COVID-19: Duas escolas estaduais em Paraisópolis funcionarão como centros de isolamento

Unidades de ensino serão utilizadas como alojamentos para desafogar os hospitais da região, na zona sul de São Paulo

sex, 17/04/2020 - 12h32 | Do Portal do Governo

A Secretaria Estadual da Educação vai autorizar a utilização de duas escolas da rede estadual localizadas em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, para funcionar como centros de isolamento contra o coronavírus.

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As Escolas Estaduais Maria Zilda Gamba Natel e Etelvina de Goes Marcucci vão receber pacientes diagnosticados com COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus) a partir do exame RT-PCR, que serão encaminhados por médicos para que fiquem isolados pelo tempo necessários e não sejam transmissores dos vírus em suas casas.

“O enfrentamento à COVID-19 nas comunidades e favelas é um grande desafio para o Brasil. Com a união de todos – Governo e iniciativa privada –, transformamos essas duas escolas de Paraisópolis em uma extensão das casas para as pessoas infectadas que mais irão precisar desse apoio, neste momento”, destaca Rossieli Soares, secretário de Educação do Estado.

A gestão dos centros será feita pela União dos Moradores de Paraisópolis, com o apoio financeiro de empresários e da sociedade civil coordenados pela Associação Parceiros da Educação, que foi responsável pelo levantamento dos recursos.

O Hospital Israelita Albert Einstein, responsável pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistência Médica Ambulatorial (AMAs) da comunidade, e o Hospital Sírio-Libanês compõem o grupo de apoiadores técnicos da iniciativa.

Investimento

O valor investido será de aproximadamente R$ 4 milhões, mas sem nenhum custo para o Governo do Estado. Os centros não vão funcionar como equipamentos de saúde, e sim como alojamento temporário.

A medida tem o objetivo de evitar que as pessoas gripadas contaminem as pessoas que moram em suas residências. As escolas irão acolher em torno de 500 pessoas e todos terão de obedecer a protocolos de higiene, como uso de máscaras, talheres descartáveis para as refeições, além de organização do espaço que contribua com o distanciamento social entre os diversos estágios da doença.

Os centros irão oferecer todo o suporte necessário, como alimentação e higiene pessoal, e serão mantidos pelo período necessário para conter a disseminação do vírus na região.