Coordenadoria da Região Noroeste (CRN) promove treinamento de cães

Com foco no bem-estar do animal, evento buscou também padronizar o trabalho realizado nas unidades prisionais

ter, 24/11/2020 - 19h08 | Do Portal do Governo

Os cães têm sido grandes colaboradores dos agentes penitenciários para o desempenho de suas atividades nas unidades prisionais. Com objetivo de padronizar o trabalho com os animais nos presídios, a Coordenadoria da Região Noroeste (CRN) promoveu, nesta segunda-feira (23), o 1º Encontro Cinotécnico da CRN, no canil da Penitenciária II “Gilmar Monteiro de Souza”, de Balbinos. O evento contou com a participação de 26 adestradores e 12 cães.

O treinamento é baseado em cinotecnia, uma técnica usada no preparo dos animais para desempenhar tarefas específicas, como rastreamento de drogas e explosivos, guarda e proteção do perímetro prisional, captura e imobilização de suspeitos, controle de tumultos, entre outras ações.

Com intuito de alinhar a forma de atuação dos cães nos presídios, o encontro, organizado pelo cinotécnico responsável pelo canil da Penitenciária I “Dr. Walter Faria Pereira de Queiróz” de Pirajuí, Carlos Eduardo Morgado, contou com aulas teóricas e práticas.

Uma das técnicas aplicadas no evento é a de incentivar o cão a operar por si só, com objetivo de torná-lo ativo mentalmente. Nesta etapa do treinamento, explica Morgado, são trabalhadas as emoções do animal. Para isso, o adestrador busca estimular diversos tipos de comportamento, premiando o cão com comida ou brinquedo no momento em que a emoção dele se eleva.

 “Quando um cão é levado para passear, é nítida a emoção dele, ficando claro que você causou um bem-estar ao animal. A ideia é transformar esse potencial de atividade cerebral do cão em exercícios que sejam úteis para a nossa função no presídio, formando, assim, uma parceria entre animal e condutor”, destaca o adestrador.

Controle

Um dos exercícios abordados no evento envolve uma situação de controle do animal para abordagem de um indivíduo armado de faca. Na simulação, o cão avança contra o agressor, que se rende, e o animal então apenas aguarda a ação do agente. Ao ser conduzido, porém, o suspeito tenta uma fuga. Sob o comando do adestrador, o cão investe novamente e imobiliza o homem.

Em outra atividade, o cinotécnico usa um mordedor chamado “Manga Pino”. O utensílio serve como um medidor de emoções: a cada mordida, são identificados os comportamentos que o treinador deseja explorar no cão. “Diante destas reações, a gente faz a premiação ao animal e o incentiva a trabalhar mais feliz”, finaliza Morgado.

Ao todo, o evento contou com a presença de 26 adestradores, que atuam em nove unidades prisionais localizadas nas cidades de Avanhandava, Avaré, Balbinos, Bauru, Pirajuí, Taiúva, Ribeirão Preto e Serra Azul. Participaram do treinamento doze cães, das raças pastor belga malinois, rottweiler e pastor alemão.