Em 2018, Desenvolve SP repassou R$ 463,5 mi para PMEs e prefeituras

Até o fim de dezembro, agência de fomento terá registrado aumento superior a 30% no volume de financiamentos, na comparação com 2017

seg, 17/12/2018 - 18h29 | Do Portal do Governo

O ano de 2018 chega ao fim com resultados positivos, pelo menos para a Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP). Balanço anual da instituição aponta que até o final de dezembro serão desembolsados R$ 463,5 milhões em operações de crédito para pequenas e médias empresas (PMEs) e municípios paulistas.

O valor representa um crescimento de 31% em comparação aos números registrados em 2017. Seguindo histórico dos balanços anteriores, a maior parte do montante, 82%, foi demandada pelo setor privado, enquanto o setor público correspondeu pelos outros 18%.

Segundo os dados da instituição, o aumento consolidado dos desembolsos já era esperado e confirma a progressão gradual dos empréstimos que foi se desenhando durante o período, apesar de questões que comprometeram a economia do país, como a greve dos caminhoneiros em abril.

“Mesmo com todos os sobressaltos ao longo do ano, a confiança na economia foi mantida entre as PMEs paulistas que continuaram a buscar crédito para crescer. Os números da Desenvolve SP confirmam este movimento”, diz Álvaro Sedlacek, presidente da Agência.

Investimentos em alta

A busca por recursos para projetos de investimento merece destaque no balanço do ano. A modalidade representa R$ 242 milhões (ou 52%) do valor desembolsado pela Desenvolve SP durante 2018.

O montante foi aplicado em projetos voltados para a formação bruta de capital fixo, permitindo o aumento da capacidade produtiva das empresas e, consequentemente, da geração de empregos e renda. Já os empréstimos para capital giro, essencial para financiar a continuidade das operações da empresa, totalizaram R$ 221,5 milhões (48%) dos desembolsos.

“Vale registrar que, dos valores destinados para projetos de investimento, mais de R$ 50 milhões representam empréstimos voltados à inovação de produtos, processos ou serviços nas PMEs”, aponta Sedlacek.

De acordo com executivo, o financiamento de projetos inovadores vem ganhando espaço de maneira orgânica na carteira da instituição, visto que esta é uma das bandeiras de atuação da agência de fomento. “Para 2019, com o lançamento do novo programa Juro Zero Inovação, a tendência é que esse valor cresça ainda mais”, completa.

Setores

No acumulado do ano, a indústria se sobressai como o setor produtivo que mais investe. Ao todo, R$ 162,6 milhões terão sido injetados na economia paulista por meio do setor até o final de dezembro. Na sequência aparecem as PMEs do segmento de serviços, encerrando 2018 com R$ 133,3 milhões investidos, e o comércio, com R$ 65,2 milhões. O setor público, por sua vez, terminará o ano com R$ 83,4 milhões destinados para obras de infraestrutura nos municípios.

A força do interior

Outro dado que chama atenção é que dos R$ 463,5 milhões desembolsados pela Desenvolve SP, cerca de 80% foram para atender demandas de PMEs e municípios do interior do Estado.  No ranking das regiões que mais investem, a Região Metropolitana de São Paulo encabeça a lista, seguida pelas Regiões Administrativas de Campinas, Sorocaba, Araçatuba e Ribeirão Preto.

Perspectivas para 2019

Em 2019, além da confiança no aumento dos financiamentos para projetos de inovação, a Agência prevê um possível crescimento na busca por suas linhas de crédito voltadas a investimentos verdes. “As PMEs vivenciam um momento pelo qual as grandes companhias já passaram anos atrás, que é o de adequar seus produtos, processos e serviços a fim de atender legislações cada vez mais rigorosas em prol do desenvolvimento ambientalmente sustentável da economia”, fala Sedlacek.

A Desenvolve SP, grande incentivadora da economia verde, saiu na frente de diversas instituições financeiras nesse sentido. Desde 2010 a Agência oferece uma linha de crédito específica para projetos que minimizem os impactos produtivos das empresas, como os ligados à eficiência energética e energias renováveis. Desde então, já são mais de R$ 222 milhões desembolsados para essa finalidade.