A Divisão Regional do Vale do Paraíba (DRVP) da Fundação CASA e o SAS Brasil, associação sem fins lucrativos, fecharam um acordo para fazer atendimento médico gratuito a distância para os jovens que cumprem medida socioeducativa na instituição durante a epidemia do novo coronavírus (causador da doença COVID-19) no País.
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Os atendimentos ocorrem desde esta quarta-feira (8) nos centros de oito municípios do Vale do Paraíba. O SAS Brasil atua para levar atendimento médico especializado a cidades carentes e distantes de grandes centros urbanos, com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Desde 2013, mais de 60 mil pessoas em todo o Brasil foram beneficiadas. Conforme a diretora do SAS Brasil, Sabine Zink, a distância não é um problema. “Estamos acostumados a chegar aonde pouca gente chega”, salienta.
O acordo firmado entre as entidades prevê que médicos da organização atendam 363 adolescentes, além dos funcionários de doze centros de atendimento socioeducativo localizados em Arujá, Caraguatatuba, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Jacareí, Lorena, São José dos Campos e Taubaté.
Segurança
Os atendimentos são realizados remotamente, garantindo a segurança tanto dos adolescentes quanto dos profissionais de saúde do SAS Brasil e da Fundação CASA.
Serão oferecidas três modalidades de atendimento para os jovens e profissionais atuantes nas unidades, mesmo que trabalhando remotamente a partir de casa: teleconsultas (realizadas entre o profissional da saúde e o paciente, que pode estar acompanhado por um funcionário do local), teleorientação (para dúvidas frequentes e aconselhamento sobre riscos e procedimentos relacionados à saúde, higiene e cuidados) e telemonitoramento (para os casos específicos de suspeita de contágio pela COVID-19, mas que não tenham indicação de internação).
As atividades contarão com médicos de pelo menos cinco especialidades: ginecologia, pediatria, oftalmologia, dermatologia e infectologia.
Projeto SAS Brasil Coronavírus
Desde o início da epidemia do coronavírus no País, o SAS Brasil tem oferecido alternativas para levar atendimento médico e psicológico a comunidades carentes, de forma a evitar que as pessoas saiam de casa e se dirijam a hospitais ou postos de saúde, onde há risco elevado de contaminação.
Com a regulamentação do Ministério da Saúde, no fim de março, do uso da telemedicina no enfrentamento à epidemia, a associação desenvolveu um sistema próprio de prontuário para a realização das consultas, seguindo protocolos de segurança de dados e de informação.
“Esse é um momento excepcional para disponibilizar atendimento profissional a distância, reduzindo as chances de exposição para toda a população”, diz a médica Adriana Mallet, coordenadora de Saúde do SAS Brasil.
De acordo com a diretora da Divisão Regional do Vale do Paraíba, Marcela Rehder, outro ponto positivo da parceria é possibilitar o atendimento médico sem necessidade de deslocamento. “Diminuímos os riscos de um possível contágio dos adolescentes, contribuímos com a quarentena e a luta contra o coronavírus”, destaca.
