Foi iniciada na última segunda-feira (21) a reunião do Fórum Inter-Religioso para uma Cultura de Paz e Liberdade de Crença, realizada no auditório do Espaço da Cidadania “André Franco Montoro”, no centro da capital.
O Estado de São Paulo é o pioneiro e único da Federação a possuir, com o Fórum, um espaço democrático de diálogo, criado por lei estadual, com competência para implementar política de estado de enfrentamento e combate à intolerância religiosa e promoção da cultura de paz e liberdade de crença.
“Esse é um espaço de cidadania. Aqui temos de cultuar o respeito e trabalhar para que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer outras realidades e culturas. Nós precisamos trabalhar juntos pelo bem comum”, explicou o secretário da Justiça Paulo Dimas Mascaretti.
O espaço fortalecerá ações que fomentem a pacificação social, tornando as instituições mais fortes e garantindo melhores resultados para a coletividade. O monge Ryozan Maurício Marchi Testa, representante do budismo, afirmou que “esse talvez seja o espaço ideal para a expansão da consciência, de aceitação de nós e aceitação dos outros”. O monge completou que a cultura de paz pode ser resumida em “tratar o próximo como a mim mesmo; não fazer ao outro o que não quero que seja feito a mim mesmo”.
A deputada estadual Damaris Kuo, representante da Ordem dos Advogados do Brasil, enfatizou que a OAB mantém a parceria com o Fórum Inter- Religioso. “O Fórum é um enorme expoente da promoção da cultura de paz e da tolerância no estado de São Paulo e a OAB tem muito o que compartilhar”.
A representante das religiões de matriz africana, yalorixá Mãe Carmem de Oxum, destacou que os membros do Fórum Inter-Religioso são formadores de opinião. “Nós lidamos com a comunidade. E, se temos o dom da palavra, temos possibilidade de, unidos, propagar a cultura de paz para que tenhamos um país mais humano”.
Sobre o Fórum
O Fórum Inter-religioso tem como missão propor políticas públicas que respeitem as diferenças, incentivem a liberdade de expressão e estimulem a cidadania para a promoção da cultura de paz, além de combater a intolerância religiosa e buscar soluções para denúncias de violações de direitos.
Busca, ainda, defender a dignidade humana, o direito inviolável à liberdade de consciência e de crença e a livre participação em cultos religiosos, assim como a proteção aos locais de culto e liturgias, assegurados pela Constituição Federal.
Na reunião, membros do Fórum manifestaram preocupação com o crescimento dos registros de casos de intolerância religiosa no estado. O secretário colheu sugestões e reiterou o apoio da Pasta às ações do Fórum.
