Busca por Fatecs e Etecs é motivada por mais oportunidades de emprego

O interesse nas áreas escolhidas e o reconhecimento da qualidade dos cursos também foram motivos citados pelos ingressantes

qua, 22/08/2018 - 17h19 | Do Portal do Governo

Em um cenário de grande desemprego e muitas incertezas, a busca por uma boa colocação no mercado de trabalho e pela ascensão profissional são as principais motivações dos candidatos aprovados nos processos seletivos das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e das Escolas Técnicas (Etecs) estaduais.

Segundo o Relatório Socioeconômico elaborado pela Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT), responsável pelo Vestibular e Vestibulinho das unidades do Centro Paula Souza para o segundo semestre deste ano, 26,1% dos candidatos decidiram estudar nas Fatecs por considerarem que esse é o caminho para melhores oportunidades de emprego.

O interesse nas áreas escolhidas e o reconhecimento da qualidade dos cursos também foram motivos citados pelos ingressantes.

No caso das Etecs, o percentual dos que desejam aperfeiçoar o desempenho profissional é de 35,9% e os que focam na ascensão profissional representam 27,4%. O desejo por uma formação mais específica e a possibilidade de aumentar o conhecimento na área de interesse foram alguns dos motivos destacados para prestar o Vestibulinho.

A maioria dos ingressantes nas Fatecs cursou o Ensino Médio em escola pública (71,4%). Já nas Etecs, 86% dos aprovados no Vestibulinho frequentaram o Ensino Fundamental integralmente instituições públicas. Com relação ao perfil econômico, o relatório indica que 85,8% dos novos alunos das Faculdades de Tecnologia e 93,7% das Escolas Técnicas vêm de famílias com renda de até cinco salários mínimos.

O levantamento mostra também que 58% dos novos alunos das Fatecs trabalham, porém ainda não estão na área escolhida no Vestibular (36%).

O relatório destaca ainda que os jovens estão cada vez mais conectados à tecnologia: 95,3% dos aprovados nas Fatecs e 93,5% dos ingressantes nas Etecs têm acesso à internet em casa. Mas quando questionados sobre como ficaram sabendo dos processos seletivos, a resposta que prevalece é a comunicação boca-a-boca. As informações do Vestibulinho chegaram via amigos ou parentes para 47,2% dos jovens. Esse índice é de 43,4% para os candidatos do Vestibular.