CPP de Mongaguá oferece atividades de empreendedorismo

Ação faz parte da Jornada de Cidadania e Empregabilidade em presídios paulistas; temas de saúde e cidadania também foram abordados

qua, 10/07/2019 - 9h21 | Do Portal do Governo

Reeducandos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) “Dr. Rubens Aleixo Sendin” de Mongaguá participaram de palestras e atividades com o enfoque no empreendedorismo, durante a 6ª edição da Jornada de Cidadania e Empregabilidade, em 12 de junho, que também ofereceu serviços nas áreas de saúde, justiça e cidadania. Ao todo, os detentos receberam 1.651 atendimentos.

Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), os internos assistiram uma palestra com o analista de negócios Márcio Cruz com o tema Como se tornar um microempreendedor individual. “Viemos apresentar novas formas de conquistar sonhos, quebrar barreiras e mostrar a possibilidade de se tornar um empresário quando sair da prisão”, resume Cruz.

O preso Luiz, de 23 anos, está prestes a progredir para o regime aberto e afirma que o bate-papo foi importante para estruturar seus planos do futuro. “Antes de ser detido, eu cantava e vivia de ações artísticas, mas de modo informal”, conta. “Adquirir essas novas informações vai me ajudar a tornar um profissional”, completa ele.

Durante o encontro, o tema de negócios também foi apresentado em rodas de conversa com representantes da Escola Técnica Adolpho Berezin, de Mongaguá, e da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap).

Para Dione Alves de Souza, gerente regional da Funap e responsável pelas atividades na Baixada Santista, o assunto é necessário para a plena ressocialização. “Acredito que trabalhar a empregabilidade com os detentos pode auxiliá-los a ter uma nova visão da vida em sociedade”, afirma.

Isso vem acontecendo na vida do reeducando Aislan, de 37 anos. O detento construiu maquetes motorizadas de helicópteros e iates no espaço de artesanato do presídio. “Desde que fui preso, fiz cursos de restauração de móveis antigos e, com a técnica adquirida, passei a fazer essas peças”, explica o Aislan, que busca referências em livros e revistas para a sua produção. “Na verdade, esse trabalho é uma terapia”, diz.