Auditório Simón Bolívar reabre com show da Orquestra Jazz Sinfônica

Governador Geraldo Alckmin prestigia reinauguração do espaço, que oferece mais segurança, mobilidade, conforto e acessibilidade

sex, 15/12/2017 - 23h45 | Do Portal do Governo

No mesmo palco em que fez seu concerto de estreia, em 1990, a Orquestra Jazz Sinfônica foi a principal atração da festa de reinauguração do Auditório Simón Bolívar, do Memorial da América Latina e Governo do Estado de São Paulo, nesta sexta-feira (15). A programação começou no foyer do auditório com apresentação de mariachis mexicanos, cuecas chilenas, dançarinos de tango da Argentina e da harpista paraguaia Lucero Ovelar.

O novo auditório multiuso que a Fundação Memorial da América Latina e o Governo do Estado devolvem ao cenário cultural/artístico de São Paulo mantém, fielmente, o projeto original de Niemeyer. São 1.788 lugares, divididos entre plateia A e B.

“Duas palavras rápidas, uma de alegria e uma de agradecimento. Alegria por ver o nosso auditório Simon Bolívar mais seguro, tudo aqui é anti-chamas, tem carpete, estofado, tudo. Nós estamos com segurança absoluta. Depois, o Memorial ficou mais confortável, aliás, com uma acústica muito melhor, nós não tínhamos toda essa parte aqui no teto, então o Memorial foi modernizado, dentro de toda acústica para apresentação de shows, orquestras, teatro, música… Enfim, um auditório extraordinário, multiuso, para nossa capital”, disse Alckmin, ressaltando também as melhorias em torno da acessibilidade.

“Com mais segurança, conforto, acessibilidade e qualidade para as apresentações. E uma data muito especial, como bem foi lembrado, esse é um território desta nação continente que é América Latina. Um ponto de encontro de irmãos latino-americanos. São Paulo, neste Memorial, nesse auditório, é a capital, hoje, da América Latina. Para fortalecer nossos laços culturais, sociais, econômicos, fortalecermos espírito latino-americano”, completou o governador.

Resgatar esse espaço, com mais de 6 mil m² de área total, no menor prazo de tempo possível exigiu muita dedicação e empenho de todos os servidores do Memorial. “O desafio diário – lembra Irineu Ferraz, atual presidente da Fundação – era o de encontrar soluções para problemas ainda inusitados em se tratando de um patrimônio público que ao mesmo tempo é considerado uma obra de arte”.

Todo o projeto foi pautado tendo como prioridade os quesitos de segurança, acessibilidade, atendimento, ambiente, conforto e visibilidade. Cortinas, poltronas, carpetes, revestimentos, inclusive a tapeçaria de Tomie Ohtake foram feitos com material de combate a incêndio.
O projeto incluiu modernos sistemas de hidrantes e ar-condicionado, com sprinklers e detectores de fumaça em todo o ambiente, mais saídas de emergência, piso tátil, rampas e elevadores para pessoas com deficiência. Também foram modernizados os sistemas de iluminação, de som e de acústica que, agora, nada fica a dever para as melhores salas do mundo.

A festa continua neste sábado (16) para o público em geral com o show Jazz & Divas – Homenagem a Elza Soares. No palco, além da grande homenageada da noite, Elza Soares acompanhada da Orquestra Jazz Sinfônica, desfilam Baby do Brasil, Paula Lima, Lineker, Rosana, Vania Bastos, Sandra de Sá, As Bahias e a Cozinha Mineira. Os ingressos estão à venda pelo site www.totalplayer.com.br e, a partir do dia 12, também na bilheteria do Memorial.

Obras de Arte – A Tapeçaria de Tomie Ohtake, totalmente reconstruída numa peça única de 840m², retoma seu lugar de honra na parede lateral entre as plateias A e B. A empresa paulistana Punto e Filo, da família Pisaneschi, doou a mão-de-obra de  seus funcionários. A matéria-prima foi cedida pela Invista, referência no mercado mundial de fios.

O processo de reconstrução, a partir do croqui original da artista, foi supervisionado pelo casal de artesãos Jorge e Vera Nomiya, do Instituto Tomie Ohtake. No foyer, outras duas obras danificadas no incêndio também estão em seus lugares: a “Pomba”, escultura de Alfredo Ceschiatti que fica no alto da rampa de entrada do auditório, e o mural “Agora”, de Victor Arruda. Ambas recuperadas pelo restaurador profissional Cézar Olanim, do Vale do Paraíba.