O governador Geraldo Alckmin durante visita ao 8° Fórum Mundial da Água, em Brasília
O Fórum é o maior evento global sobre o tema água e é organizado pelo Conselho Mundial da Água, uma instituição internacional que reúne interessados no assunto
Em seu discurso, Alckmin lembrou a crise enfrentada pelo Estado paulista em 2014, quando uma seca de grandes proporções causou problemas no abastecimento
“Enfrentamos isso com um enorme trabalho, a Sabesp é uma empresa de saneamento, com uma engenharia, uma capacidade técnica extraordinária e, de outro lado, também com grande participação da nossa população, reduzindo o desperdício e fazendo o uso racional de água”, disse Alckmin
Alckmin falou ainda sobre outras ações empregadas pelo governo para enfrentar a questão hídrica, como a redução de perda física e o programa Nascentes
“Com isso, conseguimos uma economia de 15% praticamente, que se manteve depois de passada a crise, com essa redução de consumo e uso racional da água”, comentou o governador
Espaço São Paulo, estande do Sistema Integrado de Gerenciamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo
O governador Geraldo Alckmin acompanhou nesta terça-feira (20), em Brasília, o 8° Fórum Mundial da Água, onde participou do painel “Crises Hídricas no Brasil”. Em seu discurso, Alckmin lembrou a crise enfrentada pelo Estado paulista em 2014, quando uma seca de grandes proporções causou problemas no abastecimento da população, e como isso foi enfrentado pelo governo.
“A maior seca do século passado tinha sido em 1953. Em 2014 choveu a metade de 53 e tivemos uma grande seca. Enfrentamos isso com um enorme trabalho, a Sabesp é uma empresa de saneamento, com uma engenharia, uma capacidade técnica extraordinária e, de outro lado, também com grande participação da nossa comunidade, da nossa população, em reduzir o desperdício e fazer o uso racional de água. Com isso, conseguimos uma economia de 15% praticamente, que se manteve depois de passada a crise, com essa redução de consumo e uso racional da água”, comentou o governador.
O Fórum é o maior evento global sobre o tema água e é organizado pelo Conselho Mundial da Água, uma instituição internacional que reúne interessados no assunto e tem como missão “promover a conscientização, construir compromissos políticos e provocar ações em temas críticos relacionados à água para facilitar a sua conservação, proteção, desenvolvimento, planejamento, gestão e uso eficiente, em todas as dimensões, com base na sustentabilidade ambiental, para o benefício de toda a vida na terra”.
Alckmin falou ainda sobre outras ações empregadas pelo governo para enfrentar a questão hídrica: “O segundo ponto que eu destacaria, é a redução de perda física. Nós temos com o governo japonês, com a organização de financiamento do Japão, um financiamento para substituição de tubulações, um trabalho de apoio e de financiamento para redução de perda física, que é alta no Brasil inteiro, e nós estamos chegando a níveis europeus no Estado de São Paulo”, disse o governador, antes de falar sobre o programa Nascentes.
“É um programa para recompor matas ciliares com mudas nativas, próximas de nascentes e corpos d’água. Na primeira etapa foram 6,5 milhões de mudas, na segunda etapa já passamos de 9 milhões e vamos chegar a 16 milhões de mudas, utilizando o código florestal que obriga essa recomposição de mata ciliar e também muitas empresas que têm obrigações com a área ambiental, especialmente a Cetesb, fazendo essas compensações, custeando esse trabalho”, completou.
Em seguida, o governador visitou o Espaço São Paulo, estande do Sistema Integrado de Gerenciamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. O espaço visa apresentar as ações e os projetos dos órgãos gestores e dos colegiados do sistema paulista, precursor na gestão das águas no Brasil.
O Espaço é patrocinado pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO) e pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (SANASA). O estande faz parte da Expo, instalada no estádio Mané Garrincha, voltada aos negócios. Conta ainda com a mostra Vila Cidadã, com experiências de sustentabilidade direcionadas principalmente para estudantes.
Conselho Mundial
Organização internacional fundada em 1996, com sede permanente na cidade de Marselha, na França, o Conselho Mundial da Água reúne cerca de 300 instituições relacionadas à temática de recursos hídricos em aproximadamente 50 países. O Conselho é composto de representantes de governos, da academia, da sociedade civil, de empresas e organizações não governamentais, formando um significativo espectro de instituições relacionadas com o tema água.
O Fórum Mundial da Água contribui para o diálogo do processo decisório sobre o tema em nível global, visando o uso racional e sustentável deste recurso. Por sua abrangência política, técnica e institucional, o Fórum tem como uma de suas características principais a participação aberta e democrática de um amplo conjunto de atores de diferentes setores, traduzindo-se em um evento de grande relevância na agenda internacional.
O Fórum é organizado a cada três anos pelo Conselho Mundial da Água juntamente com o país e a cidade anfitriã. Ao todo, já ocorreram sete edições do evento em sete países de quatro continentes: África, América, Ásia e Europa.
Em 2014, a candidatura do Brasil foi selecionada, e Brasília foi escolhida como cidade-sede do evento. Desse modo, o Brasil recebe, em 2018, a 8ª edição do Fórum. Esta é a primeira vez que o evento ocorre no Hemisfério Sul. Para mais informações sobre o Fórum acesse: http://www.worldwaterforum8.org/pt-br/8º-fórum-mundial-da-água-18-23-de-março-de-2018.
Para saber mais sobre o Conselho Mundial da Água, acesse http://www.worldwatercouncil.org/en.
