenciárias paulistas, por meio de programas da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (SERT). O Pró-Egresso é uma parceria entre a SERT, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania (SJDC).

Os 580 detentos, que receberão bolsa-auxílio de R$ 210, estão divididos em 29 turmas e farão cursos de eletricista, pedreiro, pintura e texturização residencial, panificação e confeitaria, assistente de logística, assistente administrativo, produção de mudas em viveiros, horticultura, garçom, recreacionista e almoxarife / estoquista. Leia mais aqui.

Daspre

Fruto de um projeto social desenvolvido pela FUNAP – Fundação de Amparo ao Preso – a Daspre nasceu para reconhecer, aprimorar e distribuir o artesanato produzido pelas detentas do Estado de São Paulo. Com a terceira oficina de produção na Penitenciária Feminina da Capital, no Carandiru, são 31 detentas trabalhando na produção de bolsas, almofadas, chinelos, caixas decoradas, brinquedos e produtos confeccionados em patchwork (técnica com retalhos de tecido) e fuxico. Além da produção, as sentenciadas aprendem a calcular os custos de matéria-prima e da mão de obra e a definir o valor final de venda das peças.

O catálogo de produtos engloba hoje 30 itens e as vendas vêm crescendo desde a criação da marca, em julho do ano passado. A seleção das participantes da Daspre é feita pela Funap e leva em conta as habilidades para o artesanato e costura e o bom comportamento. No Carandiru, 500 das 806 detentas participam das oficinas para tentar uma vaga no projeto que oferece às detentas um salário, a diminuição de pena e a chance de um trabalho após a saída da prisão. Leia mais aqui.

Pintando a Liberdade

Inaugurado em 28 de junho de 2004, na Penitenciária Nilton Silva, em Franco da Rocha, o programa Pintando a Liberdade é uma parceria do Ministério do Esporte em conjunto com a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo. Seu objetivo é a confecção de material esportivo, como bolas de futebol de campo, de futebol de salão, de basquete, de vôlei, redes, bolsas e agasalhos esportivos, com a mão-de-obra de detentos do regime fechado. O material produzido nas penitenciárias vinculadas ao programa é distribuído em órgãos públicos como creches, escolas, quartéis das polícias militares, escolas técnicas, prefeituras e entidades que desempenham trabalhos sociais. Entre os benefícios do programa estão a remissão da pena dos detentos participantes, a profissionalização do interno e a produção de material esportivo de boa qualidade com baixo custo.

Fundação CASA

Atividades esportivas, redução de 29% para 12,8% no índice de reincidência e desenvolvimento de diversas atividades esportivas e culturais marcam, atualmente, o dia a dia dos internos da Fundação. São oferecidos ao jovens em medidas socioeducativas cursos de educação profissional básica, aulas de skate – que além de divertir fazem muito mais do que ensinar os adolescentes a andar de skate. A analogia entre o aprender a usar o skate, cair, levantar e começar de novo é feita com as dificuldades que trouxeram o adolescente para a Fundação – Projeto Guri, Olimpíadas Culturais e Esportivas e outros. Leia mais aqui e aqui.

Entre os principais cursos oferecidos pela Fundação CASA – através das parcerias firmadas – estão: Logística, Eletricista Instalador, Eletricista de Autos, Inglês, Artes Plásticas, Musicalização/Violão, Polimento de Aeronaves e Cristalização, e Habilidades Sociais para o Mercado de Trabalho.

Em parceria com o Centro Paula Souza, a Fundação oferece mais 33 cursos profissionalizantes aos reeducandos: Almoxarife, Assistente de Vendas de Automóveis e Autopeças, Auxiliar Administrativo, Chocolateria, Colocação de Pisos e Azulejos, Conserto de Bicicletas, Corte e Modelagem de Cabelos, Cozinheiro Auxiliar, Culinária Básica, Cumim (Auxiliar de Garçom), Decoração de Festas, Doceiro, Elétrica Residencial Básica, Entalhe em Madeira, Garçom, Hidráulica, Horticultura, Informática Básica com Linux, Informática Básica com Open Office e Windows, Jardinagem, Lancheteria, Luminárias e Luminárias Elétricas, Manutenção e Montagem de Micros, Mecânica de Motos, Organizador de Eventos, Panificação Artesanal, Pequenos Reparos (Elétrica, Hidráulica, Pintura e Alvenaria), Pintura de Faixas e Cartazes, Pizzaiolo, Recepcionista de Hotéis, Salgadeiro, Técnicas de Vendas, Texturização e Pintura Decorativa.

Do Portal do Governo do Estado com informações das Secretarias da Administração Penitenciária, do Esporte, Lazer e Turimo e da Fundação CASA