COVID-19: HC e hospitais de campanha reforçam estrutura de atendimento na capital

Hospital das Clínicas tem instalações com leitos exclusivos para tratar a doença; em menos de um mês, quase 1.000 pacientes foram atendidos

qua, 29/04/2020 - 10h21 | Do Portal do Governo

Referência em saúde na capital e no Estado, o Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) reservou espaço com leitos exclusivos para o tratamento de pacientes diagnosticados com COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. Os leitos ficam em um prédio separado e contam com equipe médica treinada.

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Desde o início das atividades de combate ao avanço da enfermidade, a unidade de saúde chegou a cerca de mil atendimentos, de acordo com Eloísa Bonfá, diretora clínica do Hospital das Clínicas.

“O Hospital das Clínicas isolou o seu maior instituto, que tem praticamente metade dos leitos da unidade de saúde para o tratamento da COVID-19. Nós fizemos o isolamento no dia 30 de março. Chegamos muito perto dos mil pacientes que passaram durante esse período, atendidos e acolhidos”, explicou Eloísa Bonfá em entrevista coletiva realizada na segunda-feira (27).

Segundo a gestora, as estratégias de isolamento social em vigor no Estado de São Paulo foram fundamentais para evitar a superlotação no HC durante o período. “Isso só foi possível porque tivemos tempo e locais para atender essas pessoas. Se esses mil pacientes chegassem à nossa porta em um dia, não teríamos condições de atendimento”, completou a diretora.

Hospitais de campanha

Na capital, dois hospitais de campanha estão em funcionamento e auxiliam no atendimento dos pacientes com diagnóstico de COVID-19. As instalações ficam no Anhembi, na zona norte, e no Estádio do Pacaembu, na zona oeste.

“Os hospitais de campanha têm cumprido um papel importantíssimo porque aliviam a pressão sobre as demais unidades de saúde da cidade”, salientou Edson Aparecido dos Santos, secretário municipal de Saúde de São Paulo, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (27).

“A existência de mais 2 mil leitos de retaguarda, de baixa e média complexidades, faz com que amenizemos a demanda dos nossos hospitais. Mais de 460 pessoas foram tratadas e curadas nesses hospitais”, acrescentou.