Eventos comemoram o dia da Revolução Constitucionalista de 1932

Movimento com o propósito de convocar uma Assembleia Nacional Constituinte é lembrado em São Paulo em desfile e ação educativa

dom, 09/07/2017 - 9h06 | Do Portal do Governo

O estopim da Revolução de 1932 aconteceu em maio do mesmo ano quando os jovens Martins, Miraguaia, Dráuzio e Camargo, que depois ficaram conhecidos como os mártires do movimento pela sigla MMDC, morreram durante confrontos com forças do governo federal, Mas o ápice do levante se deu no dia 9 de julho, quando os revolucionários resolveram pegar em armas e repelir as forças do governo federal.

Foram três meses de resistência contra as forças militares, um movimento que reuniu civis e militares e contou com grande apoio popular entre os paulistas contra o governo de Getúlio Vargas, que assumiu em 1930, após a deposição de Julio Prestes, que havia vencido as eleições presidenciais mas fora impedido de assumir. Desde então, o episódio virou símbolo da luta dos paulistas em favor da Constituição e pela conquista da liberdade e da democracia.

Os restos mortais dos estudantes assassinados em 23 de maio, durante o dia de protesto e mobilização popular pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte e também dos soldados que sucumbiram durante o movimento de resistência, estão depositados no mausoléu do monumento do Obelisco Heróis de 32, em homenagem àqueles que deram suas vidas pela Revolução Constitucionalista.

O projeto da obra é do artista plástico ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili e a sua construção em mármore travertino é do engenheiro alemão Ulrich Edler. O Obelisco do Ibirapuera, como também é conhecido, foi inaugurado em 9 de julho de 1955. Tem 72 metros de altura e 1.932 metros quadrados. É considerado o maior monumento da cidade de São Paulo.

Como em todos os anos, o 9 de julho vai ser comemorado em desfile cívico-militar em frente ao Mausoléu do Obelisco, no Ibirapuera. A data também será lembrada pela Casa Guilherme de Almeida, em evento da Secretaria de Estado da Cultura.

O autor que dá o nome ao equipamento cultural, o poeta, jornalista e advogado paulista Guilherme de Almeida, participou ativamente do movimento. A ação educativa Revisitando o Movimento 9 de Julho pela voz do poeta, um dos mentores do movimento modernista, é mediada por Tânia Cardenete, educadora do Museu.