Inverno pede maior atenção nos cuidados com a saúde

Gripes, resfriados e doenças respiratórias como asma, rinite e sinusite são mais frequentes nesta época do ano, alertam especialistas

sex, 13/07/2018 - 12h23 | Do Portal do Governo

Gripes, resfriados e doenças respiratórias crônicas, como asma, rinite, sinusite e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são realmente mais frequentes durante o inverno, quando os cuidados com a saúde devem ser redobrados. Essa é a recomendação dos especialistas ouvidos pela reportagem do Portal do Governo do Estado de SP.

Segundo o pneumologista do Instituto do Coração dos Hospital das Clínicas e professor da Faculdade de Medicina da USP, Rafael Stelmach, a combinação de pouca chuva e baixa umidade do ar aumentam a poluição nas grandes cidades e favorecem queimadas no interior, gerando ambientes agressivos para a respiração, que facilitam infecções virais.

Além disso, as baixas temperaturas favorecem a propagação dos vírus de gripes e resfriados em ambientes fechados. São enfermidades com sintomas e características diferentes. Aparições gradativas de dores no corpo e coriza nasal indicam sinais de resfriado. Já o surgimento deles de uma hora para outra acompanhada de tosse seca e febre, demonstram gripe.

No caso de pessoas que possuem doenças respiratórias crônicas, as chances de crises são maiores, afirma Stelmach. Quando esfria, é comum sentir dificuldades para respirar, além de falta de ar, boca seca, tosse, espirro e coceira nos olhos e na garganta.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo disponibiliza anualmente algumas dicas que devem ser seguidas por todos os paulistanos. O intuito é fazer com que eles se protejam de qualquer uma dessas doenças. Confira:

  • Agasalhar-se bem, principalmente ao sair na rua
  • Em dias muito frios e secos, evitar a prática de exercícios físicos ao ar livre
  • Banhos prolongados com água muito quente podem provocar ressecamento da pele
  • Usar soro fisiológico para hidratar olhos e narinas
  • Ao utilizar aquecedores, é importante manter uma fonte de umidificação do ambiente, como colocar um recipiente com água, tolhas molhadas e até umidificadores.
  • Para facilitar a circulação do ar e diminuir a concentração de vírus, bactérias, material particulado e alérgenos no ambiente, é necessário manter pelo menos uma fonte de ventilação em locais fechados.
  • Lavar e secar bem mantas, cobertores e blusas guardadas por muito tempo em armários
  • Mesmo no frio, é importante manter o cuidado com o sol e não se esquecer de usar protetores.
  • Tome muito cuidado com o acesso de crianças pequenas à cozinha. Evite que brinquem neste ambiente, atraídas pelo calor.
  • Evitar o uso de fogo para aquecer ambientes, o que também pode provocar graves acidentes.

Transplantados

A orientação geral dos especialistas é para redobrar a atenção com crianças e idosos, que possuem resposta imune mais baixa do que os demais. Mas grupos como pacientes transplantados, por exemplo, precisam estar mais atentos com a saúde.

Isso acontece porque o uso de medicamentos para evitar a rejeição dos órgãos diminui as defesas do sistema imunológico e aumenta o risco de infecções, como gripes, resfriados e pneumonias.

Alguns cuidados em períodos de temperaturas baixas, segundo o hepatologista e coordenador de transplantes de fígado do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, Carlos Baía, incluem lavar as mãos, manter a casa e o local de trabalho sempre limpos, evitar locais fechados, com grandes aglomerações, para impedir o surgimento de infecções graves.

H1N1

O vírus Influenza é responsável pela gripe H1N1. Apesar da transmissão muito parecida, seus sintomas são mais fortes do que as gripes convencionais e devem ser tratados desde o início. A forma mais efetiva de proteção contra o vírus é por meio da vacina, que tem apresentado altos índices de defesa.

Desde o dia 23 de abril, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Saúde, está promovendo a campanha de vacinação contra a gripe em todo território paulista.

As doses são gratuitas e continuam disponíveis na rede pública de saúde para todos os grupos do público-alvo. Dentre eles estão: trabalhadores de saúde, idosos, crianças com mais de 9 meses e menores de 5 anos, pacientes com doenças crônicas, professores, entre outros.

A iniciativa tem como meta imunizar 10,7 milhões de pessoas contra o vírus. Mais de 9,1 milhões já estão vacinados. Segundo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina de 2018 irá prevenir a população alvo contra o vírus Influenza dos tipos A (H1N1), A (H3N2) e B.