Descoberta nova espécie de árvore na Mata Atlântica

Com o nome científico Ocotea koscinskii Baitello & Brotto, planta foi encontrada em Unidades de Conservação dentro e fora do Estado de SP

qua, 12/04/2017 - 10h03 | Do Portal do Governo
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Nova espécie foi estudada detalhadamente e o estudo foi publicado na revista científica Heringeriana

Uma nova espécie de árvore foi descoberta na Mata Atlântica da região sudeste do Brasil. A planta é de grande porte e se encontra bem preservada. Conhecida popularmente na região como Canela, a espécie que pertence ao gênero Ocotea, um dos mais representativos da flora do estado de São Paulo.

A descoberta foi realizada pelos pesquisadores João Batista Baitello e Marcelo Leandro Brotto, do Instituto Florestal (SP) e do Museu Botânico Municipal (MBM) de Curitiba, respectivamente. A novidade também foi publicada na revista científica Heringeriana.

Em ambientes preservados, a espécie pode atingir até 40 metros de altura. Mas, como uma árvore tão grande nunca havia sido identificada? A descoberta só aconteceu depois que os pesquisadores analisaram detalhadamente o acervo das espécies do Parque Estadual da Cantareira.

Após as comparações, foram verificadas características distintas entre espécimes catalogadas como Ocotea dispersa (canela-sassafrás). Posteriormente, compararam as análises e concluíram que se tratava, sim, de espécies diferentes.

A nova espécie recebeu o nome científico Ocotea koscinskii Baitello & Brotto, uma homenagem ao polonês, radicado no Brasil, Mansueto Koscinski, um dos principais incentivadores botânicos no país. Também foi um dos responsáveis pelo início da coleção botânica, que hoje é o Herbário Dom Bento José Pickel (SPSF).

Até o momento, sua presença está confirmada na Área de Proteção Ambiental (APA) Capivari-Monos, na região sul da cidade de São Paulo. A nova espécie também é encontrada em quatro Parques.

Dois estaduais, o Parque Estadual da Cantareira e o Parque Estadual da Ilha do Cardoso no Estado de São Paulo, e dois nacionais, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos e o Parque Nacional de Itatiaia, no Estado do Rio de Janeiro. Também foi confirmada na Reserva Natural Salto Morato, no Estado do Paraná.

Veja o estudo completo que foi publicado na revista aqui.