Depressão acomete muitas mulheres com AIDS

O principal motivo é a falta de suporte afetivo de familiares e amigos

qua, 05/09/2018 - 17h18 | Do Portal do Governo

Muitas mulheres que possuem o vírus da AIDS sofrem de depressão. O principal motivo é a falta de suporte afetivo de familiares e amigos que, em razão do preconceito ou falta de informação, acabam se afastando das vítimas.

De acordo com a psiquiatra Valéria Mello, autora de um estudo que identifica a ligação da depressão em mulheres aidéticas, a falta de apoio familiar e de amigos gera uma impactante desmotivação até mesmo para continuar com o tratamento medicamentoso, o que aumenta muito as chances da pessoa desenvolver um quadro depressivo.

“Além de sofrerem com o choque de saber que estão com uma doença sem cura e ter que lidar com toda a sua complexidade, as mulheres também sofrem com o preconceito dos próprios familiares e de pessoas próximas, justamente em um momento em que o apoio afetivo é imprescindível e fazem toda a diferença para um tratamento de sucesso”, explica.

“A importância da terapêutica de enfrentamento da questão passa, indispensavelmente, pelos cuidados psicológicos e psiquiátricos proporcionados pela enfermagem responsável dos hospitais e centros de saúde, cuidados que capacitam os portadores a contar com um bem-sucedido controle desse sério problema de saúde”, completa Rafael Tavares, autor de estudo sobre estratégias de enfrentamento de pessoas com HIV.

O Instituto Emílio Ribas oferece apoio psicológico e psiquiátrico para os pacientes portadores de HIV/Aids e conta com uma equipe  multidisciplinar voltada para assistir as pessoas com o diagnóstico recente de HIV.

A atenção em Saúde Mental também é feita no CRT DST/AIDS-SP, organizada para dar apoio às necessidades dos usuários que vivem com HIV, DST e Hepatites virais, bem como seus familiares e no atendimento a travestis e transexuais no Ambulatório de Atenção Integral a transexuais e travestis.