O Parque Estadual Vassununga é a mais nova unidade de conservação a ter plano de manejo. O documento foi aprovado na 382ª reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), em 13 de novembro. O plano vai fortalecer a capacidade de gestão, direcionando as ações e objetivos pertinentes à conservação da biodiversidade.
Administrada pela Fundação Florestal, a unidade de conservação tem grande diversidade de flora, somando 820 espécies, sendo 17 ameaçadas de extinção e 39 exóticas. Suas áreas de floresta estão em regiões de colinas, escarpas e planícies fluviais. Há também grande variedade de espécies de fauna: 420, sendo 19 delas constantes em listas de animais em extinção.
O parque tem 2.071,42 hectares no município Santa Rita do Passa Quatro e é conhecido por abrigar a maior concentração de indivíduos de jequitibá-rosa (Cariniana legalis), incluindo o maior exemplar paulista acessível à visitação pública – o Patriarca e, o recentemente descoberto, o Matriarca. Ambos os jequitibás-rosa são árvores centenárias, mais de 600 anos, com alturas superiores a 40 metros e diâmetros aproximados de 4 metros.
“É um dia histórico para o parque, pois há mais de 10 anos trabalhamos para ter o plano de manejo. Agora temos um instrumento que compatibiliza as normas internas e na zona de amortecimento, e prevê o uso público, pesquisa, proteção e conservação da biodiversidade na unidade. Ou seja, orienta e fortalece a gestão”, destacou Fabrício Pinheiro da Cunha, gestor da unidade de conservação.
O coordenador de Planejamento de Ambiental da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, Gil Scatena apresentou o Relatório de Qualidade Ambiental 2018. “É uma ferramenta importante para o planejamento ambiental e para a tomada de decisão na elaboração de políticas públicas”, destacou o subsecretário de Meio Ambiente, Eduardo Trani.
Publicado anualmente pela Secretaria, o documento traz informações sobre as principais dinâmicas demográficas, sociais, econômicas e de ocupação do território, assim como dados referentes aos temas ambientais, como situação dos recursos hídricos, recursos pesqueiros, saneamento ambiental, solo, biodiversidade, ar, mudanças climáticas e saúde ambiental.
“Um diagnóstico do meio ambiente paulista, com indicadores que oferecem um panorama detalhado e permitem a análise crítica da evolução da qualidade ambiental no estado”, ressaltou Gil Scatena.
O relatório reúne ainda os principais programas e ações do Sistema Ambiental de forma clara e acessível, conferindo transparência e publicidade à gestão ambiental estadual.