A produção artística da periferia é a grande atração da Casa das Rosas entre 31 de agosto e 3 de setembro. Com a realização da sétima edição do Festival Estéticas da Periferia, o espaço localizado na Avenida Paulista dá visibilidade e ajuda a disseminar a cultura produzida nas regiões periféricas da cidade.
Um inédito Torneio de Slam em São Paulo e mesas de debate acontecem gratuitamente na Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo gerenciada pela Poiesis. As atividades acontecem nos dias 31 de agosto e 2 e 3 de setembro (quinta-feira, sábado e domingo).
A abertura do evento será realizada com a mesa de debate “Estéticas da periferia – Poéticas”, às 19h desta quinta-feira. A conversa contará com a participação de Emerson Alcalde, Raquel Almeida e Ruivo Lopes, representantes de grupos de slam da grande São Paulo. A proposta da mesa é refletir sobre a produção literária na periferia e as poéticas que derivam desse contexto.
Já o Torneio de Slam acontecerá nos dias 2 e 3 de setembro (sábado, às 17h; e domingo, às 15h), com apresentação do poeta Emerson Alcalde.
“Todo ano o núcleo curatorial discute qual será o espetáculo de abertura do evento e, devido à grande efervescência dos Slams na cidade, pensamos em um torneio entre Slams, algo que ainda não ocorreu em São Paulo”, conta Adriano José, coordenador de programação do Festival.
Os Slams são batalhas de rimas, nas quais artistas recitam seus poemas para o público, que é também júri e escolhe o vencedor de cada encontro. O grupo vencedor do torneio ganha uma publicação editada pela Editora Giostri, em parceria com a Casa das Rosas e impressa pela Ação Educativa.
Vão participar da competição três representantes de cada um dos seguintes grupos: Menor Slam do Mundo, Slam da Guilhermina, Slam da Norte, Slam da Ponta, Slam da Roça, Slam das Minas, Slam do 13, Slam do Grito, Slam do Prego, Slam Função, Slam Resistência, Slam Sujeira, Uma Tacada Só e ZAP! Slam.
Idealizado pela Ação Educativa, o Estéticas da Periferia mobiliza inúmeros espaços culturais em diversas áreas da capital paulistana durante uma semana. O projeto foi criado para evidenciar o aspecto artístico das produções periféricas, reconhecida quase sempre por seu caráter social. “O evento acontece em dezessete territórios e somente um no centro – que inclui Casa das Rosas, Instituto Morei Salles e Museu do Futebol, com mais de 90 atividades”, diz Adriano José.