COVID-19: Escolas em Paraisópolis passam a funcionar como centros de acolhimento

Locais são usados como alojamentos para desafogar hospitais da região; autorização foi publicada no Diário Oficial

qui, 30/04/2020 - 18h24 | Do Portal do Governo

As Escolas Estaduais Maria Zilda Gamba Natel e Etelvina de Goes Marcucci, em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, estão autorizadas a funcionar como centros de isolamento contra o coronavírus a partir desta quarta-feira (29). O termo de autorização que regulamenta o uso das unidades para esse fim foi publicado no Diário Oficial.

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Ambas as unidades vão receber pacientes diagnosticados com COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus) a partir de exame RT-PCR, e serão encaminhados por médicos, para que fiquem isolados pelo tempo necessário para que não sejam transmissores dos vírus em suas casas.

“O enfrentamento à COVID-19 nas comunidades e favelas é um grande desafio para o Brasil. Com a união de todos, governo e iniciativa privada, transformamos essas duas escolas de Paraisópolis em uma extensão das casas para as pessoas infectadas que mais irão precisar deste apoio, neste momento”, destaca Rossieli Soares, secretário de Educação do Estado de São Paulo.

Gestão

A gestão dos centros será feita pela União dos Moradores de Paraisópolis com o apoio financeiro de empresários e da sociedade civil coordenados pela Associação Parceiros da Educação, que foi responsável pelo levantamento dos recursos.

O Hospital Israelita Albert Einstein, responsável pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistência Médica Ambulatorial (AMAs) da comunidade, e o Hospital Sírio Libanês compõem o grupo de apoiadores técnicos da iniciativa.

O valor investido será de aproximadamente R$ 4 milhões, sem nenhum custo para o Governo do Estado. Os centros não vão funcionar como equipamentos de saúde, mas sim como alojamento temporário.

A medida busca evitar que as pessoas gripadas contaminem as pessoas que moram em suas residências. As escolas acolherão em torno de 500 pessoas e todos terão de obedecer a protocolos de higiene como uso de máscaras, talheres descartáveis para as refeições, além de organização do espaço que contribua com o distanciamento social entre os diferentes estágios da doença.

Os centros oferecerão todo o suporte necessário, como alimentação e higiene pessoal, e serão mantidos pelo período necessário para conter a disseminação do vírus na região.