Campanha de vacinação contra polio e sarampo é prorrogada

Finalidade é atingir a meta de vacinar 95% das 2,2 milhões de crianças paulistas

seg, 03/09/2018 - 12h03 | Do Portal do Governo

A campanha de vacinação contra sarampo e paralisia infantil (poliomielite) foi prorrogada por mais duas semanas no Estado de São Paulo. Até o dia 14 de setembro, São Paulo pretende alcançar cerca de 350 mil crianças ainda não vacinadas contra ambas as doenças.

O objetivo é atingir a meta de vacinar 95% do público infantil, com idade entre 1 ano e menores de cinco anos. No Estado, há 2,2 milhões de crianças nessa faixa-etária, e mais de 1,8 milhão delas já foi imunizada contra ambas as doenças durante a campanha.

A Secretaria de Estado da Saúde convoca os pais e responsáveis para levarem as crianças aos postos até a próxima semana. As doses de vacinas contra ambas as doenças seguem disponíveis nos postos.

A estratégia prorrogação segue a recomendação do Ministério da Saúde. Cada município pode organizar suas estratégias conforme as necessidades locais, incluindo os que eventualmente já tenham atingido a meta.

O Estado já aplicou mais de 3,7 milhões de doses de vacinas contra ambas as doenças, garantindo a imunização de 1.862.819 crianças contra pólio e 1.843.885 contra sarampo, conforme aponta o balanço feito pela pasta, com base nos dados informados pelos municípios.

Para atingir o total do público-alvo, ainda é preciso aplicar cerca de 340 mil doses da vacina contra paralisia infantil e de 360 mil contra sarampo.

“Pedimos que os pais e responsáveis aproveitem essa prorrogação para levar as crianças aos postos. É fundamental aumentar a cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo, contribuindo para eliminarmos os riscos da circulação dessas doenças no Estado de São Paulo”, afirma a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.

De acordo com o infectologista Ralcyon Teixeira, a doença geralmente se manifesta de forma mais acentuada nos primeiros dias após o contágio. “Os principais indícios do vírus são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e aparecimento inflamações avermelhadas na pele. Ao perceber os sintomas, o indivíduo deve procurar imediatamente atendimento médico”, afirma o especialista do Instituto Emílio Ribas.

A vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos. A Secretaria também orientou as prefeituras paulistas para que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos. Além deste produto, os municípios também estão recebendo a vacina produzida pelo Serum Institute of India, enviada pelo Ministério da Saúde, e que contem a referida proteína. Essa vacina poderá ser aplicada normalmente nas crianças não alérgicas.

“Não há motivo para preocupação. No Brasil, a incidência de alergia ao leite de vaca é de 2%, portanto, trata-se de uma situação rara”, explica Sato. A reação alérgica pode ter como sintomas coceira, náusea, diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão do alimento ou produto com o componente. Diante de qualquer suspeita, os pais ou responsáveis devem levar as crianças ao médico.

Em São Paulo, a campanha foi iniciada em 4 de agosto, com um ‘Dia D’ extra feito exclusivamente no Estado. Outros dois ‘Dias D’ ocorreram, respectivamente, em 18 de agosto e 1º de setembro.

Não há registro de casos de paralisia infantil em SP há 30 anos e, desde 2000, não existem casos autóctones de sarampo no Estado.