Em São Pedro, oficinas variadas marcam Festa da Biodiversidade

Técnicas baseadas nos pilares da sustentabilidade foram passadas aos produtores durante o evento na região de Piracicaba

seg, 04/06/2018 - 21h02 | Do Portal do Governo

Durante as comemorações do Dia Mundial da Biodiversidade, realizado no final de maio em São Pedro, região de Piracicaba, os participantes do evento puderam aproveitar também as oficinas baseadas nos pilares da sustentabilidade.

Grupos foram divididos para que todos pudessem ouvir as explicações do engenheiro agrônomo Osmar Mosca Diz, da Divisão de Extensão Rural da CATI, e Estanislau Missio, diretor da Associação dos Meliponicultores do Estado de São Paulo (Amesampa), parceira da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral,na divulgação da criação de abelhas sem ferrão – atividade que vem ganhando destaque em diversas regiões do Estado de São Paulo.

Depois de explicarem a importância de incentivar a criação dessas abelhas nativas brasileiras, os instrutores passaram a demonstrar como preparar uma isca para criar novas colmeias e depois as transferir para uma caixa de criação.

“São mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão, elas auxiliam na polinização, não oferecem nenhum perigo ao meliponicultor ou a qualquer animal ou pessoa; seus produtos, como pólen, própolis e mel têm grande valor agregado. Um litro de mel de jataí, por exemplo, a mais conhecida e comum das abelhas sem ferrão, chega a custar entre R$ 300 e R$ 400. Há muita procura, o mercado é promissor e quanto mais abelhas existiram maior é a garantia da biodiversidade”, conta Estanislau.

A arquiteta Karol Bombini foi a responsável pela oficina de bioconstrução com uso de materiais facilmente encontrados em qualquer propriedade rural, como variados tons de terra, capim, bambu, matérias com as quais podem ser feitos tijolos, tinturas, paredes de pau-a-pique.

“São técnicas muito antigas, algumas esquecidas, que estamos apenas ensinando a resgatar, demonstrando que os custos para construção em uma propriedade podem ser bastante reduzidos”, explicou.

“Queremos incentivar a autonomia no campo, são tecnologias sócias que podem reduzir, além dos custos, os impactos ambientais”, argumentou Leandro Biral, responsável pela Casa da Agricultura local e pela coordenação do evento.