Tratamento hormonal responde por 45% da demanda no ambulatório para travestis e transexuais

Ambulatório tem capacidade para 300 atendimentos por mês

qua, 20/01/2010 - 20h00 | Do Portal do Governo

Levantamento realizado pelo Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, da Secretaria da Saúde, mostrou que a demanda mais recorrente no centro é a hormonioterapia, responsável por 45% dos casos. Também são frequentes demandas por cirurgia de redesignação sexual, com 37% dos casos, e remoção de silicone industrial, com 14% dos casos. O ambulatório completou seis meses de atividades em dezembro.

Também estão entre os principais interesses do público do ambulatório a realização de testes para HIV e hepatites virais e acompanhamento médico para portadores de HIV. A maior parte das usuárias tem entre 30 e 40 anos e estudou até o ensino médio.

O ambulatório foi responsável pela realização da primeira cirurgia para retirada de silicone realizada pelo SUS em todo o País. “A oferta de cirurgia para a remoção de silicone é uma importante medida para a melhora na qualidade de vida de nossas usuárias. A ocorrência de deformidades decorrentes da aplicação de silicone industrial pode acarretar graves danos físicos e psíquicos”, afirma a coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP Maria Clara Gianna. Até o momento, 73 usuárias foram encaminhadas para avaliação de remoção de silicone no Hospital Estadual de Diadema.

O ambulatório tem capacidade para 300 atendimentos por mês e oferece assistência integral a travestis e transexuais.  “O centro tornou-se uma referência para a saúde pública. Elabora protocolos clínicos, desenvolve e avalia tecnologias e modelos assistenciais e promove atividades integrando movimentos sociais. Também é um local de treinamento para profissionais de saúde nessa área de atuação”, observa Maria Clara Gianna.

Da Secretaria da Saúde