Confira três dicas do Icesp para combater o HPV

Quando não tratada corretamente, a infecção pode evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero

qua, 27/02/2019 - 17h43 | Do Portal do Governo

Muita gente não sabe, mas o papilomavírus humano (HPV) é um vírus contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão ocorre na relação sexual, mas também há contagio entre mãe e bebê durante a gravidez ou parto, a chamada transmissão vertical.

Inicialmente sem sintomas, a infecção por HPV pode evoluir para lesões de pele e mucosas, e em alguns casos ocasiona o surgimento de verrugas genitais. Quando não tratadas corretamente, as lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero, que tem como principais sintomas dores, corrimento ou sangramento vaginal.

Não é possível identificar com exatidão todos os fatores que levaram ao desenvolvimento da doença. Sexo sem proteção adequada é um fator de risco para contrair inúmeras doenças sexualmente transmissíveis, entre elas o HPV, intimamente relacionado ao câncer de colo do útero. Entretanto, existem pacientes que tiveram apenas um parceiro e também desenvolveram tumores.

Atualmente, o HPV e a Sífilis estão entre as DSTs mais comuns atendidas nos consultórios médicos. “Os homens também devem estar atentos as uretrites, cujos principais sintomas são a dor ao urinar e a secreção pelo canal uretral, causadas principalmente por gonorreia e clamídia”, explica o urologista e coordenador do Centro de Referência da Saúde do Homem, Claudio Murta.

Como se prevenir

A vacina contra o HPV é uma solução para evitar o vírus contagioso. “A eficácia da vacina a ser aplicada é superior a 95%. Ao alcançar uma elevada cobertura vacinal entre a população-alvo, observamos, consequentemente, uma maior proteção contra a incidência do câncer de colo de útero”, afirma a médica Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

A imunização também é feita nos Serviços de Atenção Especializada em HIV/Aids (SAE), que possuem sala de vacinação e nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), mediante apresentação de algum documento, a exemplo do exame confirmatório ou encaminhamento médico.

Para meninas entre 9 e 11 anos de idade e para o público feminino indígena com idades entre 9 e 13 anos, o esquema vacinal compreende de duas doses aplicadas num intervalo de seis meses (segunda) e de 60 meses (terceira) com relação à primeira tomada.

Confira as três dicas do ICESP:

1?- Não deixe de tomar a vacina contra o HPV e nem deixe de levar as crianças, na idade correta, para se vacinar também;

2?- Use preservativos para evitar as doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV. O vírus é transmitido sexualmente, um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento deste tumor;

3?- Faça os exames de rastreamento anualmente, como o Papanicolau. Quanto antes o câncer for diagnosticado, maiores são as chances de cura.